Tem gosto de descoberta

Sabores diferentes, ingredientes naturais e apelo saudável repaginam os produtos lácteos e, por tabela, suas embalagens termoformadas

Centro das atenções das embalagens termoformadas de alimentos, o mercado de laticínios forma na fila dos que anseiam pela reação na demanda e nos índices de emprego para pegar no tranco e sair da discrição no Brasil. Lupas setoriais cravam que, em 2014, último período antes da recessão passada, o consumo per capita de leite e derivados era estimado em 174 litros. Dois anos depois, no auge da crise, descia a 161 litros e, sob a lenta recuperação em 2018, o índice passou para 169 litros. Bons corpos abaixo da média de 250-300 litros referente a países desenvolvidos.

O comportamento das vendas entre 2014 e 2019 revela que o reduto de laticínios desfrutou efeitos parcialmente amenizados da desaceleração da economia. “É decorrência da prática de preços por companhias regionais mais atraentes que os dos líderes do mercado, oferta em parte justificada por custos logísticos menores”, atribui Maria Alice Narloch, analista de pesquisa da consultoria de marketing estratégico da Euromonitor. “A retração no volume das vendas de laticínios foi mais intensa de 2015 para 2016 e sentida em todas as categorias, em especial as vistas como menos essenciais”, assinala a pesquisadora. “Entre 2014 e 2019, as principais quedas em volume da taxa percentual de crescimento anual composto (CAGR) foram aferidas na classificação fromage frais e quark (queijo fresco e cremoso, a exemplo de Danoninho), com 6% de redução, e em bebidas lácteas aromatizadas, com declínio de 5%”. Em contrapartida, segue Maria Alice, categorias como leite e queijos apresentaram no mesmo período CAGR positivo: 0,4% e 2,5% respectivamente. No entanto, a movimentação em valor difere da presenciada em volumes de venda. “A relativa estabilidade no consumo de leite – a categoria de laticínios líder em volume e valor – além de seu preço médio elevado por aumentos no custo da matéria-prima, foram responsáveis pela CAGR de 5% desse mercado entre 2014 e 2019”, expõe a analista. “Esses fatores fizeram a balança equilibrar no exame do setor como um todo”.

Uma categoria mais vulnerável à economia em baixa é a do leite fresco, distinguem interpretações da Euromonitor. O consumidor a enxerga em segundo plano entre o leite longa vida, mais barato e saudável e natural o suficiente, e iogurtes com proteína, um atrativo de funcionalidade inexistente no leite fresco.

“Apesar da contida recuperação da economia, os índices de confiança do público aumentaram este ano, ensejando em algumas categorias de laticínios um retorno a vendas ascendentes, razão pela qual prevemos CAGR de 3% para os produtos fromage frais e quark nos próximos cinco anos”.

Migração de produtos e marcas
Iogurtes mais populares, ao alcance das classes de menor renda, pintam entre os laticínios de vendas mais embaçadas pela economia empacada e gastos domésticos com freio puxado. “Grande parte dos consumidores não só diminuiu o consumo, mas retirou por completo esses iogurtes da cesta de compras”, reitera Maria Alice. “Por conta disso, as porções individuais desse produto, a oferta em bandejas e as garrafas maiores/pacotes tiveram movimento esfriado, retração estendida aos nichos de iogurte para beber e saborizados (segmento no qual iogurtes de bandeja estão inseridos em sua maior parte), com respectivos CAGR de -3% e -4% entre 2014 e 2019”. O ambiente de carestia também leva a duas mudanças de hábitos de consumo em lácteos: a migração de uma categoria para outra, caso do iogurte líquido para leite longa vida e deste para o leite em pó, e troca de marcas (trade-down) do mesmo laticínio movida a preço, mudança percebida pela Euromonitor em leite condensado.

Maria Alice concorda que a margem de manobra para se inovar em laticínios como iogurtes é apertada se o alvo for o consumidor de baixa renda. “Esse segmento segue atendido pelos tradicionais sabores morango e coco e uma das estratégias de diferenciação seria a concepção de uma identidade visual capaz de sinalizar um grau de qualidade para o iogurte de preço baixo”. Na voz corrente de uma infinidade de pesquisas, os brasileiros menos capitalizados são receptivos a novos sabores e formulações de laticínios, desde que a oferta esteja em linha com preços competitivos.

