< PreviousOutubro/2018plásticos em revista18ESPECIALcomo atesta a participação crescente dos atacarejos nas vendas”. Ao amarrar as pontas, Pellegrini sustenta que a cesta nacional de produtos de limpeza não pinta como um ponto positivo de inflexão perante o quadro de 2017. “O motivo é a lógica cristalizada de racionalidade do consumidor atrelada a campanhas e ações promocionais perenes, como uma maneira de atrair ou servir como barreira à saída do consumidor rumo a outras marcas”. O escrutínio dos balanços de 2016 e 2017 capta déficit nas venda de produ-tos como detergentes para lavar roupa, amaciantes, sabão em barra e inseticidas. Pellegrini opta por decepar o cenário em análises específicas, com base em pecu-liaridades de cada artigo como nível de maturidade, grau de inovação e a presença de produtos substitutos. “Em detergentes em pó para lavar roupa tem ocorrido gradual migração para as versões líquida, em especial as formulações diluídas”, ele nota. Com alto nível de maturidade, os sabões em barra (sebosos), também têm cedido terreno para detergentes líquidos e em pó, assinala Pellegrini. Quanto aos amaciantes, pressupõe o analista, o recuo nas suas vendas reflete a inclinação do público pelas versões concentradas, “dimi-nuindo assim o volume utilizado por lavagem e embalagem”. O porta-voz da Euromonitor abre uma ressalava: amaciantes diluídos, principalmente em embalagens maiores, destoam dessa tendência de queda em volumes de venda. “Pois as versões diluídas permanecem com altos índices de representatividade en-tre os amaciantes”, ele argumenta. Por fim, Pellegrini recorre à climatologia para explicar em boa parte o descenso aferido nas vendas de inseticidas em 2016 e 2017. “O ano passado foi menos quente que o anterior, fator com reflexo na incidência de insetos urbanos e o alarmis-mo com o vírus zika amainou de 2016 para 2017, baixando a preocupação do público em evitar os mosquitos”.Para este ano, Pellegrini confia em vendas com alegria nas pernas de catego-rias de produtos multifuncionais e voltados à conveniência “Desse modo, saponáceos, desengordurantes e tira limo seguem em alta, tanto pela receptividade dos consumi-dores como pela competição engrossada por novos entrantes nesses segmentos”.GENÉRICOS PODEM PERDER ESPAÇOEm essência, é a mesma trilha da praticidade e economia que pavimenta as apostas de Priscilla Bindi, executiva de de contas sênior da Kantar Worldpanel. “Além de saponáceos, devem sobressair em 2018 as vendas de produtos de limpeza perfumada, purificadores de ar e difusores”.Priscila põe fé em 2018 como o segundo ano no azul, no apanhado desde 2015, para o setor de produtos de limpeza. “Até junho último, essa indústria já acumu-lava crescimento de 3% em unidades e no acumulado do ano o movimento decerto deve expandir mais”, ela confia. “À medida em que o país começa a sair da crise, o consumidor volta-se para produtos de cunho mais especializado, caso de saponá-ceos deslocando alternativas mais baratas como limpadores multiuso”. Nos últimos anos de economia na pindaíba, nota a executiva, os consumidores de produtos de limpeza buscaram mais promoções, em especial do tipo leve-mais-pague-menos e embalagens maiores (econômicas). “Com isso, acabaram estocando alguns produtos e abriram mão de outros, o que diminuiu o número de segmentos nas cestas de compras e foram priorizados os itens ge-neralistas ou mais básicos, em detrimento de produtos de cunho mais específico”.No âmbito do ticket médio e gasto médio por domicílio, Priscila considera que ambos os indicadores para produtos de limpeza caminham para acusar cresci-mento ester ano, mas abaixo da inflação. “O incremento é puxado por embalagens maiores, mas a alta concentração de des-contos e promoções é a responsável pela manutenção dos preços mais estáveis”. Priscilla Bindi: descontos e promoções garantem preços mais estáveis.Amaciantes: demanda robusta para versões mais diluídasPRODUTOS DE LIMPEZAOutubro/2018plásticos em revista20ESPECIALReina o consenso