Fissurada em correr para o abraço de consumidores e legisladores, a indústria plástica mundial sua a camisa para incrementar a presença de reciclados pós-consumo em aplicações afinadas para aplacar a ziquizira climática. Tanto ecoalvoroço destranca oportunidades inéditas para materiais auxiliares, tendo à frente masters e aditivos, uma vez que podem amparar a reciclagem em todas as suas facetas – desde retardar a decomposição do polímero redivivo a equiparar sua qualidade à resina virgem. Há quem encare essa frente ampla com ceticismo no Brasil mal das pernas de hoje, vendo nela mais greenwashing que diamante bruto. É uma corrente de opinião a cada dia mais oposta aos rumos do setor plástico global, adepto da máxima onde há fumaça há fogo e do conceito da “nova novidade” sacado pelo escritor Michael Lewis. “É uma ideia pronta para ser levada a sério pelo mercado, precisando apenas de um empurrão para cair na aceitação geral e, a partir daí, mudar o mundo”.
O aumento de plástico reciclado pós-consumo (PCR) em projetos de empresas múltis, seja por coextrusão ou mistura com resina prime, vem se firmando na praça, atesta Carlos Assumpção, gerente técnico da componedora Cromaster. “É uma tendência que torna a qualificação técnica e origem do PCR condições-chave para viabilizar sua utilização e teores crescentes”, ele considera. A propósito, insere, sua empresa vem formulando, a pedido de recicladores, concentrados de cores e aditivos tendo como veículo o PCR por eles fornecido. “Em termos de coloração, comparecemos com formulações desprovidas de pigmentos contendo metais pesados”, ele assinala destacando do portfólio concentrados pretos 100% base PCR. No âmbito dos aditivos, Assumpção cita a disponibilidade de concentrados aboletando agentes como compatibilizantes, branqueadores, promotores de aroma, modificadores do índice de fluidez, antioxidantes e dessecantes. No embalo, ele chama a atenção para a recente investida da Cromaster no aumento da incidência de carga mineral em concentrados, até 75%, com o sustentável efeito de reduzir a participação da resina nas composições.
Projetos com pé no chão
O culto do mercado à sustentabilidade também ressoa no coditiano da Termocolor. Além de bater o ponto com a oferta de masters alojando os aditivos inerentes a reciclados ou agregando fibras naturais, pelo lado do apelo das fontes renováveis, a componedora investiu na montagem de uma célula em sua infra de P&D. “Ela busca insumos para conciliar especificações técnicas e viabilidade econômica em projetos que envolvam PCR”, sumariza o diretor comercial Wagner Catrasta.
Os pedidos de grandes clientes para prover alternativas de cor para PCR também entraram para a rotina da componedora. “Trata-se de um trabalho bem complexo de configurar a cor e recuperar as características técnicas, de modo a tornar o material um reciclado premium”, expõe o diretor. Em outra frente de ação, ele revela que a empresa arrebanhou parceiros nas áreas de biopolímeros e nanotecnologia para brindar PCR com proteção antiviral e aditivos para reduzir a incidência de resíduos plásticos no meio ambiente.
Aditivos do bem
Com ecotroféus no show room, a exemplo do concentrado rc-Black, pigmentado com negro de fumo obtido de pneus inservíveis, a Cromex vem se embrenhando pelas soluções sustentáveis. “Lançamos em abril a série de aditivos Act Green® para facilitar o processamento e melhorar a qualidade final de poliolefinas, PET e estirênicos pós-consumo reciclados”, ilustra o coordenador de tecnologia de produto Giovanni Dias. Os mesmos materiais recuperados, aliás, também já são usados pela empresa como veículos para concentrados coloridos.
Os lançamentos prosseguem com concentrados isentos de negro de fumo para facilitar a triagem por infravermelho próximo (NIR) de resíduos pretos antes da reciclagem, assinala Dias. No mais, ele indica, a Cromex possui um time completo de aditivos facilitadores da recuperação de rejeitos plásticos e, entre os auxiliares para empinar a qualidade do PCR, o executivo distingue o extensor de cadeia para aumentar a viscosidade de PET e a série de concentrados com aditivos da parceira Basf, melhoradores dos atributos mecânicos e reológicos das resinas para segundo uso.
