Um mercado de lamber os beiços

Indústria de pet food cultua sofisticação desde os ingredientes às embalagens

Dólar não cai, reza uma máxima do câmbio, mas se agacha para pular. Além da moeda americana, uma das raras unanimidades no país como fonte de retorno e liquidez inexoráveis é, para alegria dos flexíveis laminados, o mercado de rações de animais domésticos (pet food). São de encher uma enciclopédia as teorias sobre essa paixão de um povo que até inventou o jogo do bicho. Uma adoração tão singular que torna o Brasil o segundo produtor mundial de pet food e, mesmo sob o chicote da recessão desde 2015, o terceiro consumidor no planeta de produtos voltados a animais de estimação.

O setor transpira exuberância nas suas quatro frentes. Além de pet food, fazem fila pet vet (produtos veterinários), pet care (equipamentos, acessórios e itens de higiene e beleza) e pet serv (serviços). “No ano passado, o faturamento total foi de R$ 20,37 bilhões, saldo 4,95% acima da receita de 2016, já descontada a inflação no período”, informa José Edson Galvão de França, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet).Pela sua partilha, pet food é o setor detentor da parte do leão, com 68,6% do faturamento geral em 2017.Bons degraus abaixo, seguem pet serv, com 15,8%; pet care, com 7,9% e , por fim, pet vet com 7,7%. “O país produziu 2,66 milhões de toneladas de pet food em 2017 contra 2,58 milhões em 2016, atrás apenas dos EUA”, assinala o dirigente.

Apesar do azul indelével no balanço, suas entrelinhas preocupam França. “Houve grande variação das cotações de matérias-primas e a alta aferida de 9% nos combustíveis influi nos custos de produção e transporte de pet food, abalando a confiança na expansão dos negócios e onerando o preço para o mercado consumidor”. Até o fechamento desta edição, a Abinpet não liberara as projeções para 2018, mas, pela lógica da visão do seu porta-voz, a soma da greve dos caminhoneiros com dólar na estratosfera mais sarabanda na política de preços da Petrobras deve fazer o bicho pegar na produção e vendas do setor pet no exercício atual. Outra enxaqueca crônica para os fabricantes das rações, encaixa França, é a mesma cruz carregada por todo contribuinte no país, a carga de impostos. “Pet food é considerada item supérfluo pelo sistema tributário, apesar de constituir fonte de alimentação essencial à qualidade de vida e bem estar do animal de estimação”, expõe o dirigente. “Em decorrência, entre IPI, ICMS e PIS/Cofins, os impostos dessa indústria chegam a 51,2% do preço total”.

Pet food inclui as categorias de alimentos secos, úmidos, semi-úmidos, snacks e bifinhos. “Não dispomos de segmentação das vendas, mas, em geral, constatamos que o consumidor não deixou de comprar com a economia retraída, mas passou a escolher as ofertas mais em conta”, observa França. A opção por produtos mais baratos influiu muito no aumento em torno de 3%, situa o dirigente, nas vendas de pet food no último período, tendo ao fundo as mazelas para o setor advindas do torniquete fiscal e da alta dos insumos.

Alimentos naturais
“Nos últimos anos, notamos uma mudança no perfil de consumo dos tutores de pet”, confirma Fernando Dilli, pesquisador do grupo de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Hercosul, dínamo gaúcho em pet food. “Não se trata de um movimento extensivo ao mercado por inteiro, mas houve uma migração de parcela dos consumidores de produtos de maior valor para itens mais básicos, uma inclinação para as embalagens maiores, movida pelo apelo dos custos menores e, por fim grande procura por itens que disponibilizassem brindes, descontos, prêmios etc.”, percebe o especialista. “Com o aumento do poder aquisitivo e da confiança da população na economia não só o segmento de pet food como um todo deverá expandir, mas o ciclo de ‘premiunização’ desses alimentos será retomado”.
Dilli chama a atenção para a busca crescente por alimentos naturais, de alto valor biológico e qualidade nutricional e facilidade de digestão para cães e gatos. Entre os diferenciais na composição das rações tão sensíveis à oxidação, ele distingue a alta inclusão de ingredientes frescos, desprovidos de antioxidantes artificiais, corantes, aromatizantes e insumos transgênicos. “Em resposta, a indústria de embalagens se viu obrigada a comparecer com soluções à base de polímeros de alta barreira a gases, umidade e à luz, além de capazes de assegurar resistência ao calor para o alimento envasado, mantendo-o em condições ideais para consumo ao longo de seu shelf life”, considera o pesquisador. Hoje em dia, assinala, os transformadores de embalagens para pet food primam pelo uso de materiais que transcendem a função básica de envolver o alimento. “Por exemplo, poliamida (PA), copolímero de eteno-álcool vinílico (EVOH), cloreto de polivinilideno (PVDC) e copolímero de eteno acetato vinílico (EVA) proporcionam altas barreiras, permitindo a injeção de gases inertes e aumentando a vida de prateleira”, atesta o técnico. “Tratam-se de estruturas empregadas em volumes menores, dado seu custo maior do que a alternativa dos filmes biorientados de poliéster (BOPET), de satisfatório poder de barreira”.

