< PreviousAgosto/2018plásticos em revista28ESPECIALEm oito anos na praça, o polietileno (PE) verde da Braskem botou o Brasil no mapa dos polímeros com fontes renováveis no DNA. Aparece em mais de 150 marcas no planeta e até tirou passaporte para o espaço sideral ao ser aprovado pela Nasa, mérito de sua resistência e apelo sustentável, para peças impressas em 3D por astronautas em missões em ambientes de gravidade zero, como Marte. Apesar dessa notoriedade, da purpurina do ecomarketing e de, em conse-quência, a demanda hoje superar a oferta, restrita a 200.000 t/a, dessa resina obtida pela rota alcoolquímica (etanol da cana-de--açúcar) – processo aliás iniciado no Brasil em 1958 pela extinta Union Carbide –, intriga o fato de o bioplástico da Braskem continuar sem contratipos no mercado, mesmo com a possibilidade de se formular etanol a partir de opções como milho e beterraba. É sabido que a rota do álcool apanha em custos da nafta e gás natural, mas, em contrapartida, isso também ocorre no confronto entre resinas petroquímicas e plásticos biodegra-dáveis e não tem impedido a expansão de fornecedores e de fábricas desses materiais de origem não fóssil a ponto de, pelas úl-timas avaliações, sua capacidade instalada global já rondar 1 milhão de t/a.O preço de PE Verde, superior ao da poliolefina convencional, não limitou seu raio de alcance a, pela lógica econômica, nichos de maior valor agregado. Ao longo da trajetória iniciada em 2010, a bioresina bra-sileira tem mandado bem tanto em produtos mais exclusivos e premium, como frascos de cosméticos da nata mundial ou sacos laminados de pet food, quanto em embala-gens hiper commodities, caso de sacolas de supermercado, frascos de lubrificante e filme shrink, deixa claro José Augusto Viveiro, diretor de vendas de químicos renováveis da Braskem.O sucesso de PE verde e o aumento da octanagem do mantra da economia circular levam a Braskem a ampliar sua presença fora da órbita petroquímica. Ao final do ano pas-sado, lembra Viveiro, a empresa firmou joint venture com a dinamarquesa Haldor Topsoe para desenvolver monoetilenoglicol (MEG), a partir de açúcar. Ao lado de ácido tereftálico purificado, MEG é componente-chave de PET. No âmbito das embalagens do poliéster, um lugar para o MEG de fontes renováveis chamar de seu é a corrida em curso entre usuários formadores de opinião mundial por substituir petroquímicos por alternativas com base vegetal. Coca-Cola, por exemplo, sobressai nesse quadro com o projeto PlantBottle, gerador de recicláveis garrafas não biodegradáveis de PET com teor de até 30% de ingredientes renováveis, extraídos da cana-de-açúcar. A meta divulgada pela companhia é de passar todas as suas novas garrafas de PET para o conceito PlantBottle até 2020 e, em paralelo, prosseguem suas pesquisas para elevar o teor de materiais ECOPLÁSTICOS / BIOMATERIAISBens de raizO avanço de resinas e auxiliares direto da fonte renovávelPlant bottle: oportunidade para MEG de fonte renovável na mira da Braskem e Haldor Topsoe.renováveis a 100%.Por seu turno, Danone, Nestlé Waters, Pepsico e a startup Origin Materials tocam o consórcio NaturALL Bottle Alliance, dedicado a obter garrafa de PET 100% composto por insumos de recursos sustentáveis, mais uma porta para o bioMEG idealizado por Braskem e Haldor Topsoe bater. ESPECIALNo compartimento da cadeia poliole-fínica, estreou este ano a produção no país, pela Braskem, do primeiro afluente de PE Verde, o copolímero de etileno acetato de vinila (EVA). “O material amplia o portfólio da marca I’m green™, reúne características como flexibilidade, leveza e resistência e contribui para reduzir a incidência de gases causadores do efeito estufa ao capturar e