No coração da vanguarda

Sistema FFS dá goleada no ensaque de pet food em embalagens pré-formadas

“No passado, a indústria de pet food substituiu o empacotamento pelo sistema FFS (form/fill/seal – formatação/enchimento/selagem) pela embalagem pré-formada (flow pack) devido à produtividade e apresentação final dos produtos”, explica Fernando Manfrin, gerente de marketing da Solito Alimentos, fabricante das rações Óttima, Nutrive e Unna. “Mas com a tecnologia instalada em nossa fábrica pela alemã Haver & Boecker (HB), o sistema FFS incrementou ainda mais a excelência no ensaque”. Fornecedora da Solito, a mega convertedora de flexíveis Videplast desenvolveu com a HB a embalagem talhada para o equipamento da Aventus, joint venture da HB com a compatriota Windmoeller & Hoelscher e capaz de ensacar 2.100 unidades (inclusive com alça) de 15 kg/h, conta Domênico Macchia Junior, diretor de novos negócios e desenvolvimento de novos mercados da Videplast. André Domingos, engenheiro de vendas da operação brasileira da HB, cuja planta no interior paulista monta sistemas de ensaque e paletização, considera visionária no setor de pet food a batida de martelo da Solito pela tecnologia FFS, tendo sido convencida pela concepção completa de equipamento e embalagem apresentada pela HB e Videplast. Nesta entrevista, Domingos escancara as vantagens do sistema FFS degustadas pela Solito em sua unidade em Santa Cruz do Rio Pardo (SP).

Qual é o sistema dominante para ensacamento de pet food no Brasil?
A praxe é o modelo de embalagens pré-formadas ou de boca aberta. Por esse esquema, o convertedor as entrega em caixas para serem abastecidas, em maços constantes de embalagens, nos magazines que alimentarão o sistema automático de ensaque ou permitirão o enchimento manual pelo operador. Para isso, ele ‘veste’ o saco num funil de abastecimento. O saco fica suspenso ou posto sobre uma balança para controle do seu peso correto. O primeiro passo rumo à automação do processo tomou corpo com um sistema imitador da operação manual. Ou seja, um mecanismo eletropneumático pega a embalagem e outro a segura durante o enchimento. Houve ganhos, mas a operação como um todo não foi otimizada e é essa a lacuna que o sistema da HB preenche.

Quais as diferenças entre o sistema da HB e o tipo convencional para ensaque de pet food?
O setor de pet food demanda embalagens multicamada e notamos em amostragens problemas como selagens imperfeitas, sobra excessiva de plástico em seu comprimento, dobra do excesso de plástico para paletizar o saco e a necessidade de microfuros ou válvulas (para retirar o ar para paletizar). Na paletização, detectamos dificuldades devido ao excesso de ar nas embalagens. Todos esses senões foram corrigidos pelo nossa tecnologia de ensaque FFS. A novidade nela é uma bobina tubular fechada com quatro soldas. Nosso equipamento efetua o corte e solda da base e topo dessa bobina, já que as demais soldas vêm prontas do fabricante de embalagens.

Quais os ganhos proporcionados pelo sistema da HB?
Uma única linha da HB pode substituir de duas a três linhas convencionais de ensaque, operando na faixa máxima de 2.800 sacos/h e sua configuração compacta poupa espaço na planta do cliente. Além dos ganhos na automação já ressaltados, a máquina FFS da HB possibilita baratear até 15% os custos com embalagens, pois o comprimento dela é menor para a mesma densidade e estrutura. Seu sistema de controle aumenta a exatidão da pesagem e a redução da área de selagem torna essa etapa mais precisa, reta e segura. Tem mais: devido ao sistema de retirada de ar para a paletização, o recurso das válvulas ou microfuros torna-se dispensável. Aliás, com embalagens menores e contendo menos ar, a paletização é aprimorada, podendo-se até aumentar a quantidade de sacos por camada no mesmo palete. Outra conveniência do sistema FFS é a viabilidade para baixar o número de abastecimento de embalagens. Afinal, uma bobina porta em média 1.500 embalagens e pode operar de forma ininterrupta. E o tempo de setup da nossa linha HB também pode cair. Afinal, a troca de embalagem se resume à escolha da receita na interface homem/máquina e rápida substituição da bobina. Em suma, o equipamento se configura e a bobina é trocada com facilidade pelo operador – um sistema hidráulico na máquina abaixa e carrega a próxima bobina em cerca de oito minutos.

Qual o prazo de retorno do investimento nessa linha?
`A parte as vantagens com automação e considerando-se apenas o ganho com a redução de sobra de plástico, temos notado casos de paybaks entre um e dois anos. Lógico que, quanto maior a produção, melhor o prazo de retorno do capital.

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