A procura intensificada por embalagens inteligentes e ecologicamente corretas, atribui Dilli, explica a proeminência dos sacos multicamada nas gôndolas de pet food. “Agregam vantagens econômicas e, muitas vezes, ensejam um descarte com menor volume de resíduo”, sintetiza o engenheiro químico. A tecnologia das embalagens também progride pelo estudo do comportamento do público, ele coloca, e a maioria da nova geração de tutores de cães e gatos consta de compradores céticos, críticos e interessados nas práticas, valores e cadeias de produção das empresas de pet food. “Em resposta a essas novas expectativas, é notável a ascensão dos stand up pouches munidos de sistemas facilitadores de abertura/fechamento, zíperes, bicos dosadores, estruturas retortables (autoclaváveis) mais econômicas, biopolímeros e filmes anti-fog e de permeabilidade controlada”.

Intermediários ao léu
Paulo Argenton, diretor geral da catarinense Argepasi, verbete em rações para cães e felinos, destaca requintes recentes em seus sacos laminados, adotados com base na proteção mecânica e química do alimento. “Introduzimos na linha Premmia Gatos embalagens metalizadas, para garantir a manutenção da qualidade por mais tempo na prateleira, devido à barreira à migração de gordura, umidade e à incidência de luz”, justifica. Na esteira, ele também comenta ter iniciado o emprego de um sistema de fechamento facilitado em determinadas linhas de pacotes de até um quilo. “Podem ser refechados, aprimorando assim a preservação das melhores propriedades da ração”.

O mostruário da Argepasi emite sinais do peso da crise distribuído conforme as categorias de pet food. As vendas da marca de produtos standard, Bolly, foram as mais penalizadas sob a economia empacada, distingue Argenton. “O consumidor optou pelas marcas mais baratas ou pelos produtos premium e pôs de lado os intermediários”, percebe o dirigente. As linhas de maior valor agregado, Primus Gold e Primus Gatos, desfrutaram grande procura, nota Argenton, a tiracolo da junção da qualidade com preços mais sedutores que os da concorrência neste nicho. Por essas e outras, ele prevê que Primus Gold All Day, a primeira ração canina de sua linha premium especial, será seu carro-chefe este ano.

Rhotoplas: faro fino para laminados

Pet food é o cartão de visitas e termômetro da maestria da Rhotoplas, convertedora em permanente ebulição em Barueri, Grande São Paulo, e com o dream team das grifes de rações em sua carteira. “Atendemos desde os tipos mais simples de rações às linhas super premium”, abrange o diretor industrial Fernando Silva. “O que se observa hoje é o incremento de embalagens de maior shelf life, implicando prolongamento da validade do produto e isso converge para a necessidade de uma embalagem hermética, sem risco de vazamentos capazes de permitir a passagem de ar entre o ambiente interno da embalagem e o exterior, após a etapa do envase”, descreve o técnico. “Outro ponto muito cobrado pelos clientes, ele solta, é a capacidade de a embalagem cheia suportar eventual quedas sem acusar rupturas, em especial nas regiões das soldas, zerando a hipótese de vazamentos por onde insetos podem entrar”. Na mesma trilha, Silva encaixa como tendência em sua clientela a aplicação de microfuros para retirar o ar dentro da embalagem após o envase da ração. “Assegura estabilidade na acomodação dos sacos nos paletes dentro das fábricas e nos pontos de venda”, ele completa.
Uma situação ainda mais crítica, expõe Silva, transparece das rações com alimentos in natura em sua composição. “Para este caso, fornecemos um laminado específico de filme de PE combinado com substratos para aprimorar a barreira a gases, gordura e à umidade”, informa Silva, arisco a detalhar a estrutura multimaterial. Entre as inovações na berlinda em sua empresa, o diretor comemora o fato de ter conseguido estabilizar em valores altos o coeficiente de fricção externa das embalagens pré-formadas, “principalmente em estruturas que incorporam BOPET no lado externo e sem uso de vernizes antiderrapantes nesta face do saco”. O diretor acrescenta que o índice atingido do coeficiente é crucial para a estabilidade, transporte e empilhamento em paletes das sacarias remetidas aos canais de comercialização.

Laminados mais complexos
A crise tem passado ao largo da porteira da Inproveter, casa de força mineira em pet food. “As vendas evoluíram, acompanhando a curva do mercado nos últimos anos”, sustenta o diretor comercial Douglas Viana. “Não fomos substancialmente afetados e o grande salto no movimento desde o final de 2017 está muito associado à capacidade produtiva ampliada pela nossa nova planta”. Com cinco linhas de produtos no portfólio, a Inproveter deve ter na marca PapaDog, confia o diretor, a sua campeão de vendas em 2018, sucesso explicado por ele com investimento em mídia, inclusive TV aberta, novas fórmulas e, do lado da embalagem, apelos na estética.