fixar dióxido de carbono durante sua pro-dução”, enaltece Viveiro. A primeira aparição do EVA renovável aconteceu nos EUA, em chinelos de dedo unissex da Allbirds, cal-çadista de São Francisco.ADUBO PLÁSTICOHá cerca de 20 anos, a Basf abre caminho no mercado global para dois polímeros biodegradáveis e compostáveis que produz na Alemanha, ecoflex e ecovio. O primeiro tem por base ácido polilático (PLA), é resistente a água e ao rasgo, ajusta--se à produção de filme em extrusora de PE e dispõe de passe livre para contato com alimentos. Por seu turno, ecovio consta de um biocomposto e, no exterior, fez nome em aplicações como a substituição de PE em filme de revestimento de copos de pa-pel, viabilizando assim a reciclagem desse descartável. Um feito de ecoflex no Brasil é o PE Verde: penetração em mais de 150 marcas de nichos de baixo e alto valor agregado.Agosto/2018plásticos em revista30ESPECIALfilme para embalar bancos de alguns carros montados pela Honda, distingue Murilo Feltran, gerente de marketing de materiais de performance da Basf no país.Os focos chave dos dois biopolímeros da empresa, distingue o executivo, são o culitivo protegido e a coleta de resíduos orgânicos para compostagem, distingue o executivo. “Filmes de ecovio são reco-mendados para mulch e se diferenciam das películas de PE por dispensarem remoção ao fim da vida útil e não deixam resíduos no meio ambiente, gerando adubo para o solo e produtividade do plantio”, esclarece Feltran. No embalo, ele salienta a contribuição de seus bioplásticos para o gerenciamento de resíduos sólidos orgânicos, como alternativa na coleta e destinação desse lixo para as centrais de compostagem, reduzindo assim a incidência do descarte plástico em lixões e aterros sanitárias e eliminando a fase de separação de embalagens pós-consumo co-letadas e que precede a reciclagem das re-sinas petroquímicas. “O mercado de emba-lagens estuda alternativas para solucionar a questão ambiental dos materiais,em especial na produção de sacolas de supermercado”, insere Feltran. “Embalagens compostáveis ou biodegradáveis, caso da experiência europeia com sacolas de saída de caixa e sacolinhas de hortifrúti, são a opção mais sustentável e interessante nesse sentido”. ANVISA APROVA D2W™Flexíveis, sacolas à frente, são a locomotiva da receita da Res Brasil, agente exclusiva da inglesa Symphony, fabricante de d2w™, único aditivo oxibiodegradável com selo ecológico deferido pela Associa-ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). “Essa certificação abriu os olhos do mercado para um produto que funciona de verdade perante outros que não entregam o prometi-do e põem em risco sua reputação”, ressalta Eduardo Van Roost, sócio administrador da representação. Na selfie atual da Res Brasil, ele revela, entre as mais de 400 indústrias transformadoras licenciadas pela empresa para utilizar o seu aditivo oxibio, cerca de 85 integram a carteira de clientes regulares. “Se considerarmos o efetivo de empresas cujas embalagens incorporam d2w™, esse número aumenta bem”, acentua o dirigente. A propósito, nota, vários setores antes in-diferentes a materiais de apelo sustentável como o aditivo da Symphony mudaram de ideia nos últimos dois anos, reflexo da disseminação do evangelho ambiental. “São exemplos a indústrias de panificação e as de artigos descartáveis”, encaixa Van Roost. O agente d2w™ já se movimenta para extrapolar a zona de conforto em embala-gens de produtos de rápido consumo. “Seu ingresso em aplicações na área médico hos-pitalar deve acontecer mediante a junção de sua propriedade de oxibiodegradação com a ação antimicrobiana do aditivo d2pAM™”, adianta o agente. A propósito, assegura, a série de auxiliares