Resina virgem acessível corrói ganhos da Borealis

Resultados do grupo desabaram na Europa em 2023
Resina virgem acessível corrói ganhos da Borealis

Bem na foto entre os oito maiores produtores de poliolefinas no mundo e um dos dois principais na Europa, a corporação austríaca Borealis fechou 2023 com choque de alta voltagem no balanço. Sua operação europeia acusou no nada memorável ano passado ganhos de € 18 milhões, muitos furos abaixo do saldo de € 703 milhões em 2022, anotou o analista Tom Brown em artigo no portal da consultoria Icis. “O ano passado foi dureza para nossa indústria, em particular no mercado europeu fustigado por energia cara, inflação alta e o ingresso de um bocado de resina importada”, comentou na matéria o CFO Daniel Turnheim. Conforme aprofundou, pesaram ainda no caixa a desejar dificuldades tidas como inerentes ao processo industrial e aferidas na partida e alcance de produção comercial regular pela fábrica de 650.000 t/a de PE, da joint venture Baystar (Borealis e Total Energies), ativada na segunda metade de 2023 no Texas.

O pano de fundo da frustrada performance do negócio na Europa, deixa claro Brown, foi estendido pelo barateamento de poliolefinas (em superoferta mundial), no rastro de prolongada demanda que exacerbou o desafio de construir um negócio viável a partir de um portfólio de termoplásticos sustentáveis, segundo declaração do CEO Thomas Gangi  reproduzida por Tom Brown em sua pensata. “Essa mutação é ardilosa, ainda mais em tempos de preços baixos de resina virgem, mas o foco na sustentabilidade não se trata para nós de que tópico opcional, mas do caminho que enxergamos para a Borealis seguir”. A conjuntura atual de emenda, preços e margens baixas para poliolefinas virgens configura um cenário de estorvo e agrava a implantação de medidas a médio e longo prazo que a Borealis julga necessárias, ponderou o CEO. Conforme admite, a resina virgem bem acessível complica a sustentação do setor da reciclagem mecânica e, pior ainda, da indústria de reciclagem química, cujas escalas ainda mais diminutas não são páreo para as gigantescas capacidades de poliolefinas petroquímicas virgens, providas por tecnologias de maior competitividade econômica. “Em tempos de material virgem barato, é duro convencer clientes transformadores a comprar grades premium”. Brown fecha seu texto informando que a Borealis não espera por maiores mudanças no cenário europeu deste ano, com as margens operacionais escorregando abaixo, apesar das expectativas de aumento nas vendas de poliolefinas e nos níveis de ocupação dos crackers da empresa no continente.

Compartilhe esta notícia:

Deixe um comentário