“Nosso cuidado com as embalagens vai muito além da busca por menor preço em determinado canal de venda”, coloca Viana. “Procuramos modernidade visual, mas o fundamental é a garantia da manutenção da alta qualidade do alimento”. Devido a esses fatores, completa, os sacos laminados da Inproveter mostram estruturas de complexidade crescente, “como se vê na busca pela inserção de mais camadas em estruturas como polietileno (PE) transparente/BOPET metalizado/BIOPET transparente”.

Processo repensado
A PremieRpet forma entre as forças do Brasil em rações de corpo fechado para os maus fluidos da economia. “A empresa se preparou para a crise e não sentiu a grande perda que o país sofreu e ainda sofre em alguns segmentos”, sustenta Marcos de Oliveira, diretor de suplly chain dessa grife de pet food fincada no interior paulista. “Investimos em qualificação de pessoal, automação do sistema de envase e incrementamos as embalagens com zíper e easy open, algo impossível pela via manual nas versões abaixo de 3 quilos”. Prova de crescimento em plena recessão, ele arremata, foi a inauguração de mais uma linha de produção em 2017, na sede em Dourados.

Oliveira sublinha que a PremieRpet foi pioneira em seu setor ao automatizar, com máquinas embaladoras e robôs paletizadores, o enchimento para sacos pré-formados. “Os novos sistemas permitem uma qualidade superior de solda dos sacos, pois tudo é parametrizado através de uma receita que inclui os dados de cada embalagem”, esclarece Oliveira. “Além disso, os equipamentos controlam a qualidade de ar na embalagem e permitem a inclusão de nitrogênio nelas, trunfo para ampliar o shelf life do alimento”. A automação da etapa de envase, assinala o diretor, levou ao desenvolvimento de fornecedores de embalagens, “pois pouco sabiam sobre o novo sistemas”, ele diz. “Trabalhamos assim a questão do coeficiente de atrito (COF) e repensamos o tempo e qualidade das soldas, o desempenho das datadoras automáticas e a formação dos fardos para sacos menores”.

Masterchef da gastronomia animal, a PremieRpet também dá o que falar no setor lançando a primeira ração da praça, assegura Oliveira, contendo batata doce. Destinada a animais adultos de raças pequenas, o produto Frango Korin (empresa de agricultura natural) combinado com o tubérculo forma na linha PremieR Seleção Natural e é a candidata de Oliveira a carro-chefe do faturamento este ano. “Ela dispõe de alta qualidade nutricional e da exclusiva proteína de frango criado livre de aditivos químicos e antibióticos”, argumenta.

Olho de lince para tendências

Virou lugar comum encontrar no staff de fabricantes de pet food ex-discípulos de Claire Sarantopoulos, pesquisadora científica do Centro de Tecnologia de Embalagem (CETEA) do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL). Reverenciada como mestra e estrela guia da análise e desenvolvimentos de flexíveis no Brasil, Claire se desdobra numa rotina pesada entre os pedidos de consultoria que fazem fila em seu laboratório e um cordão de reuniões corporativas e visitas a fábricas de convertedores e indústrias finais – por sinal, as grifes de rações de animais domésticos estão entre as que mais recorrem aos conhecimentos enciclopédicos da pesquisadora. Nesta entrevista, ela aponta para onde o vento sopra em pet food em relação ao custo/benefício e as vias de aprimoramento estético e funcional de suas embalagens.

Com base nas solicitações relativas a embalagens de pet food que chegam ao seu laboratório, quais as melhorias/inovações mais recentes que destaca na estrutura/composição de materiais de sacos plásticos para garantir/ampliar o shelf life, aumentar a vedação e evitar a perda de qualidade e deterioração do alimento?
A maior demanda que recebemos é para avaliação de propriedade de barreira à gordura para embalagem de ração seca. Esse fenômeno compromete primeiramente a apresentação do produto embalado na gôndola e durante o uso fracionado. A permeação de gordura também pode provocar a delaminação da estrutura e perda de propriedades. Há também uma preocupação constante com a eliminação do furo na sacaria, para suprimir o ar que causa problema de empilhamento. Acredito no potencial de soluções tecnológicas de válvula oneway feitas no próprio material de embalagem, que não afetem a produtividade do empacotamento. Ainda no âmbito das rações secas, há uma busca contínua por filmes com maior barreira ao vapor d’água e resistência mecânica em menores espessuras. Tal desempenho advém de resinas e adesivos especiais em combinações inteligentes feitas em equipamentos modernos.