d2w™ é a única possui-dora de parecer oficial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), efeito da abertura pela Symphony das formulações de todos os grades à entidade reguladora da saúde pública. “Desse modo, o aditivo pode ser utilizado no país em embalagens e artigos em contato com alimentos, cosméti-cos e medicamentos”, sublinha Van Roost.No plano mais recente, a Res Brasil tem incursionado com seu aditivo oxibio por sendas como agrofilmes, nas vestes de solução para prover a vida útil requerida no cultivo protegido. “Também temos de-senvolvido aplicações de d2w™ junto com outros agentes da Symphony em produtos finais que mandamos industrializar para vender sob nossa marca TudoBiodegradá-vel”, revela Van Roost. “Por exemplo, emba-lagens para evitar desperdício de alimentos e, em breve, produtos oxibio e antiinsetos absorvedores de odores”. EVA renovável: estreia nos EUA em chinelos de dedo Allbirds.Van Roost: novos mercados na mira de aditivos oxibio e antimicrobianos da Symphony.ECOPLÁSTICOS / BIOMATERIAISAgosto/2018plásticos em revista32ESPECIALSEM ESSA DE VILÃONos últimos tempos, diversos com-ponedores brasileiros de masterbatches arriscaram investidas em concentrados biodegradáveis, propriedade a cargo de PLA, polímero de fonte renovável impor-tado e o mais produzido no mundo nessa categoria. Sem detalhar a formulação, a Termocolor promove a introdução na praça de Biomaster .”Consta de um con-centrado contendo patenteado aditivo de fonte renovável, atóxico, e desenvolvido no Japão por empresa norte-americana e nossa parceira na incorporação aqui no Brasil desse material que atende a quase todas as poliolefinas”, informa Wagner Catrasta, gerente comercial da Termocolor. “As principais motivações da empresa para esse lançamento são firmar-se como fonte de inovações e a vontade de mudar o conceito do plástico como eterno vilão do meio ambiente”.Catrasta reitera que o aditivo im-portado para a Termocolor produzir Bio-master desfruta as devidas certificações internacionais, entre elas o cumprimento da norma ASTM D6954-4 – SPCR 141.No primeiro estágio, o produto aditivado degrada com a quebra das cadeias de car-bono da molécula poliolefínica, reduzindo sua condição de resistente à umidade para tornar-se material muito higroscópico”. No segundo passo, segue o executivo, transcorre a biodegradação por obra de microorganismos presentes no local do descarte do refugo plástico. “A avaliação do solo onde o material se decompôs comprovará a ausência de resíduos con-taminantes”, assevera Catrasta.O ESTOPIM DA MAMONAPêndulo mundial de poliamidas (PA) de cadeia longa, a francesa Arkema também acontece em materiais nobres pelas soluções contendo ingredientes de fontes renováveis. A primeira delas, Rilsan Poliamida 11, remonta a um tempo em que o termo ambientalismo sequer fora criado. “Foi desenvolvida há mais de 70 anos e trata-se de um polímero 100% à base de óleo de mamona”, sumariza Fábio Paganini, gerente de desenvolvimento de negócios na América do Sul para duas divisões da Arkema, polímeros técnicos e polímeros de engenharia para a indústria de óleo e gás.Rilsan PA 11 deu a largada para a Arkema embrenhar-se na química verde. Entre os desenvolvimentos marcantes no portfólio atual, Paganani cita Pebax RNew, poliamidas elastoméricas contendo até 97% de biomaterial, Peban HT, poliamidas resistentes a altas temperaturas e com até 70% de elementos sustentáveis; Rilsan Clear, linha de ciclo poliamidas de máxima transparência com até 65% de biocompo-nentes e, por fim, Platamid RNew, copo-liamidas adesivas com participação de até 53% de óleo de mamona na composição. O cerco com biomateriais para a cadeia plástica se completa com a