EUA batem recorde de exportações de PE

China foi o principal destino das 13 milhões de toneladas embarcadas em 2023
EUA batem recorde de exportações de PE

Indicadores do governo dos EUA sobre energia: em 2023, os preços locais do etano e eteno caíram, respectivamente, ao redor de 50% e 30% versus 2022. Noves fora, a tiracolo do gás natural mais barato da Terra e do imperativo econômico de ocupar ao máximo uma capacidade instalada ultra acima da demanda interna, a petroquímica norte-americana vibrou com exportações recordes de 13 milhões de toneladas de PE em 2023, relata o site ChemOrbis. O saldo foi 21% superior aos embarques de 2022 e do patamar de 10 milhões de toneladas registrado, respectivamente, nos dois exercícios anteriores.

O feito dos EUA no comércio exterior  da resina mais consumida ganha relevo se considerar a presença da China como principal destino, apesar de o país vir expandindo com regularidade sua autossuficiência na produção do material, pondera análise do ChemOrbis. Em suma, 2,5 milhões de toneladas de PE norte-americano foram absorvidas pela China em 2023, volume equivalente a 118% acima do resultado anterior e próximo de 50% das importações totais da resina pelo país no período. No pódio dos demais destinos relevantes, o site ChemOrbis atribui 17% das exportações norte-americanas de PE ao México e 8% ao Brasil.

Pelo monitoramento do governo (Sistema Camex), as importações brasileiras de PE de alta densidade (PEAD) somaram 449.835 toneladas em 2023 contra 360.239 anteriores. Uma parcela de 109.022 toneladas desembarcou no ano passado por Manaus, aquém das 128.542 toneladas por ali internadas no período precedente, e 185.807 toneladas entraram em 2023 pelos portos subsidiados catarinenses, mais que as 118.090 que por ali ingressaram no país em 2022. Entre os países exportadores, a China compareceu nas importações brasileiras de PEAD com irrisórias 5.495 toneladas no último exercício, atrás das 7.455 registradas em 2022. Dos EUA, entraram 266.079 toneladas em 2023, bem acima das 192.030 trazidas no ano anterior. Por fim, as remessas da Argentina, a cargo do complexo da Dow, alcançaram 77.020 toneladas no ano passado, de leve à frente das 74.862 internadas em 2022.

O rastreio oficial do comércio exterior une no mesmo bojo as importações brasileiras de PE de baixa densidade (PEBD) e de baixa densidade linear (PEBDL). A propósito, a capacidade brasileira de PEBD (675.000 t/a a cargo da Braskem) já foi superada há anos pelo consumo interno. Pois em 2023 os desembarques de PEBD e PEBDL fecharam em 417.462 toneladas perante 397.325 anteriores. A China teve mini participação, com 1.021 toneladas trazidas no período passado e 2.383 no saldo de 2022. Em contraste, os EUA colocaram no país 289.533 toneladas em 2023, acima das 268.531 anteriores. Da Argentina, vieram da Dow 39.334 toneladas de PEBD e PEBDL no ano passado, mesmo patamar das 40.598 internadas em 2022. Entre os canais de desembarque, foram internadas em 2023 por Manaus 208.995 toneladas dos dois polímeros, quantidade de leve abaixo das 213.721 registradas em 2022. Já pelos portos de Santa Catarina ingressaram no mercado interno 93.379 toneladas importadas de PEBD e PEBDL versus 66.323 em 2022. Os indicadores levantados pela Camex não incluem no mesmo bojo de PE os copolímeros de etileno e alfa-olefinas que, segundo Simone de Faria, diretora da consultoria Townsend, registraram importações brasileiras da ordem de 500.000 toneladas no ano passado.

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