Natural é o tal
Determinadas frentes de lácteos sobressaíram pelo movimento de premiunização, mesmo sob a economia devagar entre 2014 e 2019. O consumo de manteiga aumentou, ilustra Maria Alice, pois ela começou a ser encarada como opção para culinária mais saudável que óleos vegetais e margarina, por ser menos processada do que eles, sem falar na sua procura influenciada pela cultura da cozinha gourmet. O saldo dessa premiunização foi a CAGR de 1,5% para a manteiga de 2014 a 2019, ela especifica.

Iogurtes sem lactose, por sua vez, singraram em CAGR de 11% nos últimos cinco anos. “Com o aumento da incidência de alergias e intolerâncias, esses produtos premium saíram bem mesmo com a economia comedida, mérito de consumidores de melhor poder aquisitivo e dispostos a pagar mais por um produto que ofereça a funcionalidade desejada”, sintetiza a analista da Euromonitor. Ainda nessa trilha, ela aponta o halo da premiunização em iogurtes com maior teor de frutas ou agregados, transmitindo conotação acentuada de naturalidade, acondicionados em potes unitários de textura mais firme, ou então, dotados de composições em linha com o culto da saudabilidade, com menos gorduras e açúcar e teor maior de proteínas.

“O mercado de laticínios premium tem repaginado os sabores”, nota a pesquisadora da Euromonitor, ilustrando com versões que incluem hibisco, matchas, cúrcuma, kiwi, açaí e manga. “Iogurtes como os que mesclam sementes ou berries (frutas vermelhas) constituem oportunidades a serem exploradas”, ela indica. Um dos motores dessa prospecção é a disposição dos consumidores, em especial millenials, a experimentar sabores. “Esse público jovem é mais aberto a novidades e tem recursos para comprá-las”. O consenso entre levantamentos sobre millenials ressaltam seu interesse em informações, buscadas nas redes sociais, como aquelas sobre práticas sustentáveis do produtor e sobre a origem e componentes do alimento, postura que favorece itens como marcas regionais, leites orgânicos e ingredientes naturais, nutrientes e saudáveis. Nesse contexto, assinalam os mesmos estudos, ganham relevância rótulos mais limpos e com aura de simplicidade. Maria Alice intervém assinalando a identidade da nova geração de consumidores com embalagens de design moderno e despojado e a necessidade de contemplar esses lácteos com posicionamento adequado de gôndola. “Se estiverem no meio de produtos mais baratos ou em pontos de venda focados no consumo popular, a aceitação deverá frustrar, por fugir do tripé da premiunização: embalagem, ingrediente e canal”.

Novas subcategorias
Retomando o fio do mercado de iogurtes, Maria Alice salienta a rápida progressão dessa categoria, nos últimos dois anos, rumo à premiunização e oferta de produtos de maior valor. “Diante da desaceleração do volume de vendas em 2016 e 2017, os fabricantes de iogurtes lançaram e renomearam produtos e alteraram fórmulas, conseguindo assim a recolocação deles na cesta do consumidor”, esclarece a analista. Entre as sacadas nessa direção, ela distingue a consolidação do iogurte grego, introdução de mais marcas premium e novas subcategorias, como skyr (iogurte irlandês) e kefir (leite fermentado a partir de micro-organismos de grãos dos cogumelos kefir). Outra frente animadora para laticínios, atestam estudos recentes, é a de consumidores atrás de alimentos de fácil transporte e manuseio, caso de produtos on the go (para consumo em viagens ou em trânsito) e snacks lácteos (à base de queijo, por exemplo).