família Oleris, constituída de insumos 100% de óleo de mamona. “São auxiliares de baixo índice de peróxidos, excelente lubricidade e altos níveis de viscosidade, flashpoint, flui-dez sob baixa temperatura e estabilidade térmica e oxidativa”, assinala o executivo. No tocante a álcoois, Paganini destaca 2-Octanol e Heptanol como matérias-pri-mas de plastificantes poliméricos. Para uso Catrasta: Termocolor lança master biodegradável com aditivo concebido no Japão. Paganini: óleo de mamona turbina polímeros e auxiliares verdes da Arkema.Mulching: campo fértil para ecovio.na produção de estabilizantes à luz contra fotodegradação, figura no mostruário da Arkema o auxiliar DMS Dimetil Sebacato, também recomendado pelo gerente como modificador e plastificante. O rol de avan-ços é coroado por DBS Dibutil Sebacato. Admitido para contato com alimentos, o material atua como modificador de impacto e plastificante de polímeros submetidos a baixas temperaturas (elevada compatibi-lidade com PVC) e sobressai ainda pela baixa migração e volatilidade.ECOPLÁSTICOS / BIOMATERIAISAgosto/2018plásticos em revista34ESPECIALHouve um tempo em que uma associação imediata a verde no Brasil era o dólar e gramado de estádio e não, como agora, o meio ambiente. Pois naquela época, fornecedores de resinas e aditivos se valiam de argu-mentos de venda enxergados apenas como econômicos, em razão da redução de custos variáveis proporcionada ao transformador. No rastro das mudanças climáticas, a ob-sessão generalizada pelo desenvolvimento sustentável tornou tosco este conceito contábil, desencavando de suas entranhas contribuições do plástico para a proteção da natureza e influentes também no progresso da indústria e do mercado. Assim, de típicas medidas de economia, elas passaram a ser encaradas como provas do apoio do plás-tico ao desenvolvimento sustentável. Isso estende-se, por exemplo, desde a redução do ciclo produtivo e das aparas geradas em linha ao reuso de reciclado, economia de energia, aumento da vida útil e redução de peso/espessura dos artefatos plásticos. Na natureza, já se disse, as aves certas são unidas às flores certas para formar um ecossistema que funciona. Uma lição de evolução conjunta que termoplásticos e auxiliares hoje transpõem para suas aplicações.Único produtor no país de poliolefi-nas e maior dos dois de PVC, a Braskem bebe na fonte da sustentabilidade para enverdecer seu portfólio. Leandro Florin, engenheiro de aplicação para polietileno (PE), ilustra este espírito com os grades da linha Maxio®. Ela agrupa tipos de PE, polipropileno (PP) e copolímero de etileno acetato de vinila (EVA). “Os ga-nhos ambientais são proporcionados pela economia energética na transformação, agilizada pela maior disponibilidade de hora/máquina, e do aumento da resistência 16 horas e 13 etapas, enquanto com o grade de Evance aliado à reticulação por peróxidos o trabalho cai para duas horas e 11 etapas, implicando redução energética de 20%”, compara Florin.Júlio Henrique Lotterman, engenheiro de aplicação para PE em artefatos rígidos, pesca um passo adiante em sustentabili-dade no homopolímero de alta densidade (PEAD) HD7000C. “Permite o desenvolvi-mento de recipientes soprados mais leves, O blend da horaA integração da economia com o meio ambiente está mudando o desenvolvimento e a venda de materiaisECOPLÁSTICOS / RESINAS & AUXILIARESBraskem Maxio: resinas conciliam leveza com resistência mecânica.mecânica ensejando produtos acabados de menor espessura sem perda da qualidade exigida”, ele esclarece. No embalo, ele encaixa o lançamento este ano da linha Evance, de resinas especiais de EVA como o tipo VA1518A indicado para sandálias. “Pelo método tradicional, o preparo