em limpeza doméstica que as embalagens do setor estão cada vez mais econômicas, uma constatação que transcende a prosaica noção de custos. “A onda crescente de volumes maiores de recipientes, como três e cinco litros, já é uma realidade”, vaticina Alexandre Gusson, gerente de vendas da Greco & Guerreiro, joia da coroa do sopro de frascos para o setor. “Além disso, a redução de peso das embalagens e o uso de material reciclado têm sido vitais para baixar custos, inclusi-ve driblar parte dos galopantes reajustes aplicados nas matérias-primas este ano”. Cristiano Leal Passos, CEO da Glo-balpack, colosso nacional em frascos de bens de consumo, vai pelo mesmo caminho. “Essa visão de embalagem cada vez mais econômica tem a ver com a leveza crescente ou mesmo o emprego de PET reciclado”, ele julga. “Há intenção de se obter uma relação melhor de custo/benefício através de embalagens maiores, mas na crise aguda atual o poder aquisitivo impede o avanço dessa tendência.O mercado global revela avanço de flexíveis, como stand up pouch (SUP), so-bre frascos rígidos de produtos de limpeza, em particular nas versões de concentrados. “No Brasil, esse movimento de migração para SUP aparentemente arrefeceu e temos na Globalpack alguns casos de retorno aos frascos soprados”, percebe Passos. “Outro ponto relevante é a questão ambiental, pois a embalagem rígida dispõe de consoli-dadas soluções de sustentabilidade, não observadas nos flexíveis”. Gusson assina embaixo. “Não acredito que, com toda esta pressão em favor do apelo ambiental uma embalagem como o SUP, cujo processo de reciclagem não possua a facilidade encontrada no frasco soprado, tenha tanto futuro assim, colidindo portanto contra os valores de sustentabilidade prezado por grandes empresas globais de produtos de limpeza”. No mais, completa o executivo da Greco & Guerreiro, o custo benefício do SUP ainda não supera o do frasco sopra-do, “Não só pela embalagem em si, mas devido ao encarecimento do produto final causado pela estrutura de envase, caixas de transporte e estocagem”. Referência em SUP, a transformadora Gualapack Brasil não quis dar entrevista. Mas Lea Mariza de Oliveira, reverenciada pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), Um equilíbrio delicadoEntre o bolso e o meio ambiente pende o destino dos frascos de limpeza domésticaPRODUTOS DE LIMPEZA/EMBALAGENS/TRANSFORMADORESGusson: leveza e teor de reciclado nos frascos amortecem impacto dos reajustes das resinas.Outubro/2018plásticos em revista21ESPECIALdiscorre sobre a competitividade do SUP à página 26.Polietileno de alta densidade (PEAD), ainda tem o mando do jogo nas embala-gens para artigos de limpeza doméstica. No entanto, o avanço de PET chama cada vez mais a atenção. “Em produtos como lava-louças e desinfetantes, a migração de PEAD para PET foi um sucesso”, assevera Gusson. “Não só pela possibilidade de se trabalhar com peso menor, fator redutor de custos, mas pelo enriquecimento propor-cionado pela transparência à imagem dos produtos, configurando uma batalha de cores e versões inusitadas de aromas nos pontos de venda”. No entanto, ressalva, no âmbito de determinados produtos servidos em volumes acima de dois litros, ainda continua em cena a questão da impos-sibilidade, a baixo custo, da inserção da necessária alça. “E em nichos como ama-ciantes, o consumidor aparenta associar o recurso da transparência a produto inferior e de primeiro preço, um procedimento que agrega ainda mais valor aos frascos de PEAD”. Para Cristiano Passos, PET tem progredido com mais intensidade sobre PEAD em detergentes líquidos, “efeito em especial do fator custo acrescido do enga-jamento no desenvolvimento sustentável”.PET virgem arfa sob crônica supero-ferta no Brasil e, no plano mundial, PEAD caminha para preços com viés de baixa mais acentuado, cortesia do excedente norte-americano do polímero enovelado com a desova complicada pela guerra comercial EUA X China. Mesmo assim, Passos não enxerga quem tire de PET reciclado a cadeira