Saudabilidade vira o jogo do mercado de PET

Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE aponta queda de 34% no consumo diário de refrigerantes e sucos industrializados no Brasil entre 2008 e 2019. Refrigerantes também vêm sendo publicamente rejeitados por celebridades, caso de Cristiano Ronaldo em junho ao recusar Coca-Cola. Quais alternativas enxerga para PET contrabalançar no Brasil este contínuo declínio desse mercado vital?

Auri Marçon: venda de água mineral cresceu 85% em 10 anos.

A maioria dos espectadores viu, na TV,  Cristiano Ronaldo criar uma imagem ruim para os refrigerantes com a mão esquerda. Mas, poucos notaram que, com a mão direita, ele sugeriu uma solução já adotada pela maioria das grandes marcas. Ou seja, tirou da frente das câmeras a Coca-Cola e colocou uma garrafa de água mineral, também da marca Coca-Cola, ambas as bebidas envasadas em PET.

É exatamente isso o que vem acontecendo no mercado. Ou seja, a busca por saudabilidade evoluindo na preferência dos consumidores. E isso leva a um maior consumo de água, chás, sucos RTD, isotônicos, energéticos etc. Em números redondos, apenas para registrarmos esse efeito no mercado brasileiro entre 2010 e 2019, o consumo de refrigerantes caiu aproximadamente 25%, enquanto o de água mineral subiu cerca de 85%. Em termos de consumo per capita anual, o do refrigerante recuou de 88,9 para 60,2 litros, enquanto o de água cresceu de 34,3 para 57,4 litros. Detalhe importante: o mercado de refrigerante já não é tão maior que o de água mineral. No último triênio, enquanto a venda anual do refrigerante se manteve em cerca de 12,5 bilhões de litros, a água já bate numa média de 12 bilhões de litros.

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