Biosacadas
No cardápio da componedora Karina, as bolas da vez em aditivos fincados na reciclagem são dois masters dessecantes, um deles preto, tendo como veículo polietileno de baixa densidade (PEBD). “Auxiliam na absorção de umidade de PCR, contribuindo para sua plastificação”, resume o gerente de vendas Edson Penido. “Tendo o mesmo polímero como veículo, introduzimos concentrados aromatizantes, antiodor e o tipo preto 4.800 para atuar na seleção por sensor NIR na separação da sucata plástica pré-reciclagem.
A Karina também pegou a onda verde ao criar as soluções da série Eko. Entre elas, Penido enaltece dois masters preto base PEBD oriundo de aparas da própria componedora, concentrados hoje enraizados em aplicações como tingimento, lonas, sacos de lixo e injetados. “Na linha de bioplásticos”, completa o gerente comercial,” constam lançamentos base fontes renováveis como as especialidades Karinbio tipos 1 e E”.
Nordeste na mira
Bioplásticos também hipnotizam a Brilhant Master. “Oferecemos desde o ano passado a linha Bio, um compósito à base de matéria-prima biodegradável, resinas recicladas e agroresíduo”, conta Deivison Nascimento, engenheiro químico responsável pelo controle de qualidade e P&D da componedora gaúcha. “Com ótimas propriedades físicas, o material se adequa a artefatos como solados, materiais de construção e componentes para o setor moveleiro, além de ter motivado o desenvolvimento do concentrado de cores Biomaster”.
Nascimento assinala que sua empresa atua há três anos com masters de cores para PCR. Em aditivos, seu mostruário aloja os auxiliares de praxe para azeitar a reciclagem. “As vendas desses agentes subiram 38% em 2021”, ele distingue. “Nosso principal mercado é o Sul/Sudeste, mas já temos produtos em homologação no Nordeste”.
Óleo de cozinha
Além da pressão sem folga dos brand owners (companhias donas de marcas de bens de consumo) para inocular sustentabilidade em suas embalagens plásticos, a abertura de caminhos no Brasil para a subida do status e qualidade do PCR deve muito aos avanços desembarcados por global players em masters e aditivos. Em dos mais ativos nesse sentido é a LyondellBasell. “O mercado interno está se familiarizando com nossa linha de concentrados de cores CirculenRecover, produzida na Europa e EUA a partir de aparas e resíduos pós-consumo”, ilustra Roberto Castilho, diretor comercial para masters, resinas especiais e especialidades em pó na América do Sul. Entre as aplicações em vista, ele destaca tampas,fechos e recipientes rígidos fora do escopo de alimentos e produtos higiênicos. “Em flexíveis, estes dois mercados são cobertos pelos materiais CirculenRevive, série produzida a partir de reciclagem molecular com possibilidade de uso na manufatura de cores e tendo como base resinas sustentáveis”, ele indica. “Vale o mesmo para as especialidades poliolefínicas Circulen Renew, masters de qualidade equiparável ao polímero virgem e formuladas com matérias-primas de base renovável, como óleo de cozinha usado”.
No flanco dos masters de aditivos de íris verde, Castilho se aferra aos masterbatches Polybatch NIR, atuantes na identificação por infravermelho próximo de resíduos plásticos pretos, a seguir removidos como elementos prejudiciais à reciclagem mecânica. “São concentrados que possibilitam a classificação de plásticos pretos por tipo de polímero no fluxo de reciclagem de rejeitos mistos, de cores naturais ou claras”, assinala. “Essa separação melhora a qualidade e valoriza o reciclado e garante oportunidades de reúso, evitando assim sua incineração ou despejo em aterros”.
