LyondellBasell aperfeiçoa reciclagem por pirólise

Tecnologia patenteada torna processo mais produtivo e circular
Recicladora MoReTec; pirólise de sucata plástica gera óleo e gás para produzir monômeros virgens destinados á polimerização.
Recicladora MoReTec; pirólise de sucata plástica gera óleo e gás para produzir monômeros virgens destinados á polimerização.

Sete é cultuado como número místico e afortunado. A petroquímica holandesa LyondellBasell, puro sangue global em poliolefinas, evidencia confiar nos bons fluidos dessa numerologia para anunciar, hoje em dia, a meta de comercializar daqui a sete anos o total de 2 milhões de toneladas de polímeros circulares e com pé na cozinha das fiontes renováveis. O trajeto até 2030 revela um anseio ambicioso, pois, como relata o site Plastics Recycling Update, a companhia vendeu em 2022 apenas 220.000 toneladas desses materiais de auréola sustentável. A maior parte desse movimento proveio da reciclagem mecânica de PP e PE, mas trata-se de uma dianteira de permanência questionável, dada a intensidade com que a LyondellBasell imerge na reciclagem química.

Nesses tempos de veneração à circularidade pela cadeia plástica, a indústria petroquímica com braço na reciclagem deixou de ser novidade. Mas o caso da LyondellBasell é ponto fora da curva porque, entre outros feitos, ela concebeu uma tecnologia alardeada como singular e superior às alternativas de processos no gênero para recuperação de aplicações de poliolefinas pós-consumo de reciclagem mecânica inviável. A praxe na reciclagem química de PP e PE é a rota da pirólise – envolve o aquecimento dos resíduos na ausência de oxigênio, efeito que rompe as cadeias poliméricas para gerar gás, frações líquidas e um teor de contaminantes sólidos. Em regra, o gás é queimado para gerar energia aquecedora do próprio processo de pirólise, enquanto o óleo resultante tem usos diversos, inclusive como matéria-prima para a petroquímica fabricar monômeros a seguir submetidos à polimerização. A LyondellBasell trombeteia que sua tecnologia MoreTec escapa dessa vala comum porque seus catalisadores possibilitam o emprego do gás e do óleo de pirólise como insumos para a produção de resinas virgens de alto desempenho, além de reduzir temperaturas de reações e a emissão de gases estufa no seu patenteado processamento.

No momento, a LyondellBasell comprova a eficácia de MoReTec numa planta piloto integrada a seu centro de P&D em Ferrara, Itália. Mas, conforme repassa o site Plastics Recycling Update, já está de pé o plano de erguer uma unidade de 50.000 t/a adepta dessa tecnologia na Alemanha, para partir em 2025.

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