Mesmo com a relutância de políticos da União Europeia (UE) em se posicionarem quanto à regulação da tecnologia, a reciclagem química se movimenta rumo a uma visibilidade crescente na zona do euro. Entre os indícios mais veementes nesse sentido, a recicladora química turco-belga Synpet Technologies apregoa agendar para 2025 a partida de sua primeira planta de escala comercial, conforme noticiado no site Sustainable Plastics . No projeto original, a unidade de 180.000 t/a tinha a sede prevista para o município belga de Genk, mas a construção foi transposta no mesmo país para Antuérpia, dada sua relevância, em tamanho e atividade, como núcleo (hub) petroquímico europeu e cliente preferencial da futura fábrica de reciclagem avançada. Beneficiada por recente investimento do conglomerado suiço Kolmar Group em participação no seu controle societário, a Synpet estima em €100 milhões a injeção inicial de capital na planta recicladora, estruturando seu fluxo de suprimento de resíduos pós- consumo e, no embalo, já se cogita elevar a capacidade à marca de 1 milhão de t/a até 2030.
A Synpet detém tecnologia própria de decomposição de polímeros, entre outros resíduos, para gerar hidrocarbonetos utilizando água como reagente. A empresa justifica a superioridade de seu processo de reciclagem química em relação às rotas de pirólise e gaseificação com vantagens como a dispensa de etapas de tratamento da sucata que em regra precedem a recuperação dos polímeros, caso de separação e secagem. A tecnologia da Synpet gera quatro produtos: nafta renovável; gás natural de alto valor calorífico para uso em energias elétrica e térmica e dois tipos de fertilizantes: inorgânico líquido e biocarvão. Desde 2016, a Synpet roda em Istambul uma planta recicladora de 15 toneladas homologada pela certificadora alemã Tüd- Sud.
