A ação corrosiva da recessão e a perda de confiança do consumidor diante de inflação tão preocupante quanto custos como os de energia e transporte dizimou, em 2023, o balanço das embalagens plásticas na Alemanha, terceira economia mundial. A devastação dos indicadores foi desnudada em relatório pela associação da indústria alemã de embalagens plásticas (Industrievereinigung Kunststoffverpackungen /IK), como ilustra a produção geral de 3.8 milhões de toneladas ou 10% abaixo do saldo de 2022 e vendas da ordem de € 16.8 bilhões, cifra 7% inferior ao montante aferido pela IK um ano antes, registra matéria no site Sustainable Plastics.
Sacos, sacolas e laminados flexíveis para snacks amargaram o pior recuo na produção alemã de embalagens plásticas. O volume acumulado até dezembro último pairou em 395.000 toneladas ou 14% atrás do registrado em 2022. Já a produção de filmes atingiu em 2023 a marca de 1.412 milhão de toneladas ou 12,4% inferior ao resultado anterior. Tambores, contêineres e baldes emplacaram produção de 231.000 toneladas, quantidade 12.2% aquém do total computado em 2022. Por seu turno, a produção alemã de copos, potes, bandejas e paletes plásticos somou 706.000 toneladas em 2023 ou 8,5% a menos que o balanço precedente. Os segmentos menos esfolados pelo consumo em recesso foram, pela lupa da IK, garrafas PET e garrafas/frascos de outras resinas, com respectivas quedas de 3,7% e 3,8% na produção. No tocante à receita, o relatório da associação distingue as vendas de filmes em 2023, da ordem de € 5.620 milhões no exercício passado ou 14,4% abaixo da quantia comercializada em 2022. O nicho menos avariado foi o de tampas, com vendas de € 1.630 milhão no último período ou 0,4% abaixo do resultado antecessor.