cativa no reduto de limpeza. “Sem dúvida, o preço da resina virgem influi no uso de reciclados, mas estamos vivendo um momento de pre-ponderância da sustentabilidade como fator na tomada de decisão de nosso clientes, evidenciando a continuidade do crescimento do consumo da resina pós- consumo recuperada”. Gusson martela a mesma tecla esverdeada. “Os materiais reciclados serão cada vez mais valorizados e procurados”, ele considera. “Seja em PET ou PEAD, a ascensão do uso de reciclado é uma realidade resultante da combinação da redução de custos com a escalada em curso das ações sustentáveis".Passos: PET desponta sobre PEAD em detergentes líquidos.Outubro/2018plásticos em revista22ESPECIALEmbalagens e tampas de produtos de limpeza evitam o limo e dão brilho à penetração das polio-lefinas da Braskem. A queda de braço mundial entre embalagens rígidas e stand up pouches (SUP) no setor é exa-minada a frio pela empresa, pois com-parece com grades de polietilenos (PE) nas duas trincheiras. “Aqui no Brasil, a preferência ainda recai sobre o frasco soprado, escudado em sua praticidade e segurança”, percebe Júlio Henrique Lottermann, gerente de aplicações de PE em rígidos. “Mesmo quando SUP é utilizado no conceito de refil existe nos lares uma etapa adicional de transvase para outra embalagem mais prática para o emprego do produto, com a possibili-dade de resultar em perdas, contamina-ções e danos a móveis e roupas”. Para engrossar o caldo, ele assinala, SUP derrapa na peneira da sustentabilidade com uma reciclabilidade mais complexa do que o frasco soprado, em especial o tipo monomaterial.Nesse cenário, amarra as pontas o executivo, a Braskem dá uma no cravo e outra na ferradura. Em embalagens rígi-das, a empresa trata de lapidar soluções de melhor balanço de rigidez/impacto, resistência química, redução de peso e reciclabilidade. Lottermann ilustra este esforço com resinas de polietileno de alta densidade (PEAD) como GF4950, HS5502 e BS002W, além de grades obtidos de eteno derivado da renovável rota alcoolquímica.Pelo flanco de SUP, Lottermann ressalta os investimentos da empresa em grades que sobressaem em tópicos como resistência mecânica, rigidez e solda, caso da Proxess 1509XP lançada no primeiro semestre. “Entre seus dife-renciais também constam as proprie-dades ópticas e o coeficiente de atrito mais estável”, assinala Carlos Faria, engenheiro de aplicação de PE. Na seara de PEAD, ele distingue a alta rigidez e barreira conferidas pelas resinas AC59 e HE 150, esta também dotada de alta À prova de mofoAs resinas e auxiliares que garantem a boa forma dos frascos, tampas e pouchesLIMPEZA/EMBALAGENS/MATERIAISPE em frascos de limpeza: Braskem aprimora balanço de rigidez/impacto, resistência química e redução de peso.Outubro/2018plásticos em revista23ESPECIALtransparência, assim como a resistência mecânica, solda e o plus no visual do SUP proporcionados pelo grade linear metalocênico Flexus 9212 XP e a resina de baixa densidade EB853/72. Tampas injetadas para frascos de limpeza doméstica são um piso para o mix de polipropileno (PP) da Braskem polir, zerando entraves como a hipótese de quebra sob tensão (stress cracking) na presença de tensoativos e corres-pondendo às expectativas em quesitos como rigidez, brilho, transparência e resistência ao impacto. Uma referência é o homopolímero nucleado Maxio FT120QWV. “Além de assegurar rigidez à tampa, sobressai pela estabilidade dimensional e por reduzir o ciclo de produção”, indica Carolina Bulhões, gerente de engenharia de aplicação de PP. No embalo, ela realça as credenciais propriedades mecânicas, dão conta do encargo os copolímeros heterofásicos como CP 241, CP 204 e CP 284R”, fecha a especialista.Frascos de limpeza doméstica são um oásis para PE reciclado, reduto no qual a plataforma Wecycle da Braskem já marcou território com o desenvolvimen-to de um recipiente para um produto da linha Qualitá do Grupo Pão de Açúcar. Segmentos de produtos de limpeza caracterizados por menores exigências