EUA: hipotecas mudam mercado de plásticos na construção

Novos imóveis perdem tamanho para melhor adequação às taxas elevadas
EUA: hipotecas mudam mercado de plásticos na construção.

O planejamento estratégico para polímeros na garupa da construção civil, com PVC à frente, passa por uma reviravolta inédita nos EUA, deixa claro artigo postado no site da consultoria Icis. A mudança de ventos decorre da disposição de construtoras em reduzir o tamanho de lançamentos imobiliários de modo a amoldar melhor suas faixas de preços a taxas de hipotecas em níveis recordes em 20 anos. A alta está em linha com a taxa básica de juros da economia estabelecida pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano. Afinal, conforme noticiado em 20 de setembro, o Fed elevou a taxa de 5.25% a 5.50% no esforço de trazer a inflação para baixo de 2%. Nessa pegada, os juros hipotecários subiram para 7.19%, inviabilizando a compra de novas moradias para um efetivo crescente da população dos EUA. Daí a reação das construtoras em diminuir o tamanho das novas residências –- em torno de 10% para habitações single e de 20% para as de perfil familiar. Projeções divulgadas pela Icis situam na média unitária de US$ 13.000 as despesas demandadas por novos imóveis com materiais de construção visíveis ou enterrados, caso dos tubos prediais vinílicos.

No passado, assinala o artigo no site Icis, vigorava no mercado norte-americano a praxe de compra do imóvel de segunda mão por quem não pudesse pagar por um novo. Hoje em dia, porém, o cenário nos EUA é de oferta insuficiente de imóveis usados, efeito ainda atribuído à calmaria nos canteiros de obras notada depois da crise financeira mundial em 2008-2009. Além disso proprietários de imóveis usados, adquiridos sob linhas de financiamento bem mais palatáveis que os juros hipotecários atuais, relutam em vender suas moradias para adquirir novas residências em condições de hipotecas bem mais salgadas. Em contrapartida, jogam a favor do consumo de plásticos em materiais de construção para imóveis usados fatores como as exigências e adequações de quem trabalha em home office (causa da atual vacância descomunal em prédios comerciais nos EUA), ou então, o renovado interesse dos moradores de, em lugar de vender, reformar e modernizar suas residências adquiridas há bom tempo. A oferta a desejar de imóveis usados e a redução de seus tamanhos sob pressão da hipoteca onerosa também animam construtoras a incrementar lançamentos imobiliários na faixa de valores mais palatáveis diante das condições mais pesadas de financiamento.

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