EUA: Shell ergue primeiro complexo petroquímico da região de Appalachia
Dez anos depois de o estado da Pensilvânia liberar incentivo fiscal de US$ 1,65 bilhão para o projeto, a Shell confirma a partida até dezembro próximo do primeiro complexo petroquímico erguido num reduto de ferro e carvão nos EUA – a região de Appalachia, na costa leste dos país, entre o sul do estado de Nova York e o norte do Alabama e Geórgia.
Implantado às margens do rio Ohio e orçado entre US$ 6 bilhões e US$ 10 bilhões, o complexo da Shell engloba três plantas de polietilenos (PEAD e PEBDL) totalizando 1.6 milhão de t/a e alimentadas por um cracker de etano resultante do abundante gás natural proveniente da intensa atividade local de fracionamento hidráulico de jazidas de xisto.
Segundo foi alegado, o hiato de 10 anos entre a concessão da primeira benesse fiscal e a construção do empreendimento se deve à instabilidade dos preços do petróleo (fator aliás em pleno vigor no cenário global atual) e declínio da demanda por combustíveis de origem fóssil, situação que, no passado recente, atraiu petroleiras como a Shell para investimentos a jusante da cadeia, em poliolefinas, na América do Norte, na garupa do gás natural mais barato do planeta.
O pacote de isenções fiscais dado ao complexo da Shell é o maior no gênero da história do estado da Pensilvânia. O prazo delimitado de 25 anos de renúncia do poder público à cobrança de diversos tributos equivale a um incentivo estimado em cerca de US$ 66 milhões anuais.
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