Para manutenção da qualidade de rações secas e semi-úmidas, a inertização, ou seja, a substituição do ar por um gás inerte como nitrogênio, tem sido considerada. Com a eliminação do oxigênio do ar na embalagem, tem-se a redução da velocidade de oxidação do produto, com consequente conservação do aroma, sabor e valor nutricional. Além disso, a inertização abre uma oportunidade de se reduzir/eliminar conservantes químicos. Isso atende ao movimento para clean label (alimento com ingredientes básicos). Contudo, uma equação de custo/benefício favorável para implementação dessa tecnologia depende de vários fatores, incluindo a qualidade inicial da matéria-prima e a eficiência da inertização (residual e oxigênio na embalagem). Também deve ser avaliado o custo da embalagem contendo barreira para manutenção da ausência do oxigênio por um período longo, recurso usual para a validade de rações secas, na comercialização à temperatura ambiente em nosso país tropical.

Como enxerga a influência dos canais de venda sobre a concepção desses laminados?
No momento, há uma onda de renovação da própria ração e sua forma de comercialização. Marmitas entregues a domicílio, rações úmidas, mais parecidas com a alimentação humana e receitas que atendam a dietas especiais têm apelo crescente nesse ambiente de novos empreendedores. Para pequenos negócios, esses produtos podem ser refrigerados, com atmosfera modificada ou congelados. Para empresas de médio e grande porte o retort pouch, ou embalagem flexível esterilizável, é excelente opção para rações úmidas diferenciadas.

Qual o peso do visual e manuseio no desenvolvimento desses laminados?
A sofisticação das embalagens de pet food permanece uma tendência forte e pressiona por melhorias na impressão. Também é expressiva a exigência da agregação de recursos de praticidade para carregar, abrir, refechar, servir/dosar e descartar. As soluções de refechamento são importantes para rações secas de uso progressivo.

Para bombar na gôndola

Nova fornada de grades e películas facilita e instiga a concepção de laminados para rações

Mesmo sem projeções setoriais disponíveis, é claro que, para os negócios de polietileno (PE) e polipropileno (PP), a indústria brasileira de pet food, apesar de vice-líder na produção mundial, não encosta na demanda oriunda do acondicionamento de produtos de primeira necessidade. Em contrapartida, são de se contar nos dedos os mercados das duas resinas que ostentem a regularidade de crescimento nas vendas das rações de animais domésticos, não importa se faz bom tempo ou troveje na economia, e sua obsessão com o visual e a performance das embalagens.

Por essas e outras, é contínua a saída do pipeline da Braskem, única produtora de poliolefinas no país, de grades cinzelados pelas aspirações das marcas de pet food. Na raia do tipo de alta densidade (PEAD), Carlos Faria, engenheiro de aplicação/polietileno, ilustra esta sintonia com a resina HE 150, diferenciada pela processabilidade e transparência. “Pode ser aplicada em teores consideráveis na capa sem interferir nas propriedades ópticas do laminado”, salienta. No embalo, ele recomenda para sacos maiores as resinas BF4810 e GM9450F porque, além do poder de barreira à umidade e gordura – tópico no qual também é destaque o grade AC59 – auxiliam na manutenção da resistência mecânica da estrutura final.
Flexíveis são a Ipanema de polietileno linear de baixa densidade (PEBDL), poliolefina com cadeira cativa no envase de rações secas. Faria abre o mostruário com o terpolímero Pluris9300, a tiracolo de seu balanço entre rigidez e resistência à queda. No âmbito das resinas base metaloceno, ele ressalta a processabilidade e a resistência à perfuração e ao impacto de dois tipos da série Proxess: o grade 1809 e a resina 1509 XP, esta enaltecida também pela performance na solda e por aditivos na formulação que contribuem para a a manutenção do coeficiente de atrito (COF) dos lados interno e externo do laminado, ponto a favor de seu empacotamento automático e da estabilidade da sacaria no palete.
No front de PP, Faria brande para pet food o grade de maior cristalinidade H 501HC, dado como capaz de dilatar o poder de barreira e as propriedades mecânicas do laminado. Outra mão na roda para a qualidade final e regularidade no processo que o engenheiro cita, de olho em filmes biorientados (BOPP) pelo processo stenter, é o tipo PF320. “Também apresenta variação do perfil de espessura do filme inferior aos padrões tradicionais e permite a operação com a máquina mais fria, de modo que as características mecânicas sejam alcançadas facilmente, além de proporcionar economia energética à produção do filme”.

PA em pouches
Distribuidora exclusivo no Brasil da linha de poliamidas (PA) importadas da Basf destinadas a embalagens flexíveis, a componedora brasileira Krisoll, fera em especialidades tailor made, tem uma visão ambivalente desta atividade comercial. “No momento, trata-se de uma opção melhor de vendas que o mercado de compostos de engenharia, mas de rentabilidade bem inferior”, compara Alexandre Pastro Alves, sócio e diretor dessa indústria em Mauá, Grande São Paulo.

