Ineos briga por complexo na Justiça

ONGs contestam permissão do governo belga para construção do Project One
Project One: sobrevida a ser decidida em contenda judicial entre Ineos e ONGs.
Project One: sobrevida a ser decidida em contenda judicial entre Ineos e ONGs.

Um complexo petroquímico centrado num cracker para extrair do etano 1.450 milhão de t/a de eteno. Orçado na faixa de € 7 bilhões e de construção já iniciada em Antuérpia, na Bélgica, o empreendimento foi batizado como Project One por seu criador, o grupo Ineos, mas enfrenta um parto a fórceps sem anestesia para vir à luz. Exposta em reportagem no diário londrino The Guardian, a sofrência decorre da aversão ambientalista à obra, manifestada pelo grupo de ONGs Client Earth ao reivindicar em 21 de fevereiro o aborto do empreendimento na Justiça belga. Não foi primeira vez, conta o jornal, pois no verão europeu de 2023 os mesmos ativistas tentaram obstruir as obras com intervenção legal, mas saíram frustrados com a liberação dada então pelo governo à continuidade da construção, desde que cumpridos determinados ajustes.

Logo após essa luz verde, Jim Ratcliffe, CEO da Ineos, comentou na mídia que, não fosse o respaldo do governo belga surdo à balbúrdia ecoxiita, teria sustado de imediato o Project One. “Hoje em dia, a burocracia e legislação da Europa são sufocantes; complicam demais a construção de qualquer coisa e é assim que acontece o absurdo de se tentar barrar com ação a montagem de um complexo que já consumiu € 4 bilhões”, esbravejou o dirigente para o The Guardian.

Apesar da liberação da obra conseguida pela Ineos na primeira contenda legal, Tatiana Luján, militante do grupo Client Earth, reiterou ao The Guardian que a luta continua. “Plásticos são uma questão ambiental, humana e climática e permitir o que resultaria na maior planta europeia de plásticos significa avançar para o que seria não apenas um desastre local, mas uma afronta global”. Tatiana acentuou ainda que seu grupo voltou a questionar a permissão da obra dada para a Ineos seguir adiante, porque os ajustes exigidos para isso constituem firulas cosméticas, sem atenuar o impacto do empreendimento. “O Project One é altamente destrutivo e desnecessário e as autoridades já falharam da primeira vez em reconhecer as repercussões tóxicas dele”, ela comentou na reportagem do jornal. “Não temos então escolha senão voltar a recorrer à Corte”.

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