A nova onda de crackers baixo carbono de eteno

8 projetos na Ásia e 2 na América do Norte transfigurarão a petroquímica a partir de 2026
Cracker de eteno: custos operacionais atuais não serão páreo para os das unidades baixo carbono.
Cracker de eteno: custos operacionais atuais não serão páreo para os das unidades baixo carbono.

Uma reviravolta está em andamento na petroquímica mundial, a cargo de maiorais do setor ansiosos por portar o quanto antes o crachá de baixo carbono no craqueamento de eteno, assinala o blogueiro John Richardson no portal da consultoria Icis. Em paralelo, determinados empreendedores já acalentam intenções de montar plantas de poliolefinas integradas a montante dessa revigorada cadeia (upstream) de escala, sustentabilidade e custo por tonelada nunca vistas. Richardson antevê que essas fábricas encurralarão as menos competitivas unidades menores e antigas, a exemplo das que predominam na Europa, hoje o segundo importador mundial de PP e o terceiro de PE, situa o analista do Icis. Aliás, a América Latina também aloja parcela robusta de plantas defasadas de PE e PP. No mais, como os processos alinhados com baixo carbono estabelecem trajeto em linha reta direto do petróleo a eteno e demais derivados, o valor do barril deverá influir bem mais do que pela métrica atual sobre a produção de petroquímicos, prevê o comentarista da Icis.

Já foi iniciada a contagem regressiva para a nova onda de unidades craqueadoras de eteno enquadradas como baixo carbono e imbatíveis em termos de eficiência em custos industriais. Richardson abre essa lista, por sinal fadada a engordar ainda mais o descomunal mega excedente global pendente em poliolefinas, com a partida de quatro crackers: em 2026: de 1 milhão de t/a da Basf na China; de 2.8 milhões de t/a da Golden Triangle (joint venture da CP Chem e Qatar Energy) nos EUA: de 1.5 milhão de t/a da Borouge nos Emirados Árabes Unidos e de 1.8 milhão de t/a da S-Oil (subsidiária da Saudi Aramco) na Coreia do Sul.

Para 2027, está marcada a entrada em funcionamento de três crackers na Ásia: o de 1.7 milhão de t/a da Amiral (joint venture da Saudi Aramco e Total Energies) na Arábia Saudita e, na China, partirão o cracker de 1.6 milhão de t/a da Shell com a chinesa CNOCC e o de 1.5 milhão de t/a de eteno da Saudi Aramco com grupo Norinco e a Paijin Xincheng.

O bloco final de futuros crackers baixo carbono reserva, para 2028, a partida de uma unidade de 1.5 milhão de t/a na China, erigida por Sabic e Fujian Petrochemical Industrial Group, e a de 2.1 milhão de t/a no Qatar, controlada pela Qatar Energy e CP Chem na joint venture Ras Laffan Petrochemicals. John Richardson fecha (por ora) o cordão de investimentos apalavrados com a estreia, em 2029, do cracker de 1.8 milhão de t/a de eteno a ser implantado pela Dow no Canadá.

Compartilhe esta notícia:

Deixe um comentário

Dacarto Compostos de PVC, Blendas, Masterbatches e Especialidades Poliolefínicas
A Karina Plásticos desenvolve constantemente novas tecnologias e produtos do segmento de Fibras Poliolefínicas
Interplast 2024
Cazoolo Braskem
Piramidal - Resinas PP, PE, ABS - Resinas Termoplásticas
Perfil Abiplast 2022
Grupo Activas