Pet food reluz entre os mercados assediados pela Krisoll, na garupa do poder de barreira de PA. “Os grades seguem, na maior parte, para integrar stand up pouches de ossinhos, snacks e rações para pássaros e roedores”, distingue Alves. “No geral, as estruturas são formadas à base de PE/poliéster biorientado (BOPET)/PA ou PE/PA/BOPET, proporcionando altíssima resistência à umidade e preservação das propriedades organolépticas do alimento”, fecha o diretor.

Salto de produtividade
Nas entrelinhas dos laminados, a vanguarda dos aditivos também dá as cartas. Bússola mundial nesses auxiliares, a francesa Arkema dá o tom em flexíveis multimaterial de pet food com o grade Lotader 4613. “Permite que sejam alcançadas altas forças de laminação e o trabalho com temperatura reduzida com velocidade de máquina de até 150 m/min,quase o dobro da média tradicional de produtividade”, compara Jamil Jacob Neto, gerente de negócio da divisão de olefínicos funcionais da empresa para a América Latina. Conforme assinala, o emprego dos adesivos Lotader 4613 e 4503 viabiliza o uso de um único filme de BOPP impresso ao reverso sem aplicação de prime. “Também possibilita a remoção de filmes impressos à base de verniz, completa o executivo, ressaltando ainda os préstimos do adesivo 4613 para filmes laminados contendo BOPP com impressão reversa por conta de diversos tipos de tinta.

Para estruturas com substratos de PA e PE destinadas ao envase de pet food, o especialista da Arkema se aferra às resinas adesivas (tié layers) da linha Orevac 18362 pronta para uso e aos tie layers concentrados 18341. “Primam pela excelência na adesão e no custo/benefício”, sintetiza Jacob Neto.

Nanopartículas de prata
Laminados no plano geral e BOPP, em particular, são dois ancoradouros de fé para as especialidades da componedora norte-americana A.Schulman, adquirida recentemente pela petroquímica holandesa LyondellBasell e com planta de beneficiamento em Sumaré, interior paulista. Das estrelas do portfólio, Roberto Castilho, gerente comercial da empresa para Brasil e Argentina, empunha para pet food o master Polybatch NC44, formulado a partir de nanotecnologia. “Amplia a barreira a oxigênio e vapor d’água, esticando assim o shelf life do alimento, mesma vantagem proporcionada pelo concentrado antimicrobiano Polybatch ABACT, à base de nanopartículas de prata”, ele indica.

O aumento do brilho e resistência da embalagem conjugado à redução da sua espessura é o argumento de venda servido por Castilho para o master Polybatch HC60 PE. Já o chamariz levantado pelo engenheiro para o produto Polywhite Optimum é a possibilidade de diminuir o teor de master aplicado no laminado de pet food mantendo ótima cobertura e alvura. Ainda na seara dos diferenciais sensoriais, Castilho tira da manga a especialidade Papermatch. “Confere soft touch e um refinado toque mate à embalagem da ração”, sumariza Castilho.

Windmoeller & Hoelscher: roteiro dos filmes de arte

“Percebemos aumento não só do mercado de pet food, inclusive com novos entrantes, mas na procura por máquinas para suas embalagens, em especial impressoras com passos mais longos”, constata Carsten Mader, integrante da equipe da base comercial no Brasil da alemã Windmoeller & Hoelscher (WH), pêndulo global na última palavra em flexografia e extrusão de flexíveis. Para a gravação de laminados para rações, o especialista serve à mesa duas iguarias: a impressora Miraflex, com passo de até 1.130 mm e velocidade máxima de 600 nm/min e a flexográfica Novoflex, munida de passo de até 1.250 mm e velocidades até 800m/min. “Dispõem de sistemas estáticos (sem consumo de material) e dinâmicos de ajuste automático de impressão e registro”, ressalta o técnico. Em paralelo, ele chama a atenção para novos requintes da WH nos meandros da impressão, o sistema de vídeo-inspeção Vision, capaz até de rastrear a origem do erro e de sugerir como eliminá-lo, e a tecnologia de acerto de cor Easy Col, munida de espectrofotômetro e banco de dados das tintas e pigmentos utilizados. “Orienta o operador para ajustar cores especiais em apenas duas passagens, reduzindo assim o tempo de set up da impressora”, expõe Mader.
Na boleia dos filmes para laminados, Mader também acena com duas opções de coextrusoras blown. A linha Optimex gera películas de três a cinco camadas de polietileno, com largura útil máxima de 2.200 mm, enquanto filmes com resinas de barreira são a praia das máquinas Varex,que proporcionam estruturas de três a 11 camadas com largura útil de até 3.600mm. Quanto aos avanços na tecnologia complementar de processo, Mader empunha o sistema Easy Change, para troca automática de formato, o que inclui largura e altura da gaiola de calibtração, abertura e ângulo da aplanação, velocidade do puxador e sistema giratório, configuração dos bobinadores e controle do ar externo e interno do balão. Outro feito recente da WH, ele arremata, é o sistema Turboclean. “Efetua a troca automática de receitas, mudando as resinas de todas as camadas na coextrusão”.

