Prostrados pela falta de advogados de defesa à altura, os plásticos de uso único vão acumulando baixas mundo afora sob a artilharia pesada da iniciativa privada e governos. Na Ucrânia, por exemplo, numa prova de como a guerra contra a Rússia não interfere mais tão a fundo no fluir da vida cotidiana, os restaurantes de fast food da rede McDonald’s no país substituem, desde março, talheres e copos plásticos por contratipos de madeira/papel. As justificativas, servidas ao molho politicamente correto verde, alinham a necessária resistência mecânica e a aura da natureza e fontes renováveis, cita o comunicado reproduzido pelo site Sustainable Plastics. Por sinal, o McDonald’s atesta que a troca de material não deixa residual sabor amadeirado nas opções do cardápio e a iniciativa implica redução do uso de plástico pela operação na Ucrânia da ordem de 40 t/a, além da retirada de tampas plásticas de bebidas frias, medida correspondente à abolição do emprego de resinas da ordem de 8.5 t/a. Bebidas quentes e as destinadas na loja seguem com tampas plásticas.
Nas Filipinas, por sua vez, progride a galope a tramitação de projeto relativo à tributação de 100 pesos filipinos (€1.64) por quilo de embalagem de produção local ou importada, relata o mesmo site Sustainable Plastics. A proposta já ganhou aval da câmara de deputados e depende agora de passar pelo funil do Senado para fazer jus ao endosso final do presidente Ferdinando Marcos Junior. O projeto de lei taxa as sacolas de uso único ditas não recicláveis, caso daquelas utilizadas em mercearias e na venda de gelo e alimentos in natura não embalados. Entre as cláusulas da esperada regulamentação, consta a previsão de aumento de 4% na taxa original de 100 pesos filipinos no terceiro ano de sua vigência para transformadores e importadores, assim como a aplicação da arrecadação fiscal em programas ambientais. Rastreio do Banco Mundial elege as Filipinas o terceiro maior contribuinte para a poluição plástica marinha, despejando dessa forma incorreta 750.000 t/a de resíduos.