O requinte mora na simplicidade

Nova série de PEBDL da ExxonMobil facilita produção de filmes top com o final mais feliz

Com cadeira cativa em alimentos e outros oásis imunes ao covid, inflação e instabilidade, caso do agronegócio e produtos de higiene e limpeza, as embalagens flexíveis singram desde 2020 no azul marinho em volume e receita no Brasil. Em reflexo automático, o consumo interno de polietilenos incendeia e, preenchendo lacunas da oferta doméstica, os lineares (PEBDL) formam na linha de frente dos tipos mais importados, com 318.746 toneladas internadas no ano passado e dominadas por volta de 70% pelas petroquímicas norte-americanas. Entre elas, a ExxonMobil, formadora mundial de preços e P&D em poliolefinas, tende a engrossar sua já robusta presença em flexíveis no país a cavaleiro do lançamento mundial da plataforma de PEBDL Exceed™S, movida por um chamariz que não nega fogo junto a convertedores: como produzir mais e melhor pelo caminho mais simples.
O mostruário de Exceed™S abre com três grades lineares base hexeno produzidos em plantas na costa do Golfo dos EUA, à sombra do gás natural mais barato do planeta. O pulo do gato da nova plataforma se aboleta numa trindade: rigidez, resistência mecânica e facilidade de extrusão superiores às séries precedentes de PEBDL premium da ExxonMobil: as linhas Enable™ e Exceed™, Exceed™S e Exceed™ XP. “Estes três pilares ensejam o desenvolvimento de filmes mais simples, reduzindo para os convertedores a dependência do acréscimo de materiais de alta densidade como polietileno (PEAD)”, salienta Ana Cristina Paiva, gerente regional de vendas de PE da ExxonMobil para a América Latina. “O uso de Exceed™S viabiliza a diminuição no blend do teor de PEAD, quando esta resina é empregada em favor da rigidez do filme, ou de polietileno de baixa densidade (PEBD) para facilitar o processamento” enfatiza a gerente. A referência a PEBD cala fundo no mercado brasileiro de flexíveis, pois a oferta interna do polímero perde há anos para a evolução da demanda.
“A plataforma Exceed™S resulta de uma nova tecnologia de catalisadores que contempla esses grades com maior rigidez sem comprometer a resistência mecânica da estrutura final”, atesta Ana Cristina. “Não há produtos na mesma escala de densidade que entreguem rigidez maior que Exceed™S. Devido a esta característica, ela aprofunda, os filmes produzidos com Exceed™ S primam por maior planicidade e melhor controle de espessura . “São propriedades vitais para simplificar a laminação ou coextrusão e a boa processabilidade dos três grades iniciais da plataforma também descomplicam a operação com maior estabilidade do balão e redução da pressão na extrusão”, ela esclarece. Nessa mesma pegada, análises da ExxonMobil pontuam que filmes mais planos e menos estiráveis lapidam sua excelência no tocante à impressão e embalamento. Em curvatura à sustentabilidade, a empresa aponta que as resinas Exceed™ S contribuem para a geração de soluções monomaterial (apenas PE), de reciclagem bem mais fácil que laminados multimaterial.
O cruzamento das virtudes dos grades Exceed S traduz uma oportunidade e tanto para o convertedor reduzir a complexidade da formulação e design dos filmes, além de polir o desempenho e eficiência da produção e durabilidade da embalagem frente ao que oferta a concorrência na praça. No âmbito da extrusão blow, os grades da nova plataforma também bombam por aliar alta produtividade mantendo baixa a pressão do fundido.
O tríptico de resinas Exceed™ inclui os seguintes tipos: 9272 ML, com densidade de 0,920 g/cm³ e índice de fluidez de 0,80 dg/min; 9243 ML, com 0, 926 g/cm³ e 0,85 dg/min e 9333ML, com 0,925 g/cm³ e 2.0 dg/min. O tipo 9272 ML marca, em particular, pela alta dureza e resistência à punctura, enquanto a resina 9243 ML se diferencia nos mesmos quesitos, adequando-se em especial a camadas dependentes de rigidez incrementadas em estruturas flexíveis. Já o grade 9333 ML alinha destaques como alta dureza e rigidez e extrusão blow e cast facilitada. Numa panorâmica, são referências das aplicações vocacionadas para Exceed™S laminados, coextrusados, filmes blow e cast e, em casos específicos, silo bolsa (9243 ML) e travesseiros de ar (9272 Ml e 9243 ML). Ana Cristina observa que a principal diferença entre os grades 9243 ML e 9272 ML S está na rigidez. “O primeiro possui a maior densidade da plataforma e por isso entrega maior rigidez, permitindo ao convertedor reduzir a necessidade de PEAD na formulação do filme”, ela expõe. “Se rigidez for a principal propriedade exigida, Exceed™9243 ML é a melhor escolha; se o foco for o balanço entre desempenho mecânico e rigidez o grade 9272 ML é o mais indicado”.
Mais de 75 convertedores no mundo, divulga a ExxonMobil, já assinam um bando acima de 100 aplicações de cunho diferenciado com Exceed™S. Indústrias do Brasil estão nesse bojo, confirma Ana Cristina. Entre as soluções de flexíveis gestadas por aqui, ela exemplifica com silo bolsa de melhor resistência à perfuração, impacto e rasgo; filmes multicamada para bag-in-box para envase a quente, de excepcional resistência ao flex cracking e ao bloqueio induzido pelo calor; pouches laminados monomaterial (PE) de maior rigidez e resistência à queda e, no âmbito das embalagens primárias, filmes coex para alimentos e líquidos menos propensos ao rompimento quando transportados ou descartados. Simples assim. •

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