do composto de borracha consome cerca de mérito do balanço entre rigidez e impacto, justifica. Na mesma trilha, ele insere outra resina de PEAD, HD3400U, enaltecida pela processabilidade e resistência à fadiga sob tensão. “Possibilita um design de embalagem que concilia segurança com economia de material”, assinala o técnico, brandindo os mesmos predicados para ESPECIALsuas soluções ofertadas para tampas de garrafas de refrigerante e óleo comestível.Na seara de PVC, Florin e Lotterman exaltam os atributos sustentáveis de siste-mas construtivos à base de vinil e concreto, por reduzirem a geração de resíduos em canteiros de obras, e de uma tacada enga-tilhada. “Estamos fechando parceria com empresa alemã referente a uma tecnologia revolucionária que aumenta a competi-tividade de perfis e chapas de PVC para substituírem madeira”.ASTROS DO FILMEA melhora da produtividade na extrusão de filmes converge para proce-dimentos sustentáveis como a redução do consumo de energia, raciocina Thomas Arys, executivo da ExxonMobil, bússola mundial em PE, responsável pelo de-senvolvimento de mercado no continente americano. Ele ilustra esse chamariz verde com as plataformas Enable™ e Exceed™ XP compostas de grades de PE de alto de-sempenho e maior resistência do fundido, em especial na extrusão de filmes blown (tubular). A primeira delas, ele assinala, alia facilidade de processamento a proprie-dades mecânicas superiores aos blends de resinas convencionais de baixa densidade (PEBD) e lineares (PEBDL). “Quanto aos polímeros Exceed™XP, sobressaem em aplicações nas quais o processamento e desempenho requerem maiores cuidados, Filme blown: PE da ExxonMobil economiza energia e apura excelência na extrusão. Agosto/2018plásticos em revista36ESPECIALcomo agrofilmes e geomembranas”, completa Arys. A propósito, salienta, os grades de Exceed™XP já demonstraram a possibilidade de economia de até 30% de matéria-prima na extrusão, por meio da redução de espessura, outro ponto a favor da sustentabilidade.Entre os avanços mais recentes da ExxonMobil, Arys distingue uma solução de Exceed ™XP e das especialidades de alta performance Vistamaxx™ . “Maximiza a resistência do filme e reduz a formação de furos em embalagens líquidas, a ponto de demonstrar redução de 60% nos vaza-mentos”, situa o especialista. “Clientes que adotaram essa combinação de materiais também conseguir diminuir o número de estruturas na coextrusão e aperfeiçoar a integridade da embalagem”.O emprego de resinas recicladas cai como luva para polir a imagem sustentável dos termoplásticos. A ExxonMobil também embarca nessa corrente com os polímeros Vistamaxx™, deixa claro Arys. “Permite uma incorporação mais eficiente da resina recuperada e aprimora o desempenho da embalagem”. Como referência, ele cita o desenvolvimento nos EUA de um frasco de óleo lubrificante soprado com PEAD reci-clado de aparas industriais e de descarte pós-consumo. “Altos níveis do material reciclado podem criar desafios para a per-formance da embalagem”, ele esclarece”. Mediante a adição de Vistamaxx™ à formulação, aumenta-se a resistência à fadiga sob tensão com inex-pressiva redução na resistên-cia ao empilhamento”. GELADEIRA VERDEPoliestireno (PS) tam-bém tem ases da sustenta-bilidade para tirar da manga. Wendel Oliveira de Souza, diretor da nacional Unigel, produtora do monômero e polímero estirênico abre o cardápio com XPS 285 G, grade para PS extrusado (XPS), cujas chapas têm cadeira cativa no enchimento de lajes e recheio de paredes. “Reduzem o peso e contribuem para reduzir GANHOS TÉRMICOS“Devido à disponibilidade de maté-rias-primas em diversas regiões, tecnolo-gias de produção e apelo mercadológico, trabalhamos em abordagens