EUA promovem liquidação de polietileno

Efeito dominó das ampliações ainda em curso na produção dos EUA, ancorada no gás natural mais barato do planeta, o excedente norte-americano de polietileno (PE) enfrenta uma saia justíssima, deixa claro o analista Ben Lake no noticiário do portal Icis. Combinada com fatores como a guerra comercial EUA x China e o esfriamento da economia global, colapsando a demanda de PE, a obesa oferta da resina norte-americana tem levado seus fornecedores a  uma reação de desespero, como adjetiva o articulista: uma onda de cortes quase diários nos preços de todos os grades gerando situações esdrúxulas, a exemplo de em determinadas áreas geográficas, a resina metalocênica ser ofertada mais em conta que o tipo de baixa densidade (PEBD). Pior ainda, prossegue Lake, é a mudança no comportamento dos compradores, pois passaram a postergar suas aquisições na expectativa de deparar com descontos cada vez mais suculentos acenados pelas petroquímicas e seus distribuidores em pânico com a superoferta mastodôntica de PE dos EUA sem término previsto até segunda ordem e na garupa de preços diante dos quais produtores de regiões como a América do Sul não têm condições de concorrer, nota o analista.

Para ilustrar o perrengue, o portal Icis serve  à mesa os indicadores dos EUA para dois tipos de PE. No caso da resina de alta densidade (PEAD), eis a sequência da produção norte-americana: 6.661 milhões de toneladas em 2014; 7.026 milhões em 2015; 7.116 milhões em 2016; 7.314 milhões em 2017 e 8.206 milhões em 2018. Importações: 1.038 milhão de toneladas em 2014; 1.171 milhão em 2015; 1.250 milhão em 2016; 1.097 milhão em 2017 e 1.156 milhão em 2018. Exportações: 1.667 milhão de toneladas em 2014; 2.084 milhões em 2015; 2.357 milhões em 2016; 2.026 milhões em 2017 e 2.559 milhões em 2018. Em relação a polietileno linear de baixa densidade (PEBDL), o quadro pintado pelo Icis não é menos perturbador. Produção: 4.592 milhões de toneladas em 2014; 4.679 milhões em 2015; 4.685 milhões em 2016; 4.888 milhões em 2017 e 6.072 milhões em 2018. Importações: 1.604 milhão de toneladas em 2014; 1.608 milhão em 2015; 1.689 milhão em 2016; 1.835 milhão em 2017 e 1.866 milhão em 2018. Exportações:1.956 milhão de toneladas em 2014; 2.194 milhões em 2015; 2.172 milhões em 2016; 2.325 milhões em 2017 e 3.245 milhões de toneladas em 2018.

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