Variedade é o tempero da vida

Versatilidade na injeção garante crescimento contínuo da Plastprime
Suelen e Vanessa Oliveira: faturamento imune a ziguezagues da economia.

A metralhadora giratória de lançamentos escoados por cinco linhas de produtos injetados não só tem blindado a paranaense Plastprime contra a anemia da economia nacional como insinua expansão fora da média este ano. “Desde 2014, a constante introdução de novidades nos contempla com aumento da ordem de 12% nas vendas anuais, índice que deve saltar para 23% no período atual, configurando faturamento próximo de R$10 milhões, mérito não só da demanda aquecida, mas de orçamentos para projetos de fechamento previsto até dezembro”, justifica Suelen Oliveira, que reparte com a irmã Vanessa o controle da Plastprime.

Suelen responde pela gestão comercial e de marketing enquanto Vanessa zela pela área financeira desta transformadora curitibana. Na largada, em 1991, o foco era a injeção de peças técnicas de reposição, mas, aos poucos, a diversidade se impôs, transbordando para artefatos como pisos, utilidades domésticas, mobiliário, materiais de construção e peças de manutenção e reposição para equipamentos dos setores madeireiro, alimentício e de bebidas. Na selfie atual, o portfólio comporta as linhas Casa e Jardim, Pisos, Fix (fixadores), Industrial e Sport. Suelen retoma o fio desenhando o parque fabril em Curitiba. “São 14 injetoras de 60 a 660 toneladas e duas prensas de vulcanização de borrachas de até 200 toneladas de força de fechamento”, ela descreve. “Temos ainda uma ferramentaria, embora terceirizemos parte da confecção de moldes”. Esta retaguarda provê capacidade instalada de 1.200 t/a para injeção de polipropileno (PP), poliacetal (POM), policarbonato (PC) e reciclados, enquanto na esfera dos elastômeros o potencial ronda 6 t/a. “Todas as injetoras operam com robôs e os moldes são concebidos para a peça acabada sair sem rebarbas, direto para o embalamento”,distingue Suelen. “Já dispomos de software de automação industrial e o próximo passo é incorporar a alimentação automatizada das injetoras e o controle digital das ordens de produção pelos operadores”.

Plastwall: carro-chefe da empresa e estrela da linha casa e jardim.

“Nós estamos rodando com apenas 40% de ocupação e, mesmo com este entrave trazido pela crise, a empresa vai crescer bastante este ano”, ressalta Suelen. O pó de pirlimpimpim é aspergido nas vendas por duas frentes. “O movimento da linha Casa e Jardim subiu por volta de 125% desde 2015, por tratar-se de segmento de compra por impulso e no qual investimos em desenvolvimentos, e-commerce e marketing digital”, analisa a dirigente. Outra mão na roda surgiu em 2016, quando ganhou a praça a linha Sport, atual locomotiva da receita da Plastprime. “Em contraste, de 2015 para cá, as vendas da linha Pisos caiu cerca de 80%, por focar em especial um campo vitimado pela retração da economia – construtoras e grandes obras –, mesma razão do declínio de 20% aferido na linha Industrial nos últimos quatro anos”.

Com loja on line, vendas por market places e uma rede estruturada de agentes e distribuidores, a Plastprime cobre o mercado nacional, mas o Sul, onde está sediada, é o senhor dos anéis do balanço. “Muitos dos nossos produtos são volumosos e, em diversas situações o transporte acaba inviabilizando o valor da transação a outras regiões”, argumenta Suellen. No pódio da Plastprime, o carro-chefe é o módulo injetado para jardim vertical (marca Plastwall) e o vice-líder em faturamento é o piso modular esportivo (marca PlastSport), produto no qual a empresária destaca sua indústria como pioneira na nacionalização. Das novidades na boca do forno, Suelen adianta a chegada em breve de dois pisos: um modelo modular de grama sintética e um piso elevado de plástico e aço, cuja produção terá a parceria de uma indústria de estampagem.

A Plastprime também embarca no trem bala da economia circular. Suelen deixa claro que a empresa não pode passar ao largo do problema ambiental, contribuindo na medida do possível. A ação mais contundente é o emprego do reciclado polialumínio (polietileno/alumínio) originário de caixas cartonadas pós consumo. “São coletadas por empresas que separam da estrutura as fibras de papel, vendidas para indústrias de celulose, e reciclam os demais componentes da embalagem na forma de polialumínio”, detalha a dirigente. “A Plastprime adquire esses pellets para injetar produtos como decks, vasos empilháveis e o sistema Plastwall”.•

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