Altos e baixos
Sob a conjuntura atual de economia pálida, público de bolso apertado e aumento do preço do leite, a cesta de laticínios acusou encarecimento generalizado e impacto lógico nos volumes, percebe Thiago Torelli, líder da indústria da Nielsen Brasil, empresa especializada em tendências de consumo. “As categorias mais básicas de lácteos e, consequentemente, as mais elásticas, são as que pior sofrem, sem conseguir crescer em volume”. Em linha com essa tendência, ele evidencia, o atacarejo (cash & carry) se destaca como único canal varejista em expansão na cesta de laticínios. Algumas poucas categorias conseguem crescer em volume, bombeadas por determinantes inerentes a elas e pela alta octanagem do giro no atacarejo.”São exemplos as embalagens grandes de requeijão, leite em pó, longa vida e fermentado; os produtos -em especial das categorias mais básicas- sujeitos a trade-down, caso de cream cheese, petit suisse, leite condensado e creme de leite e, por fim, lácteos alinhados com o conceito de saudabilidade, como iogurtes premium (tipos proteinados ou zero lactose, gordura e açúcar, por exemplo)”, esclarece o executivo da Nielsen. “Ou seja, apesar de racionalizar a compra, o consumidor ainda se dá à possibilidade de pequenos prazeres e prioriza o que de fato tem valor para ele, pagando pelo valor e não pelo preço em si do laticínio”.

Em plena forma

As resinas e auxiliares que azeitam o processo e dão vida às embalagens no ponto de venda de lácteos

“Por estratégia, a Braskem não abre dados de vendas de resinas por segmento de mercado, mas podemos indicar que laticínios mobilizam, em média, 80% do consumo de polipropileno (PP) em embalagens termoformadas de alimentos”, sinaliza Emir Grave, engenheiro de aplicação responsável por termoformados da resina. Para marcar feito sombra esse filão em recipientes de lácteos, o carro-chefe da Braskem é o grade de homopolímero H 605, com cadeira cativa em copos e potes unitários, por aliar excelente transparência com boa resistência mecânica na temperatura de estocagem, atribui Grave. Outra boa pedida, ele emenda, é o copolímero de impacto Prisma 6810 diferenciado pelo balanço de rigidez, dureza e transparência prezado para potes termoformados submetidos a baixas temperaturas (freezer).

A indústria de laticínios cobra máxima higienização das chapas submetidas à termoformagem e dos potes e copos resultantes desse processo. A propósito, Grave não compra a ideia de a petroquímica beneficiar previamente sua resina de PP com aditivos antimicrobianos, tal como outros auxiliares a exemplo de antiestáticos ou pigmentos comercializados em forma de masterbatches. “Do ponto de vista do custo/benefício, soa mais racional proceder a essa aditivação na etapa de processamento no transformador, pois pode assim viabilizar soluções customizáveis em pequena escala, em resposta às exigências específicas colocadas pelos brand owners de produtos lácteos”.

Na raia da termoformagem, o único reduto em que PP não reluz com intensidade é um ponto alto das vendas de poliestireno (PS): as bandejas com cavidades para iogurtes empregadas nos laticínios em equipamentos do processo de formatação/enchimento/selagem (form/fill/ seal – FFS). “Elas requerem um atributo específico: a facilidade para o público destacar um pote dos demais”, considera Grave. “Isso depende de uma chapa termoformada de baixa resistência mecânica, permitindo sua quebra ao ser dobrada”. A superior resistência mecânica de PP, tornando por tabela a bandeja menos frágil, explica a preferência por PS para o envase de iogurte pelo sistema FFS, completa Grave. “Mas o emprego de PP nesse processo é possível, mediante modificações nas linhas de FFS”, ele reitera.

Transformadores de termoformados para lácteos também pontificam no mapa de venda da importadora Place Resinas.”Entre os materiais que ofertamos, sobressaem grades de PS da colombiana America Styrenics e da planta asiática da francesa Total”, especifica o diretor comercial Cleber Motta. “Em termos de PP, são indicados os homopolímeros da israelense Carmel Olefins, da holandesa LyondellBasell, da argentina Petroken e da colombiana Essentia”. Além de preços acessíveis e predicados como atoxicidade e excelência nas propriedades mecânicas, Motta distingue a facilidade de processamento desses polímeros internados. “São compatíveis com a maioria das extrusoras de chapas e termoformadoras em atividade no mercado”, ele frisa.