Ciente dos percalços e peculiaridades da realidade brasileira, Castilho comenta que, no geral, as especialidades de sua empresa requerem um investimento maior para tornar sustentáveis os produtos nos quais participam, uma condição que levará a uma seleção dos mercados locais capazes de absorver esse ônus. Mas esse raciocínio não corre em linha reta. “Por exemplo, o master Polybatch BAR, por sinal ainda em desenvolvimento, proporciona maior barreira ao oxigênio e vapor d’água a estruturas monomaterial, uma solução que simplifica a reciclagem e reduz os custos da embalagem”.
Banho de loja
Marcelo Ferreira, diretor comercial para a América do Sul da componedora norte-americana Avient, confirma que sua planta no Brasil vem sendo cada vez mais procurada por recicladores e petroquímicas atrás de vias para valorizar seu PCR. “Buscam soluções em cores e aditivos de olho em aplicações como embalagens e eletrodomésticos”, ele exemplifica. “Neste primeiro momento, podemos considerar a demanda por PCR como um movimento de nicho, mas, com o passar do tempo, ele terá de integrar-se à cadeia plástica sob o imperativo da circularidade que é para onde o mercado caminha”.
Na raia de PET, a resina mais reciclada, Ferreira chama a atenção para uma nova solução da Avient intitulada Smartheat RHC. “Visa ampliar o uso do PCR, estendendo sua vida útil ao longo dos sucessivos ciclos de reciclagem”, esclarece o dirigente. “Ou seja, permite que o poliéster seja reciclado mais vezes com menor impacto nas propriedades ópticas, redução de peso, aumento das características mecânicas e economia energética de até 30% no sopro de embalagens como a garrafa de água mineral”. O desenvolvimento da Avient também conta com soluções para corrigir cores translúcidas e que não degradam nos ciclos térmicos seguintes. “Contribuem para preservar a aparência do polímero nos ciclos posteriores de reciclagem”.
A caixa de ferramentas da Avient para zelar pela excelência do PCR é um capítulo à parte, mérito de especialidades sustentáveis do quilate de Rejoin PCR, master com poliolefinas recicladas como veículo, e do combo de antioxidante e compatibilizante Cesa Nox. “Rejoin é a solução em cores para demandas 100% com PCR (poliolefinas) e onde toda a resina utilizada é PCR”, esclarece Ferreira. “Por sua vez, os aditivos Cesa Nox focam a melhoria de propriedades do PCR como as ópticas, sendo customizados pelos critérios da resina, processo e peça final”.
No rastro das inovações tiradas do forno da Avient, Ferreira ressalta para produtos à base de PCR a linha de aditivos Hiformer. “Melhoram a aparência e atributos físicos, aprimoram o rendimento do processo – tanto nos volumes de produção como na redução de defeitos e aparas – e podem ser combinados com cores”, conclui o diretor.
Visual virginal
Requintes do tingimento de PCR piscam no radar de outro pilar dos EUA em especialidades com plantas no Brasil, a Ampacet. “Nossa tecnologia COLOR TUNE garante a performance do PCR no processo de transformação e sofistica o visual proporcionado em patamar similar ao das resinas virgens, atendendo as exigências para embalagens delimitadas por mercados como cosméticos e produtos de cuidados pessoais”, enaltece Renata Rodrigues, gerente geral de contas. “A coloração obtida foi excelente mesmo em frascos soprados e tampas injetadas com até 100% de PCR”.
Quanto mais estável for a base de tingimento, condiciona Renata, maior a regularidade da moldagem por injeção ou sopro. Razão de sobra para a Ampacet comparecer com a linha PCR Equal em apoio aos componedores usuários de resina recuperada. “Equaliza a coloração de um lote de PCR obtido de um suprimento de resíduos com maior variação de cores”, ela explica. “Desse modo, o transformador pode contar com o recebimento de PCR dentro de um espectro aceitável de cor para a incorporação do masterbatch final”. A propósito, emenda a gerente, a Ampacet está lançando uma série de masters com PCR como resina veículo em cerca de 20 cores.
