PET: grupo Alfa planeja sua separação da Alpek Polyester

Guinada societária impulsionada por resultados frustrantes
Alpek Polyester: plano envolve renomear a empresa e abrir seu capital.
Alpek Polyester: plano envolve renomear a empresa e abrir seu capital.

Bússola do mercado mundial e preços de PET, a Alpek Polyester caminha para ser apartada da composição societária (spin off) do conglomerado petroquímico mexicano Alfa, detentor de 82% de participação no controle dessa sua subsidiária, informam a agência Reuters e o site Polyolefins Consulting. As justificativas para a cisão são os frustrantes resultados financeiros no terceiro trimestre de 2023 mostrados pela Alpek e a indústria alimentícia Sigma, outra controlada do Alfa aventada para spin off, quando as duas empresas apresentarem balanços adequados. Segundo o conglomerado controlador revelou em coletiva com analistas de investimentos sobre o penúltimo trimestre do ano passado, a estratégia é transfigurar a Alpek em nova empresa de capital aberto, tal como o Alfa procedeu com a companhia de telecom Axtel e a indústria de autopeças Nemak. No Brasil, a Alpek Poliéster opera em Pernambuco capacidade de 450.000 t/a de PET e 700.000 de ácido tereftálico purificado (PTA), matéria-prima da resina estirênica. Dados cruzados pelo Alfa apontam para declínio de 1/3 no comparativo entre a receita da Alpek no terceiro trimestre passado e o mesmo período em 2022 e resultados mais de 60% inferiores sob a métrica anual. Eduardo Acalante, COF do Alfa, declarou no evento com analistas a intenção de baixar os débitos da Alfa e Sigma via spin off e deixou no ar que o grupo vai assuntar sobre a venda de ativos considerados não estratégicos para seu negócio. Além do seu poderio internacional na cadeia de PET (inclusos PET reciclado e chapas de PET), a Alpek é líder no mercado mexicano em PP e EPS.

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