técnicas e que são supridas a contento pelo reciclado ofertado na praça estão fora do escopo de Wecycle, delimita Ederson Munhoz Reis Matos, executivo de desenvolvimento de negócios da plataforma. “Há segmentos no setor de limpeza cujos requisitos técnicos maio-res inibem o ingresso do reciclado e, para isso, temos trabalhado em soluções para quebrar essa barreira”, ele expõe. “Um exemplo é um novo conceito de aditivação capaz de viabilizar o frasco de PE reciclado em categorias como multiuso, desengordurantes ou limpeza pesada, formulações químicas cujo teor de tensoativos exigem da embalagem soprada alta resistência a stress cra-cking”. A Braskem denomina 3R o siste-ma de aditivação e, segundo Munhoz, a meta é chegar a uma resina com 98%de teor de reciclado e resistência química similar à do grade virgem de PE.Bittencourt: PET reluz em produtos de limpeza ofertados com grande variedade de coresStand up Pouches: soluções da ExxonMobil acenam com perfeição na vedação e espessura menor na camada de selagem.de seus copolímeros randômicos. Para ganhos de produtividade em tampas de parede fina, Carolina recomenda tipos de índices de fluidez mais alto (DP 180 A, RP 340S e RP 149) e, para a injeção de paredes espessas, caso de tampas flip top (com dobradiça), valem os copo random de baixo índice de fluidez (DP 179A e RP 340R). “Para tampas dependentes de incremento em Outubro/2018plásticos em revista24ESPECIALTRANSPARÊNCIA ENRIQUECEDORA Seja na roupagem virgem ou reciclada, PET também acontece no evase de produtos de limpeza. Entre as categorias mais receptivas ao poliéster, alinham-se detergentes, amaciantes, sa-bões líquidos e limpadores perfumados, coloca Luis Henrique Garia Bittencourt, executivo da Alpek-PQS, produtora de PET e do insumo ácido tereftálico purificado em Pernambuco. “Devido à grande variedade de perfumes e cores, esses produtos buscam embalagens que destaquem e valorizem o conteúdo, agregando valor às categorias”, argu-menta o executivo. Outro ás na manga de PET para mandar ver na limpeza doméstica é a redução de custos aliada à sustentabi-lidade que impele o material reciclado, acrescenta Bittencourt. Em relação à resina PET convencional, ele enxerga uma barreira tecnológica à escalada de PET na produção de frascos com alça. “Mas essa dificuldade já é contornada pela alça de apoio”. EXCELÊNCIA NA SELAGEM O emprego de PEAD reciclado em frascos para produtos de limpeza integra o raio de ação traçado pela ExxonMobil para seus polímeros de alta performance Vistammax™. “Altos níveis de material recuperado com criar desafios ao desem-penho da embalagem”, pondera Thomas Arys, gerente de desenvolvimento de mercado para Vistammax™ na América Latina. “Mas o acréscimo de Vistam-max™ à formulação amplia a resistência a stress cracking da resina, com o efeito colateral de pequena redução na resis-tência ao empilhamento”, ele esclarece. No âmbito da reciclagem, a presença contaminante de PP em sucata de PEAD destinada à recuperação, a adição de Vistamaxx™ pode solucionar entraves causados pela incompatibilidade entre as duas poliolefinas. “O resultado é a menor quebra de material devido ao melhor desempenho em impacto”, com-plementa Arys. Em relação a tampas de PP para frascos de produtos de limpeza, o gerente destaca a utilização dos seus polímeros de alta performance para ade-Stand up pouches: avanços na resistência mecânica, solda e rigidez no mostruário de PE para flexíveis da Braskem.Herrero: marcas tradicionais se abrem a frascos prata, violeta e laranja.LIMPEZA/EMBALAGENS/MATERIAISquar a resistência ao impacto e a rigidez. “Isso reduz falhas como branqueamento por tensão e a quebra no transporte e manuseio da tampa, além de estender sua vida útil”. A ExxonMobil também marca de perto os movimentos de SUP em produtos de limpeza. A empresa com-parece nesses espessos filmes multima-terial com a indicação de suas resinas Outubro/2018plásticos em revista26ESPECIALconveniência e da dificuldade para o consumidor de transferir