A Place comercializa termoplásticos obtidos de canais próprios e de parceiros importadores, informa o diretor. “Nossa operação está concentrada no Estado de São Paulo e o estoque local nos torna mais competitivos e ágeis no atendimento a um mercado correspondente a 40% do consumo nacional”, detalha Motta. “É claro que sofremos com a oscilação do dólar e fatores externos capazes de dificultar o lead time da importação. Em média, porém, resinas embarcadas na Ásia levam de 60 a 70 dias de transit time e para aquelas despachadas das Américas Latina e do Norte o prazo cai para 25 dias”.

Rulli Standard

Excelência grelhada na chapa

Nº1 do Brasil em extrusoras de chapas de diversos polímeros, a Rulli Standard aprimora sua tecnologia para corresponder ao crescendo de exigências do mercado de lácteos. “Nossas compactas linhas multicamada voltadas a este segmento contam com recursos inexistentes em outros equipamentos de extrusão de matriz plana”, diferencia o gerente de vendas técnicas Paulo Sergio Campos Leal. “Por exemplo, o controle rigoroso de distribuição das camadas, permitindo a obtenção de variações de espessuras e mudanças nos seus percentuais no mesmo feed-block”, ele ressalta. Entre as composições viabilizadas pelo feed-block, ele menciona uma chapa rígida coex alinhando filme biorientado de poliéster (BOPET)/adesivo/copolímero de eteno e álcool vinílico (EVOH)/poliamida (PA)/adesivo/polietileno (PE). “Um sistema de scanner pode ser acoplado à máquina, possibilitando que o controle do flat die (troca-telas) seja exercido pela via manual ou automática, reduzido assim ao máximo a produção de chapas fora das especificações”.

A configuração dessa máquina produtiva e rápida, prossegue o executivo, possibilita que, com poucas alterações, ela forneça chapas para a termoformagem de copos e potes unitários ou bandejas. Leal também enaltece o recurso da troca facilitada da rosca das extrusoras, “sem precisar desmontar ou deslocar componentes alinhados e nivelados anteriormente”, ele assegura. No tocante ao sistema de refrigeração das calandras, o gerente observa que o aumento do diâmetro dos rolos e da capacidade da área de troca torna mais eficiente a troca térmica da chapa. “Ela proporciona, portanto, uma lâmina mais uniforme e, quando necessário, mais transparente”, assinala Leal. Outro ganho considerável veio com a instalação dos painéis elétricos junto à máquina. “Todos os comandos se encontram em um display e basta um toque manual na tela para o operador ter acesso a dados como velocidades, correntes, receitas de produção e alarmes”, destaca o especialista. “O novo posicionamento dos painéis permitiu ainda a passagem por via aérea de todos os cabos elétricos da extrusora, deixando o piso mais livre e seguro para a equipe do chão de fábrica”.

Embalagens termoformadas de alimentos compõem perto de 30% das vendas internas de PS da Unigel. “O mercado de laticínios detém cerca de 10% desse movimento”, reparte Marcelo Natal, diretor comercial para estirênicos do grupo petroquímico nacional. Para termoformados destinados ao envase de lácteos, o grade carro-chefe é o tipo de alto impacto (PSAI) U8884, com fluidez próxima de 3g/10min, “O balanço de propriedades torna essa resina a mais adequada para trabalho nas linhas dedicadas no país à extrusão de chapas e sua termoformagem”, enaltece Natal. No arremate, ele sustenta que PS segue indestronável em bandejas com cavidades para acondicionamento de iogurte pelo sistema FFS. “PS é a melhor alternativa para esta aplicação, devido à conjunção de suas propriedades com custos e produtividade na termoformagem”, assegura o executivo. “O polímero viabiliza a produção de embalagens menos espessas e que facilitam o destaque dos potes, por ação mecânica, do conjunto da bandeja”.

A Innova completa o rol de produtores nacionais de PS e cultiva o mercado de bandejas para iogurte com uma nova geração de grades de alto impacto sob o codinome R970/825E. “Apresenta o melhor balanço de rigidez e resistência mecânica para essa aplicação, além de contribuir para a qualidade da termoformagem e para a produtividade dos equipamentos FFS utilizados para envase nas dependências dos laticínios”, enfatiza Fábio Meireles, gerente comercial para PS da empresa. “O mix de borrachas dessas resinas atende às exigências de acabamento mate (sem brilho) para embalagens lácteas”. No embalo, Meirelles realça os méritos do PSAI R350L para recipientes termoformados de laticínios exibidos com alta transparência. “Concilia propriedades mecânicas, como resistência a impacto, com translucidez próxima da obtida com PS cristal”.

