Ela vem com sede

Cearense Yplastic deslancha em garrafas e garrafões de PET

Única transformadora de plástico do Grupo Telles, ás do Nordeste em estratégias de intersecção de negócios, a Yplastic vai alargar em 2020 o raio de alcance de suas embalagens de PET, no rastro do reposicionamento em curso na Naturágua, indústria de água mineral do mesmo conglomerado cearense. “Observamos que todos os grandes players em água mineral a utilizam dentro de um portfólio de bebidas variadas, um meio de agregar valor à produção e diluir custos logísticos”, expõe Aline Telles Chaves, vice-presidente de operações do Grupo Telles e diretora da Yplastic. “Pretendemos entrar com a Naturágua no segmento de água saborizada e funcional, ponto de partida de um projeto que estamos desenvolvendo com parceiros nacionais”.

Essa linha de passe com a diversificação do mix da Naturágua pega a Yplastic em fase de desempenho singular para uma conjuntura geral de desaceleração da economia, ainda mais atuando na região de menor poder aquisitivo do país. Sem desnudar os números, Aline prevê crescimento de 10% no faturamento da transformadora este ano versus 2019 e, no embalo, acena com a estreia dela em 2020 na moldagem por compressão de dois modelos de tampas para garrafas descartáveis. “Vai complementar o mix de tampas com e sem rosca que já produzimos por injeção de polietileno de alta densidade (PEAD) para garrafas descartáveis de 5 e garrafões retornáveis de 20 l, somando uma capacidade na faixa de 1 milhão de tampas mensais”.

Yplastic: foco no processo de injeção e sopro integrado de PET.

A roupa nova da Yplastic rompe com qualquer semelhança das feições à sua partida, nos idos de 1996. “Àquela época, a empresa soprava apenas PVC para atender a demanda de garrafas descartáveis para a Naturágua e frascos de 290 ml e 500 ml para as cachaças da marca Ypióca (vendida em 2012 pelo Grupo Telles ao conglomerado de bebidas Diageo)”, rememora Aline. Corte para hoje: com foco estreito em PET, a capacidade instalada da Yplastic em Mecejana, bairro de Fortaleza, totaliza 3.600 t/a. “Remodelamos o parque industrial com a tecnologia de injeção e sopro conjugados da ASB Nissei”, esclarece a dirigente. “Vieram primeiro duas unidades do modelo 500LL e, a seguir, compramos duas máquinas ASB650-EXHA para embalagens de 10 e 20 l; um equipamento PF4 para recipientes de 5 l e quatro linhas do modelo PF8-4BV4.1 para garrafas de 1.500 ml, 500 ml 300 ml para líquidos com e sem gás”.

Ainda no âmbito do parque fabril, Aline ressalta que, exceto a operação logística, todas as etapas de produção da Yplastic são automatizadas. “Não há intervenção manual desde o posicionamento dos sacos de PET nas máquinas que injetam e pigmentam a pré-forma para depois soprá-la. Desse modo, os operadores só atuam na inspeção das embalagens ao final do processo e na formação dos lotes nos paletes”.

No balanço atual, a Naturágua mobiliza 30% da produção da Yplastic, demandando embalagens de 5,10 e 20 l. “Para suas garrafas de 9 g, a Naturágua recorre a outros fornecedores”, explica Aline. “A garrafa mais leve do mix da Yplastic é a de 13,7 g para envase de 500 ml”. Nos últimos dois anos, ela prossegue, a carteira da Yplastic engordou a olhos vistos. “Entraram clientes do Rio Grande do Norte e hoje atendemos mais de 20 empresas dos segmentos de limpeza doméstica, bebidas alcoólicas e ovos líquidos, fora um contingente acima de 15 indústrias de água mineral que antes compunha o único foco da Yplastic”. •

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