Na marquise dos masters de aditivos, uma bola da vez para anabolizar PCR atende por MeltFlow+. “Foi desenvolvido em resposta à grande procura por PP pós-consumo reciclado e de índice de fluidez adequado à injeção”, justifica Eliton da Silva, gerente de negócios estratégicos/flexível para a América Latina. “A alta disponibilidade desse material com o baixo índice de fluidez característico da extrusão sempre dificultaram seu reúso, um entrave sanável pela adição de pequenas dosagens de MeltFlow+”. O desfile de soluções sustentáveis da Ampacet também é estrelado por agentes como o compatibilizante ReVive 311A, acenado por Silva para filmes multimaterial com barreira e o master de aditivo BlueEdge 226. “Aumenta o brilho e reduz os géis e o amarelamento do reciclado dirigido a shrink, sacos e sacolas”. O especialista arremata os ases tirados da manga com os agentes Easyfficient. “Permitem a transformadores completar as complexas cavidades dos moldes de injetoras com materiais pós-consumo, além de reduzirem de forma drástica problemas de tensões causadores de falhas como empenamento”, ele assinala. “Na extrusão, este aditivo enseja o uso de teores maiores de PCR na composição de produtos sem golpear a produtividade e com baixo impacto nas propriedades mecânicas”.
Cultivo oxibioprotegido
A inglesa Symphony define como masterbatch de aditivo seu material d2w, por sinal líder disparado na categoria das soluções oxibiodegradáveis para plásticos de uso único no país. Eduardo Van Roost, diretor da Res Brasil, representante da Symphony, apalpa com prudência a hipótese de servir à praça d2w em soluções tendo PCR como veículo ou que aliem cores ao bioaditivo. “É possível o uso de PCR ou bioplástico como hospedeiro das substâncias contidas no d2w para acentuar o cunho sustentável desse tipo de formulação”, ele pondera. “Mas sua taxa de aditivação é tão baixa que o uso dos dois polímeros citados como opções de veículo faz pouca diferença”. Quanto ao combo pigmentação/oxibiodegradadação, o agente comenta que a Symphony já produziu masters de cor com d2w mas desistiu desse intento por perceber que sua aplicação sem colorantes é muito mais simples e ampla.
Van Roost pressente luz literalmente verde para d2w em filmes para estufas e recobrimento de solo semeado com hortifrútis. “Isso já ocorre em outros países onde filmes assim aditivados cumprem a função do plantio á colheita, biodegradando-se depois”. Em alguns casos, assinala, d2w é incorporado a um master preto de PE. “Testes de campo desses filmes estão em andamento no Brasil”.
Concilia e valoriza
Na sala vip dos aditivos para PCR, a ExxonMobil forma, com os polímeros Vistamaxx, opinião em compatibilizantes de rejeitos de PP e PE pós-consumo para reciclagem mecânica. “Vistamaxx pode ajustar o fluxo e resistência ao impacto dos resíduos numa única etapa, dispensando o uso de peróxidos e sem afetar o desempenho mecânico, podendo até melhorá-lo”, sintetiza Laura Martinelli, responsável pelo desenvolvimento de aplicações clientes na América do Sul da unidade PP, Vistamaxx e adesivos. A propósito, ela insere, a versatilidade desse compatibilizante animou a ExxonMobil a lançar versões para uso em masterbatches. Além dos predicados referidos acima, Laura destaca nesses avanços a maior capacidade de dispersar pigmentos e cargas.
A ExxonMobil promoveu no Brasil estudos recentes com aparas e resíduos pós-consumo para demonstrar a clientes como os benefícios gerados pela adição de Vistamaxx agregam valor aos clientes. Na mesma trilha, aliás, Laura divulga a parceria firmada coma a componedora Summa Polímeros da qual resultou um composto premium de conteúdo reciclado. “Conta na formulação com Vistamaxx 8880 e visa a injeção de tampas com ganhos de produtividade e redução do ciclo”, esclarece a especialista, adiantando sucinta a chegada em breve de outro grade do compatibilizante para adoçar a performance dos recicladores.
