Sem moderação nem contraindicação

Honeywell assedia blisters de alta barreira com PCTFE

Mesmo com a Previdência e a saúde pública na UTI, o Brasil é o sexto mercado farmacêutico mundial no ranking da consultoria Global Health Intelligence, sequela de sua crescente população idosa. Abaixo desta linha d’água, o país responde por 40% das vendas latino-americanas de blister farmacêutico, cuja última receita ronda US$ 230 milhões, movimento embalado por expansão de 4% no último triênio e salto projetado em 5% apenas para este ano. São boas novas para PVC, a resina dominante na embalagem, e poderiam ser até melhores não fosse a baixa barreira à umidade do vinil. É por esta fresta que a norte-americana Honeywell introduz na região sua solução para contemplar blisters vinílicos com a barreira máxima: os filmes de fluorpolímero policlorotrifluoretileno (PCTFE) da linha Aclar Accel. “PVC é laminado com PTFE para torná-lo termoformável”, esclarece Carmem Nicacio, diretora de vendas e marketing para o subcontinente.

“Na América Latina, aplicações de baixa barreira, campo de PVC, correspondem a 42% do mercado de blisters farmacêuticos”, atribui a executiva. “Por sua vez, aplicações dependentes de média barreira, reduto do cloreto de polivinilideno (PVDC) revestindo PVC, respondem por 28% e os 30% restantes cabem ao nicho de alta barreira, a cargo de alternativas como PCTFE, PVDC de alta barreira e da folha de alumínio (alu/alu)”.

No Brasil, estima a executiva, medicamentos genéricos mobilizam 80% do segmento de blisters de alta barreira. O que traduz um desafio para a Honeywell: conciliar sua solução premium com uma frente de medicamentos a preços populares, adequados a um público de poder aquisitivo exaurido pela crise em cena desde 2015. “A possibilidade de expansão baseia-se nas exigências regulatórias da zona climática IV-b (quente/muito úmida), em especial para moléculas higroscópicas e/ou para apresentações modernas com liberação modificada e dependentes de embalagens de alta barreira à umidade e, muitas vezes, à radiação UV”, expõe Carmem. Aclar Accel, ela completa, chega para atender as principais exigências da indústria farmacêutica: preços competitivos e entregas agilizadas para reduzir a necessidade de inventário. “São diferenciais que melhoram a rentabilidade do setor no comparativo do custo total entre Aclar perante PVDC e a estrutura alumínio/alumínio”, distingue a diretora, arredia a abrir preços.

A indústria farmacêutica global persegue a perfeição em blisters por vias como filmes termoformáveis de alta barreira à umidade. Aclar Accel pisa neste palco com dois grades. “O tipo 1700, de 43 micra, não amarela sob ação do tempo e oferece transparência 25% superior à do PVDC”, coloca Carmem. “Seu poder de impermeabilidade após a termoformagem também supera em 20% a performance de PVDC de alta barreira”. No arremate, ela alfineta PVDC reiterando que este polímero eleva os custos por requerer condições controladas de armazenamento. Por seu turno, Aclar Accel 5400, com parede de 137 micra, é acenado para laminados opacos de barreira ultra alta. No duelo com alu/alu, o filme da Honeywell exibe custo operacional mais baixo, maior produtividade em máquina e possibilita a produção de blisters menores, “reduzindo assim custos de frete e estocagem”. fecha a diretora. •

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