de susten-tabilidade que podem contemplar desde o desenvolvimento de produtos a partir de polímeros pós-consumo reciclados a grades que proporcionam aprimoramentos nos benefícios econômicos e ambientais de suas aplicações”, estabelece Fernando Ribeiro, gerente de desenvolvimento de aplicações e clientes nas três Américas de poliamidas (PA) da Solvay. Ele transpõe o discurso à prática com um lançamento do grupo na Europa: a linha 4Earth®. “Consta de PA 6.6 derivada da recuperação de resíduos de airbag”, explica o executivo. A nova série, já em oferta na América do Sul, engloba grades para componentes au-tomotivos – Technyl® 4Earth® A4E218 V30, V35 e V50 (cor preta) – e a resina A4E 316 natural, para usos como sistemas de fixação, plugues e conectores.Ribeiro também põe na vitrine grades de PA resultantes da recuperação de aparas de fios e fibras têxteis. Fora da seara da reciclagem, ele enfatiza as ecocredenciais embutidas na produtividade exibida por dois tipos de PA 6.6 da série Technyl® . Um deles é o tipo A208F Preto 21N. “Dis-põe de fluidez superior com estabilização térmica”, aponta o especialista. “Suas peculiaridades reológicas possibilitam sua injeção com perfis de temperatura abaixo do padrão aplicado para PA 6.6 standard com estabilização térmica e, em muitos casos, também admite a operação com níveis menores de pressão, reduzindo a incidência de desgastes no conjunto da injetora e molde”. O outro avanço, desen-volvido no Brasil, é o grade A 218 Preto 52. “A junção de sua processabilidade, cor e um pacote de aditivos para estabili-zação térmica converge para a melhora do Geladeiras: resina da Unigel permite redução da espessura de peças internas.Ribeiro: PA 6.6 derivada da recuperação de resíduos de air bag.o gasto com energia para condicionar a temperatura do ar”, sumariza o executivo.Outro feito verde da Unigel é a resina de PS de alto impacto 8875. “Proporciona a diminuição da parede das chapas para peças internas de geladeira, implicando menor uso de matéria-prima”. No plano mais recente, fecha Souza, sua empresa desenvolveu outra resina de alto impacto que eleva a produtividade sem aumentar o consumo de energia na injeção. ECOPLÁSTICOS / RESINAS & AUXILIARESESPECIALacabamento e menor risco de deposição no molde, contribuindo para diminuir a frequência da sua limpeza”. RESISTÊNCIA SOB 240 °C Autopeças é o maior mercado mun-dial de PA 6 e 6.6 e a Basf detém a fatia do leão em volumes e desenvolvimentos. A auréola sustentável paira sobre as novas soluções do grupo alemão para reduzir o peso e consumo de combustível dos veícu-los. Nessa trilha, Murilo Feltran, gerente de marketing de materiais de performance da subsidiária no Brasil, distingue o estrelato hoje desfrutado em motores turbo pela poliamida de alta resistência mecânica e térmica Ultramid ® Endure. “Suporta a temperatura de trabalho, que pode alcançar 220°C, no compartimento sob o capô, permitindo que montadoras reduzam o tamanho do motor e do turbo compressor sem comprometer a performance”, destaca o executivo, salientando ainda que as classes de Endure suportam temperaturas de serviço de até 240°C e sua prezada resistência ao envelhecimento térmico é mérito de um sistema de estabilização da Basf que reduz o ataque do oxigênio na superfície do polímero.No cercado dos filmes, Feltran desta-ca os préstimos de duas novas copoliami-das da série Ultramid®. Uma delas, Flex F38l, possui base parcialmente biológica não detalhada pelo gerente. Tal como o outro tipo, C37lC, ela é transparente e re-sistente a rasgos, mesmo sob temperatura e umidade baixas, adequando-se a filmes Feltran e Capozzi: poliamidas e aditivos da Basf aprimoram o processo e desempenho final. Next >