Secagem encurtada
A alemã Evonik estende o tapete a PCR com aditivos de classe mundial, entre eles o grade TEGO® Surten W 111, apontam Gabriel Mattos e Jéssica Moço, respectivamente executivo de contas e consultora técnica para a linha de negócios Interface & Performance para a América do Sul. “Ele auxilia na remoção de tintas e etiquetas na lavagem dos resíduos durante a fase inicial da reciclagem, deixando-os menos contaminados quando passam à etapa da peletização”, salientam os especialistas.
O time de craques em aditivação da Evonik também inclui TEGO® Sorb, aplicado na peletização da resina após sua reciclagem, na forma de participante da formulação de compostos e masters. “Provoca uma reação entre moléculas de mau odor, a exemplo de enxofre, ácidos graxos, aminas e amidas”, assinalam Gabriel e Jéssica. “A pestilência é assim anulada sem possibilidade de tornar a ser percebida no final da cadeia produtiva”. No arremate, a dupla de especialistas acena para PCR com as soluções da série TEGO®, entre eles espumantes, drenantes e aditivos redutores da tensão superficial da água, encurtando a etapa de secagem dos resíduos.
Contaminantes anulados
A Basf agrupou todas as suas criações para aplainar a reciclagem de plásticos sob o guarda-chuva da marca B-Cycle. “Constam de soluções para superar empecilhos no processo, como a incidência de contaminantes e degradação térmica e mecânica”, exemplifica Bruno Belanga Granja, gerente de vendas e líder do portfólio B-Cycle na América do Sul. Além do escrete de aditivos específicos para cada etapa da reciclagem mecânica, desde a separação da sucata, limpeza e remoção de mau cheiro até a secagem e granulação da resina para segundo uso, o mostruário B-Cycle aloja um equipamento portátil para aprimorar a triagem do refugo pós-consumo, ponto a favor da pureza do reciclado final. “Opera com sistema de espectrocospia infravermelho próximo (NIR), viabilizando a identificação de mais de 15 resinas diferentes e a leitura das proporções dos ingredientes de blends”, descreve o executivo.
Os aditivos da série IrgaCycle™ são o ponto alto do catálogo B-Cycle para estabilizar a extrusão e peletização do PCR lapidando seu desempenho termomecânico. A relação abre com o tipo PS 030 G, talhado para prover estabilidade térmica de longo prazo em aplicações rígidas de reciclados de PEAD e PP. “O aditivo preserva o índice de fluidez e possibilita aumento do teor do reciclado no produto transformado”.
Belanga recomenda o aditivo IrgaCycle™ PS 031 G para processamento e prolongada estabilidade térmica de PEBD, PEBDL e PP reciclados para reúso em flexíveis. “Reduz em até 70% a formação de géis com consequente ganho de propriedades mecânicas e manutenção do índice de fluidez, além de incrementar a produtividade na extrusão por diminuir a necessidade de paradas para limpeza da máquina”. De volta ao terreno das aplicações rígidas, o gerente ressalta os préstimos do grade IrgaCycle™ PS 032 G por estabilizar o processo, encompridar a proteção térmica e ser contra contaminantes para PP reciclado e misturas de poliolefinas contendo impurezas ácidas em aplicações como caixas de bateria automotiva.
A garantia de longa estabilidade térmica e regularidade no índice de fluidez também cintila no currículo dos aditivos IrgaCycle™ UV 033D e XT 034 DD, enfileira Belanga. O primeiro, ele informa, também assegura estabilidade a intempéries e excelência ao processar blends de poliolefinas recicladas dirigidas a produtos com exposição à luz. Já o tipo XT 0 34 DD se distingue por anular a ação de resíduos contaminantes como os de pinturas, negro de fumo e cargas surgidos no primeiro uso de poliolefinas. “Dispõe de compatibilizante que neutraliza os efeitos dessas impurezas e retém as propriedades mecânicas do PCR”, fecha o gerente da Basf.