um produto viscoso do SUP para o frasco soprado, além do próprio sistema de fechamento e dispenser utilizado nos recipientes rígi-dos desse tipo de produto. Também há limitações para o SUP em categorias como saponáceo líquido, lustra móveis e outros tipos de alta viscosidade. Para esses produtos há uma dificuldade para se esgotar todo o produto envasado na embalagem flexível e, caso ela seja utilizada como refil, é uma operação mais complicada transferir todo o conteúdo do SUP para o frasco. Global players de setores como produtos de limpeza trombeteiam engajamento nos preceitos da eco-nomia circular. Ocorre que SUP é embalagem flexível multimaterial, de reciclagem mais complexa e onerosa do que um frasco de PEAD ou PET. Como avalia a coerência de indústrias finais que se afirmam adeptas da proteção ambiental e utilizam uma embalagem lamina-da que destoa dos requisitos de sustentabilidade?Pode parecer uma contradição, mas não é possível negar o menor consumo de material da embalagem multicamada e a vantagem atual do frasco rígido na cadeia de reciclagem. Contudo, existem oportunidades de melhorias que podem impactar positi-vamente na embalagem multicamada, a exemplo da otimização na seleção das estruturas e revalorização no pós-consumo.Aqui no Brasil, SUP já tem cadeira cativa em produtos de limpeza de alto giro como sabão em pó para lavar roupa. Qual a composi-ção que considera mais habitual dos materiais componentes des-ses laminados e qual o papel chave exercido por cada um deles?Em geral, as estruturas utilizadas dispõem, pelo menos, de PET (filme biorientado do poliéster) na camada externa e polietile-nos na camada interna. PET tem excelente qualidade de impressão e brilho, protege a impressão de riscos e abrasão e proporciona re-sistência mecânica à perfuração e rasgos. Os polietilenos garantem a qualidade do fechamento, sendo responsáveis pela resistência e a integridade da termossoldagem. Como componentes de alguns produtos podem permear a camada interna, os adesivos devem ser resistentes aos mesmos para garantir a qualidade da laminação. Apesar dos rosnados vindos do cercado dos transformadores de frascos soprados, o stand up pouch (SUP) tem logrado marcar territórios em categorias de limpeza doméstica, a tiracolo inclusive dos atrativos econômicos e sustentáveis que transparecem das tec-nologias de concentração/compactação dos produtos. Formadora de opinião em embalagens flexíveis no país, Lea Mariza de Oliveira, pesquisadora estelar do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), analisa nesta entrevista a trajetória do SUP em categorias de produtos de limpeza e assinala os predicados sustentáveis da embalagem. Por quais motivos tem aumentado, no mercado mundial, a pene-tração do SUP no terreno dos frascos soprados em produtos de limpeza doméstica?Devido à redução da relação massa de embalagem/volume de produto e seus ganhos nos aspectos ambientais. Por exemplo, me-nor consumo de materiais na fonte, menos gastos de combustível no transporte e distribuição – tanto da embalagem vazia como do produto acabado –, menor volume/massa no descarte e qualidade da impressão. Acredito que os frascos sempre terão seu espaço devido à conveniência no uso. São práticos e dotados de sistemas de fechamento cada vez mais otimizados, permitindo a liberação do produto na quantidade e forma adequada para cada aplicação. Considero o SUP bem posicionado no mercado de refil, princi-palmente no caso dos produtos líquidos com baixa viscosidade. Esta decolagem dos SUPs é notada em todas as categorias de produtos de limpeza, no plano geral? Praticamente em todos os mercados. Vejo o SUP decolan-do nos segmentos de produtos líquidos de baixa viscosidade e sólidos. Um dos nichos que acredito seja mais difícil para SUP avançar é o dos detergentes para louça, justamente por causa da Lea Mariza de Oliveira: SUP decola em líquidos de baixa viscosidade e sólidos.LIMPEZA/EMBALAGENS/MATERIAISLIMPEZA DOMÉSTICA : STAND UP POUCHES ESTÃO EM CASANext >