Mate retrô
“Embalagens de pet food são muitas vezes produzidas com necessidade de controle de brilho e os masters de efeito mate preenchem essas expectativas, conferindo aos laminados um aspecto retrô”, considera Cláudio Marcondes, titular do time da representação P7 Additives, revendedora dos masters da componedora alemã Argus. Incumbido da comercialização dos auxiliares para BOPP, o executivo assedia laminados para pet food com tipos brancos, antiblock, antiestáticos, auxiliares de processo e resinas hidrocarbônicas.
Com pé no estribo deste arsenal, Marcondes comenta observar, no âmbito das embalagens de rações, a tendência de uso de agentes, também fornecidos pela Argus, que evitam acúmulo de água na superfície do filme quando expostos a variações térmicas e de umidade. Quanto aos atributos ópticos, ele comenta que masters minerais são muito eficazes para dar efeito perolizado a BOPP e, na esfera dos concentrados brancos, Marcondes salienta que o risco de amarelamento posterior é zero com o emprego dos tipos da Argus. “Durante a produção, envase e uso final dos laminados de pet food”, ele arremata, “o coeficiente de atrito requer habitualmente um controle muito rígido e sem oscilações para não comprometer a qualidade da embalagem, uma exigência que atendemos com aditivos não migratórios”.

Overdose de pigmentos
Para Juliano Barbosa, coordenador de projetos e produtos da Cromex, ás de ouros nacional em concentrados, estão em voga em pet food as embalagens sem brilho ou com efeito fosco. “Comparecemos nessa tendência com os produtos PE-CD 13883 e PE-AB 5643, pois reduzem bastante o brilho dos laminados”, acentua o especialista. Ainda no plano visual, ele enfatiza a oferta de seus concentrados brancos, como o tipo PE-BL15387, dotados de até 80% de teor de dióxido de titânio, e pretos contendo até 65% de teor de negro de fumo, a exemplo do tipo Superblack. “Todos eles apresentam alta dispersão e poder tintorial, de modo a bloquear UV, auxiliar na cobertura do filme com dosagem menor e auxiliar no aumento do shelf life”, amarra Barbosa.

Em relação às entranhas da produção de flexíveis para pet food, Barbosa ressalta os predicados dos auxiliares de fluxo (AX) PE-A 13279 e PE-AX 5848. “Evitam defeitos de extrusão, como fratura do fundido e die-build up”, justifica. Para aumentar as velocidades sem interferir na selabilidade das embalagens, a pedida da Cromex é o agente deslizante PE-DL 5535, especifica Barbosa.

Innova brilha em BOPP
“Tenho visto no mercado de pet food dois tipos de embalagens”, afirma Robson Tamborelli, gerente comercial e de marketing da Polo Films, produtora referencial de BOPP vendida há meses pela Unigel ao fundo privado Geribá. “Marcas que exigem barreira à luz e a gases e testes de cromatografia para avaliar a retenção de solventes preferem laminados à base de BOPET/alumínio/PE ou PP cast, enquanto uma estrutura mais simples, BOPP/PEAD, prevalece em embalagens de rações dirigidas ao Norte/Nordeste”. Em termos da estética, Tamborelli concorda que um contingente expressivo de marcas de pet food está migrando para filmes mate e, tanto para quem busca este efeito como para quem preza a cintilação, o catálogo da sua empresa tem a resposta. “Temos formulações específicas para alto brilho em diversas aplicações de BOPP, desde o núcleo à capa do laminado”, assegura o gerente, grifando o tratamento corona como diferencial da Polo para apurar a printabilidade do filme biorientado.
Na boleia da concorrente Innova, Luiz Alberto Absy, gerente comercial para BOPP, comenta que seus filmes foram desenhados para gerar as condições ideais para uma impressão de brilho realçado. A propósito, encaixa, um desenvolvimento na ordem do dia em sua empresa são filmes metalizados de alta barreira e espessuras reduzidas. “Visam preencher os requisitos de embalagens de menores proporções, tipo dose única”. Em pararelo, complementa, a Innova se acerca dos laminados para envase de rações mais sofisticadas com a oferta de filmes mate.

Reifenhäuser fornece o filme mais plano do mercado

Laminados para pet food mantêm condão umbilical com coextrusoras de cinco camadas com redução de espessuras nos substratos externos (A e E), preenchidos com materiais mais caros, enquanto os demais são ocupados por resinas mais em conta, descreve Márcio Viviani, agente no Brasil da alemã Reifenhäuser, Ferrari da tecnologia mundial de extrusão. Para acertar o passo com o requinte inerente aos sacos de pet food, o representante comparece com um recurso patenteado e contemplado com alíquota zero em seu desembarque no Brasil: o dispositivo Ultra Flat. Uma vez incorporado às extrusoras, este invento da Reifenhäuser proporciona ao filme um grau de planicidade inatingível por qualquer equipamento da praça, sustenta Viviani.

