EUA: Bloomberg financia oposição pública a plantas petroquímicas

Com humor influenciado pelo mercado mundial azedado, ao sabor da política e economia nefastas e globalização fragmentada, uma facção de analistas sustenta que os investimentos em petroquímica e plásticos nos EUA terminaram.

Afinal, os números da oferta e demanda falam por si – e falam bem mal. Para engrossar esse caldo, toma vulto um movimento ambientalista para barrar a construção de mais dessas plantas tendo em vista a volta de dias melhores cuja chegada ninguém hoje ousa prever. O repúdio a futuras fábricas de termoplásticos nos EUA já é manifestado com vigor no andar de cima da vida pública, como ilustra a campanha de guerra aberta contra o setor descerrada em 21 de setembro pelo bilionário Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York e verde de carteirinha e carteirona.

De acordo com a agência noticiosa Reuters, Bloomberg está lançando um fundo de US$ 85 milhões para vetar a implantação de unidades petroquímicas, na mesma trilha por ele palmilhada em esforço de mais de 10 anos para fechar fábricas de carvão no país.

Sua campanha Beyond Petrochemicals visa turbinar a oposição a esses projetos, vistos como poluentes e já abraçados por comunidades na região de Appalachia e nos estados do Texas e Louisiana – neste último, por sinal, a mobilizada população do município  de St. James conseguiu, sem ajuda de Bloomberg, revogar em setembro na Justiça a permissão para a Formosa Plastics erguer ali complexo petroquímico orçado em US$ 9.4 bilhões, sob a justificativa aceita de configurar atentado à mudança climática e à saúde pública. “A campanha Beyond Petrochemicals vai respaldar mais vitórias de populações locais em contenciosos contra projetos desse setor e apoiar leis protetoras do bem estar das comunidades e que contribuam para reduzir as emissões dos gases do efeito estufa que alimentam a crise climática”, condensou Bloomberg.

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