As cores da hora em termoformados para laticínios são as quentes, ligadas a padrões ancestrais, revela Wagner Catrasta, gerente comercial da Termocolor, ás em masterbatches. “Tratam-se de tons opacos de marrom, amarelo e fogo, com maior incidência de recursos minerais e, em demonstração de apoio à sustentabilidade, menor uso de pigmentos”, ele descreve. “Em paralelo, cores sólidas como branco, azul e vermelho continuam bem procuradas para potes e copos de lácteos”. Ainda nessa trilha,Catrasta realça a possibilidade de entregar masters de PP e PS contendo as diretrizes de cor e aditivos requisitadas pela aplicação. “Se as quantidades especificadas de uso dos concentrados não forem seguidas pelo cliente, a exemplo de 5% de master na resina base, a embalagem final pode destoar das expectativas delimitadas, como tempo de proteção contra radiação ultravioleta, o efeito de auxiliares como agente antimicrobiano e o próprio padrão de cor”, explica o executivo. “Com o tingimento que efetuamos internamente, garantimos a entrega do produto na aditivação especificada e cor exata mantida do início ao fim do lote”. Desse modo, ele complementa, o cliente transformador também é contemplado com redução no ciclo. “Torna-se dispensável o tempo maior de máquina para a homogeneização, pois o produto já está com a resina aditivada e incorporada na cor”.

Para Carlos Roberto Assumpção, gerente técnico da componedora Cromaster, o segmento de lácteos permanece algo conservador no apelo das cores para seus recipientes termoformados. “No plano geral, as capas coextrusadas permanecem com cores convencionais na camada externa e, em potes, prevalecem as tonalidades de branco e pastéis, embora pintem inovações como o apelo da transparência e cores fora do azul tradicional em tampas de PP para potes de margarina”, ele comenta. O especialista também percebe laivos de tradicionalismo nas tampas para requeijão. “É uma decorrência da consagração de determinadas cores para identificar segmentos desse laticínio, a exemplo de lilás para requeijão sem lactose, vermelho para a versão tradicional e laranja e azul escuro e claro para outras linhas”, complementa Assumpção, acenando com esta paleta completa no mostruário da Cromaster e assinalando como tendência o emprego de compostos com cargas minerais nas estrutura das chapas termoformáveis. “É uma forma de reduzir custo e de contribuir para rigidez e tenacidade”.

Entre os aditivos que acontecem nos bastidores do processo, Assumpção distingue os antiestáticos nas chapas extrusadas. Aproveitando a deixa, João Ortiz Guerreiro, presidente da componedora Aditive, destaca seu mix de masters contendo absorvedores UV, branqueadores e agente antifogging, além do concentrado de flexibilizantes para PS e, para PP, o master que agrega clarificante e outro incorporando modificador de impacto.
Ainda no terreno dos materiais auxiliares, a bola da vez da LyondellBasell para embalagens termoformadas de laticínios é o master antimicrobiano Polybatch ABACT. “Não é migratório e age por contato, inibindo a proliferação de micro-organismos”, esclarece Robertto Castilho, diretor comercial para essa linha de soluções na América do Sul. “Estudos indicaram aumento de 100% no shelf life com o emprego de 1% desse master na resina base”. Pelo flanco do visual, Castilho comenta que os laticínios recorrem a cores sólidas, de alta opacidasde e poder de recobrimento, aludindo às frutas integrantes dos ingredientes de produtos como iogurtes e sobremesas. “É fundamental que o máster garanta alto grau de dispersão, pois a cor entra apenas em uma camada da chapa”.

Procuradas por Plásticos em Revista, não atenderam ao pedido de entrevista as transformadoras de chapas Microservice e Portalplast e as produtoras de embalagens termoformadas para laticínios Coexpan, Poly-Vac e FL Frigeri. •

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