Colômbia parte primeira recicladora química da América do Sul

Unidade da Esenttia gera óleo de pirólise visando PP para embalagens flexíveis de alimentos
Juan Diego Mejía: planta inaugurada inicia projeto avantajado de reciclagem avançada.
Juan Diego Mejía: planta inaugurada inicia projeto avantajado de reciclagem avançada.

A estreia da recicladora avançada da petroquímica colombiana Esenttia, apregoada como a primeira no gênero da América do Sul conjuga o mérito do apoio da sustentabilidade com o desafio de firmar-se economicamente com uma atuação de alcance regional, extrapolando a franzina envergadura do seu mercado interno de resinas virgens e para segundo uso. Sem abrir o o investimento e a tecnologia licenciada, a Esenttia, relata em 30 de outubro matéria no site Plastics Technology Mexico, ativou sua unidade de 500 t/mês para gerar, de plásticos pós-consumo impróprios para reciclagem mecânica, o insumo óleo de pirólise.

A planta foi construída no município de Barrancabermeja, departamento de Santander, ao norte da Colômbia, A cidade é considerada a capital colombiana do petróleo, por sediar a maior refinaria do país, aliás gerida pelo mesmo controlador da Esenttia, a petrolífera Ecopetrol.Amarrando-se as pontas o óleo de pirólise obtido da recicladora é encaminhado à refinaria nas imediações para a produção de propeno grau refinaria, monômero a seguir destinado à polimerização pela fábrica de 500.000 t/a de PP virgem da Esenttia, a única da resina no país, tal como a planta de 66.000 t/a de PEBD da empresa. Na etapa final, o grade de PP com pé na reciclagem química é utilizado pela Tagleef Industries, transformadora de filmes da poliolefina, para produzir emalagens de alimentos da marca Pepsico. Em paralelo a esta investida na reciclagem avançada, a Esenttia informa estar emcurso a construção de uma fábrica de reciclagem mecânica de plásticos pós-consumo em Tocancipá, departamento de Cundinamarca, na Cordilheira Oriental dos Andes.

Juan Diejo Mejía, presidente da Esenttia, reitera no artigo em Plastics Technology Mexico que a unidade recém-inaugurada marca o início de um projeto encorpado de reciclagem avançada. À parte o engajamento na economia circular, a estratégia para a nova planta implica a desafiadora busca de preços comerciais competitivos para o PP resultante da rota da pirólise diante do mundialmente hiperofertado e acessível contratipo virgem. É uma condição que exige escala para a reciclagem química da Esenttia não virar um nobre material de nicho. Isso requer da unidade, além de mais capacidade, um esquema de abastecimento de resíduos em vigort na América do Sul, dadas as limitações para alcançar volumes adequados de resíduos com base nas condições do mercado colombiano. Essa dependência além das fronteiras do país não é novidade no setor plástico local. Para rodar sua capacidade de PVC em Cartagena, por exemplo, a mexicana Orbia importa o monômero do bloco Nafta.

O fosso entre boas intenções e números racionais da reciclagem química também transparece dos indicadores sobre a Colômbia da entidade setorial Acoplásticos. Em 2021, por exemplo, o consumo de resinas commodities pelo país somou 1.485 milhões de toneladas, o que é menos do que a capacidade instalada apenas de PP virgem da Braskem, 1.850 milhão de t/a. No mais, a Colômbia importou em 2021 total de 941.000 toneladas de resinas. Nos dossiês da Açoplásticos, a capacidade instalada de termoplásticos do país evidencia unidades mirradas pelos padrões atuais de competitividade em petroquímica: PVC, 502.000 t/a (Colômbia é o maior exportador do vinil para o Brasil) ; PP, 500.000; PS, 110.000; PEBD, 66.000; PET, 60.000; poliéster insaturado, 65.000 e outras resinas, 62.000 t/a. Quanto ao consumo aparente da Colômbia de dois anos atrás, a Acoplásticos registra 170.000 t/a para PEBD;163.000 para PEBDL; 201.000 para PEAD; 310.000 para PP; 90.000 para PS; 230.000 para PVC; PET 204.000; poliéster insaturado, 22.000 toneladas e outras resinas, 95.000 t/a. A propósito, a Colômbia fez nome na cultura global como uma das pátrias do realismo fantástico na América Latina, um conceito artístico que insere acontecimentos mágicos em cenários da vida real.

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