Os veículos da hora para masterbatches
Hoje em dia, o elo entre masters e sustentabilidade brilha nos olhos de toda petroquímica que se preze, pois imersas até o talo na proteção ambiental. No Brasil, onde impera na produção de poliolefinas e no pioneirismo da verticalização na reciclagem, a Braskem já tira seus ases da manga. Um deles consta de uma resina de polietileno reciclado pós-consumo talhado para o uso como veículo de concentrados. “O grade DL085C prima pela versatilidade de aplicações e já foi homologado por alguns clientes e brand owners (companhias donas de marcas de bens de consumo)”, revela Tassiana Araújo Custódio, engenheira de aplicação e desenvolvimento de mercado para o segmento de masterbatches. “Ele apresenta emissão de carbono 27% inferior ao contratipo virgem de origem fóssil e se adequa à formulação de concentrados de cores e aditivos”. O tipo DL085C forma entre as poliolefinas fornecidas para a Braskem por parceiros recicladores, explica Tassiana. Está fora do mix da unidade para reciclagem mecânica de 14.000 t/a de polietileno e polipropileno rígidos pós-consumo, inaugurada em março pela empresa e a recuperadora de resíduos Valoren, nas dependências desta última em Indaiatuba (SP). No tocante aos materiais de fonte renovável. Tassiana acena aos componedores de masters com os préstimos, como veículo da solução, do grade SLH218, descrito como um bio polietileno linear copolímero base hexeno da família I’m Green®, obtido pela rota alcoolquímica e com diversidade de uso em flexíveis, a exemplo de stretch, com densidade de 0,916 g/cm³ e fluidez de 2.3 g/10 min.
Varredura do metabolismo da cor
Se o monitoramento de cores já é meticuloso no âmbito dos masterbatches com resinas virgens como veículo, tais cuidados são redobrados na varredura dos concentrados para pigmentar materiais reciclados. Nesses dois quadrados, a tecnologia da espectrofotometria da japonesa Konica Minolta excede as expectativas. como demonstra a geração de equipamentos sucessora da série aposentada no ano passado.
Sob os codinomes CM-36dG e CM-36dGV, os novos espectrofotômetros permitem ao operador selecionar componentes da formulação através de abertura na esfera integradora, ressalta Grelton Nascimento, gerente comercial técnico da Konica Minolta Sensing Americas Inc. “Ambos os modelos podem ser reposicionados e operados com a abertura voltada para a frente ou na parte superior, conferindo mais flexibilidade na medição de materiais”. As vantagens estendem-se, ele prossegue, por tópicos como a prolongada duração do conjunto de lâmpadas xenon e a maior abertura da câmara de transmitância para amostras de grandes dimensões. Nascimento também distingue nos dois modelos a disponiblidade de quatro aberturas de medição – LAV: Ø30.0/Ø25.4; LMAV: Ø20.0/Ø16.0: MAV: Ø11.0/Ø8.0; SAV: Ø7.0/Ø4.0 e SAV: Ø7.0/Ø4.0.
Os novos recursos também alinham câmara digital para posicionar e gravar a amostra medida; medidor de brilho a 60º, ensejando mensuramento simultâneo de brilho e cor no mesmo local e a incorporação opcional, durante a calibração do Sistema de Análise dos Comprimentos de Onda (WAA). “Examina cada comprimento de onda emitido pela lâmpada do espectrofotômero”, esclarece o especialista. “Se detectada variação, o WAA ajusta os parâmetros alterados”.
Os espectrofotômetros que ganham mercado este ano podem atuar junto com a denominada plataforma de software Colibri. “Munida de algoritmo de cálculo multifluxo, ela exerce controle simultâneo da cor, espessura, opacidade e carga do pigmento, gerando receitas em sólidos e masterbatches, já considerando a diluição utilizada pelo transformador”, expõe Nascimento. O banco de dados do sistema Colibri admite o uso de resinas diferentes no mesmo arquivo, além da inserção de plásticos reciclados como material auxiliar. “Os cálculos de formulação e correção levam em conta as características ópticas do reciclado e não das resinas virgens originalmente cadastradas”, assinala o gerente. Quanto ao cadastramento das resinas recicladas, Nascimento informa ser efetuado com cortes de preto e dióxido de titânio. “Isso dispensa o trabalhoso preparo com pigmentos coloridos”, conclui. •