Janela para a ração
BOPET está em casa em laminados de pet food, mérito de sua estrutura física e química, interpreta Célia Freitas, gerente de desenvolvimento de negócios da Terphane, controlada da corporação norte-americana Tredegar e única produtora do filme biorientado de poliéster no Brasil, com planta na orla de Pernambuco. “BOPET proporciona alta barreira ao oxigênio e aromas, atributo aumentado se o filme for metalizado ou receber coating de PVDC”, expõe a executiva, agendando a propósito o lançamento em breve de um tipo metalizado de BOPET capaz de substituir a folha de alumínio em diversas aplicações.

Outra novidade no portfólio da Terphane, distingue Célia, é a linha CBR, de filmes transparente de barreira. “Seu diferencial e a alta barreira desprovida de cloro”, ela descreve. “A nova série é ofertada na espessura de 12 micra,enquanto a parede desses filmes com coating de PVDC varia de 11,5 a 51,5 micra”. Entre outros plus para as marcas de pet food, a gerente assinala que a linha CBR viabiliza a produção de laminados com inovadora janela para o comprador visualizar a ração envasada. Na mesma trilha, Célia ressalta a presença em seu mix de uma gama de filmes metalizados de BOPET com elevado poder de barreira – inclusive a aromas externos, por exemplo – suficiente para atender as exigências de alimentos pastosos, líquidos ou secos.

Célia percebe o predomínio, no comércio de pet food, de sacarias empilhadas nos pontos de venda. “Essa disposição veta a hipótese de deslizamento, o que a Terphane garante com sua linha de filmes 10.91, de alto coeficiente de atrito”, insere a especialista.

No front das propriedades ópticas, Célia espreita laminados de pet food com filmes transparentes, metalizados, brancos e de efeito mate (Terphane RMAT). “O aspecto fosco tem crescido nas apresentações de rações de animais domésticos, movimento também impulsionado nos EUA pela necessidade do público de ler mais facilmente os dizeres impressos, sem falar que o efeito fosco diferencia o produto no ponto de venda”. Por sinal, ela acrescenta, a Terphane possui em linha um filme de BOPET que pisa no calo de BOPP em campos como pet food por aliar fosquidão com as propriedades de selagem. “Foi desenvolvido, em especial, para embalagens dependentes de uma camada selante na face externa para envase vertical, caso de sacos de fundo chato”, completa a gerente.

Qual é o problema?

Comércio on-line desperta questionamento sobre luxo estético dos sacos de ração

O futuro das embalagens de pet food começa a ser posto numa encruzilhada pelos hábitos de compra dos millenials, a nova geração de consumidores em muitos pontos desconectada dos costumes dos seus antecessores. Seguinte: sacos laminados de rações de animais domésticos primam por uma penca de cores, fotos e/ou ilustrações chamativas aliada a requintes na impressão para despertar o impulso de compra na loja física. No entanto, se existe um consenso na multidão de pesquisas sobre os millenials, é sobre sua predileção pelas compras virtuais. Amarrando-se as pontas, no comércio on-line é zero a preocupação de atrair o olhar do público para determinada marca numa prateleira e assim, por tabela, abre-se a possibilidade de o visual sofisticado do saco de pet food ceder espaço a embalagens sem maiores pretensões estéticas e cumpridoras de suas funções básicas de zelar pela segurança e preservação da qualidade do alimento envasado.

“Nossos dados dizem que o e-commerce cresce de forma impressionante”, considera Nelo Marraccini, vice-presidente de comércio e serviços do Instituto Pet Brasil, entidade porta-voz de todos os canais de venda de produtos para animais de estimação. “Nos últimos cinco anos, o e-commerce tem aumentado no país em torno de 20% anuais e, mesmo com a desaceleração da economia,deve ter evoluído 12% nos nossos indicadores de 2017 ainda em fase de fechamento”. Pela estimativa do dirigente, as vendas on-line hoje incidem em torno de 10% no faturamento total do setor pet nacional, percentual equivalente a cerca de R$ 2 bilhões. “Tal como na loja física, alimentos são os principais produtos vendidos pela internet, representam mais de 65% do movimento”, situa Marracini.

O mercado de pet food risca uma linha divisória entre rações de combate e as premium e superpremium. Para as primeiras, sob o torniquete do preço inferior, as embalagens são mais básicas e de menor apelo visual, delimita Lucia Keito Ino, engenheira de aplicação de polipropileno (PP) da Braskem. “Esse tipo de embalagem incute no público a percepção de que ela possa conter rações de menor valor nutricional e, em decorrência dessa postura, ele poderá desconfiar da simplificação do saco de pet food de alto padrão destinado ao comércio on-line”. Em contrapartida, coloca Lucia, os compradores são seduzidos por comodidade e preços menores e, se as grandes marcas de rações acertarem de primeira na simplificação da estrutura sem perda nutricional, existe na internet a possibilidade de alavancar mais um canal de venda”.

