Eles estão dando um banho

Arrancada de produtos de higiene e beleza para cães e gatos fazem os frascos soprados ronronar

Em meio à chiadeira geral contra a crise aboletada desde 2014 no país, o setor de produtos e serviços para animais domésticos (pets) é um oásis. “O comprador não deixa de cuidar dos animais, mas tem buscado produtos mais em conta, de modo que o ticket médio diminuiu”, percebe Nelo Marracini, vice-presidente de comércio e serviços do Instituto Pet Brasil (IPB). “Mas nosso setor é muito resiliente e oferece muitas opções”. De fato, o mercado pet deve crescer 49% entre 2013 e 2019, calcula a entidade, pulando do faturamento de R$ 34,4 bilhões no ano passado a R$ 36,2 bilhões no exercício atual. O fatiamento da receita hoje insere o nicho de pet care (higiene e beleza) em penúltimo lugar, com movimento de R$ 2,2 bilhões em 2018 ou 37,5% superior ao saldo de 2017. Mas tudo indica, para palmas também das embalagens plásticas, que ele não tarda a mudar para andares mais acima no ranking. “É um segmento com muito a ser explorado”, considera Nelo Marracini, vice-presidente de comércio e serviços do IPB. “Permite a segmentação para todo tipo de público, seja o tutor em busca de xampu mais simples para dar banho no cachorro ou o que está atrás de fragrância diferenciada para o gato”.

Ás de ouros em xampus e fragrâncias para cães e gatos, a Natural Pet endossa o otimismo do dirigente do IPB. “Desde 1999, quando estreamos na praça, até 2011, as vendas cresceram no patamar anual de 13%a 18% e, de 2012 a 2018, evoluíram entre 9% a 13% ao ano, devendo expandir 11% em 2019”, comemora Saul Ribeiro Spinetti, diretor comercial desta indústria com capacidade instalada de 18 t/a na zona sul paulistana. “Ao contrário do quadro de 15 anos atrás, os pets hoje são vistos como membros das famílias e seus gastos integram o orçamento doméstico”, ele assinala. “Nos últimos três anos, presenciamos uma queda nas vendas gradual, mas não muito intensa, evidenciando o impacto em grau menor desta recessão em nosso segmento”. Como referência, Spinetti tipifica o cliente padrão da Natural Pet. “O perfil é dominado pela mulher de 35 a 60 anos de classes média e alta, nível educacional médio e superior e que gasta em média R$ 250,00 mensais no segmento de higiene e beleza”.

Natural Pet: vendas crescem dois dígitos anuais desde 1999.

Spinetti elege como seu carro-chefe em fragrâncias o perfume extrato Red Fruits, com notas de pêssego, flor de cereja, maçãs vermelhas, jasmim e madeiras brancas. Em produtos higiênicos, transpõe, a liderança é do xampu 3 em 1, pois limpa, desodoriza e condiciona a pelagem de cães e felinos. “Cães preferem essências de frutas e flores e essências de ervas, como lavanda e alecrim, são as prediletas dos gatos”, nota o diretor.

Por conveniência de custos e diversidade de fornecedores, justifica Spinetti, a Natural Pet envasa seus produtos, todos com self life de dois anos, em frascos standard. “Para xampus e perfumes, empregamos embalagens sopradas de policarbonato (PC), devido ao manuseio sem risco de quebra, fornecidas pela Golpack e Termosopro, e polietileno de baixa densidade (PEBD) entra em potes de itens como máscaras nutritivas, por aliar resistência, maleabilidade e atoxidez, produzidos pelas indústrias Henry Pack e Premium Plastic”. O porta-voz da Natural Pet informa ter optado por frascos transparentes por não haver exigência técnica para acondicionamento em embalagens opacas. “Do ponto de vista do marketing, o frasco transparente mostra ao cliente características do produto como cor natural, viscosidade e o nível real do conteúdo no frasco”.

A Natural Pet consome cerca de 16 toneladas de frascos e potes ao ano e Spinetti situa em 60% a participação das embalagens no custo de produção. Mais à frente, ele flerta com a possibilidade de ornar o charme do seu portfólio com uma pitada de sustentabilidade. “Como nossa linha é de produtos naturais, soa muito positivo e inovador utilizar embalagens de plástico reciclado, pois o conceito de ecomarketing é tendência mundial.” •

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