Catedrática em analisar os rumos dos desenvolvimentos em flexíveis, Claire Sarantopoulos, pesquisadora cientifica do Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea/Ital) não destoa da visão de Lucia. “Muitos animais domésticos são considerados membros da família e, por extensão, as exigências de apelo visual das embalagens de pet food são as mesmas para as da alimentação humana”, ela deduz. “Contudo, os requisitos da embalagem para o e-commerce, principalmente quanto à resistência mecânica, exigirão muito esforço de desenvolvimento para as marcas consagradas no varejo físico”.

Fernando Dilli, pesquisador da Hercosul Alimentos, nada na contracorrente. As funções de uma embalagem de pet food, ele entende, cobrem da segurança alimentar ao impacto visual na gôndola. “Contudo, a opção de desfigurá-la por questões de custo está fora de cogitação na Hercosul. “Na transação on-line, o comprador espera receber o mesmo item que adquire ao ir à loja física e ter a mesma experiência de manuseio”. Dilli admite que, na maioria dos segmentos atuantes no canal on-line, podem ocorrer adequações na embalagem, regras determinadas pelo seu transporte, mas mantendo a apresentação muito próxima ou igual à disponível nos demais canais de venda. “Ao se mudar a embalagem, poderia haver algum ganho na comercialização on-line, mas prejudicaríamos o contato do tutor do animal com o produto em sua casa, uma hipótese inadmissível”. Marcos de Oliveira, diretor de supply chain da fabricante PremieRpet, assina embaixo. “Quando alguém escolhe a marca, precisa ter todas as expectativas correspondidas”, defende. “Em geral, o comprador conhece a marca no pponto de venda e, quando segue para a transação on-line, no mínimo espera receber aquilo que conheceu. As embalagens são importantes para manter a integridade do alimento, ajudar na decisão de compra e trazer conveniência a quem a adquire”.

Devido aos altos custos logísticos, atribui Pedro Argenton, diretor geral da indústria Argepasi, o e-commerce de pet food ainda não decolou no Brasil e Argentina. “Ele cresce exponencialmente nos EUA e seu grande atrativo é o custo, pois o produto adquirido pela internet sai mais barato que a loja física”. Argenton concorda que a hipótese de dar feições básicas ao saco destinado ao e-commerce ajudaria a reduzir os custos da ração. “Mas não sei se isso é determinante para viabilizar a venda digital”, pondera. “Boa parte do custo dos sacos de pet food não está relacionada ao visual, mas às suas condições físicas e químicas para proteger o alimento e manter suas propriedades. Economizar na estética não acarretaria grande diminuição de custo”.

CEO em criatividade do escritório de design Questtonó, Leonardo Massarelli propõe que se salte do quadrado na linha de argumentação. “Acredito que a diferença entre embalagens apenas por estarem on ou off line não deva necessariamente existir”, defende. “Concordo com o fato de que, ainda hoje, se a embalagem existe num contexto multicanal, a expectativa e a experiência deveriam ser as mesmas ou muito parecidas. Porém, o mundo ruma para uma posição mais consciente”. Na visão do designer, apesar de bonitas e cheias de requintes, “as embalagens parecem pouco inovadoras enquanto sistema (de acondicionamento) e um tanto exageradas em materiais. Questiono a razão pela qual não usamos refis, já que a compra da ração é programada e temos disponíveis tanta tecnologia de fechamentos e barreiras para resistentes embalagens retornáveis. Além do mais, é forte a tendência a favor de produtos a granel”.

Massarelli enxerga oportunidade para, no plano geral, se reinventar embalagens para focá-las no mundo digital. “Hoje em dia, apenas replicamos o modelo encontrado no comércio físico para dento da tela, numa tentativa de manter o ambiente dentro da ‘normalidade’ ou do que já é conhecido”, constata o designer. “Trata-se de um desperdício, pois o ambiente on-line possui uma dinâmica de experiência, leitura e consumo totalmente distinta e de perspectivas grandiosas. Lá não há gôndolas nem distância de visualização. O e-commerce encerra uma série de possibilidades para tornar a chamada embalagem digital mais atraente, interativa e adequada ao meio”.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) assina o levantamento “Projeto Indústria 2027- Risco e oportunidades para o Brasil diante de inovações disruptivas”. A análise da cadeia química aborda a transformação de plástico e, entre as guinadas antevistas, consta a seguinte ponderação, a calhar para o setor de pet food digerir. “O crescimento do comércio eletrônico pode transformar as características das embalagens, com o declínio dos aspectos decorativos e valorização da função de proteção”.
Não é por falta de aviso. •

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