Vida de rei

Na coleira de um mercado que não esfria, PE verde se esbalda em ração premium

Apesar de marca registrada nacional, a paixão pelo jogo do bicho não é suficiente nem dá pistas para explicar o amor e devoção da população brasileira aos animais domésticos, a ponto de tornar o país vice líder mundial em faturamento de artigos pet. Radares setoriais estimam em R$16,6 bi a receita aferida em 2014, com destaque para o segmento de rações, cuja produção superou a marca de 2,3 milhões toneladas no mesmo período, a maior parte destinada à nutrição de cães. Contra tudo o que está aí, a voz corrente no ramo é de que o mercado vira dezembro com crescimento acumulado da ordem de dois dígitos percentuais.
“Com base em dados setoriais e em nossos resultados, seguimos muito otimistas com o mercado de pet food”, conclui com alívio Fernando Jun Suzuki, responsável pelo departamento de produtos e trade marketing da PremieR pet, primeira grife no gênero a adotar polietileno (PE) derivado de etanol da cana-de-açúcar para compor as embalagens de sua linha premium Seleção Natural. Este mostruário, ele aprofunda, tem sete versões e opções de tamanho que variam de 1 kg a 12 kg.
Nenhum item do portfólio da PremieR pet apresentou recuo nas vendas no exercício atual e,  pelo jeito, as projeções a curto prazo permanecem firmes. Suzuki não acredita que a inflação na estratosfera ou o alto endividamento das famílias devam levar donos de pets a abandonar as rações por restos de comida. “Atuamos nos segmentos super premium e premium especial, atendendo a consumidores cada vez mais zelosos com a saúde de seus cães e gatos e cientes de que uma dieta de alta qualidade tem influência direta no bem estar e longevidade deles,” atesta o conhecedor. Desde a fundação há quase 20 anos, a PremieR pet atua de forma exclusiva nesse nicho top.
Ela já cogita, por sinal, estender PE verde ao embalamento de outras linhas. “Seu uso é coerente com nossos valores de sustentabilidade”, associa Suzuki. A empresa possui quatro fornecedores homologados que produzem embalagens de estrutura não detalhada, mas que asseguram vida de prateleira de 12 meses às rações. “No passado, alguns produtos tiveram validade  de 16 meses, porém optamos por uniformizar e ampliar ainda mais os níveis de segurança, oferecendo alimentos sempre frescos e de alta palatabilidade”,  ele encaixa.
A empresa também optou por utilizar embalagens pré-formadas na produção, em vez de incorporar o processo form-fill-seal. “Entendemos que a tecnologia de embalagens está nas mãos dos convertedores”, enfatiza Suzuki. No âmbito de sua infra industrial, ele prossegue, a automação do processo percorre desde a etapa do enchimento dos pacotes até a paletização. “Isso torna a operação mais ágil, padronizada e segura”.
Alexandre Elias, diretor de químicos renováveis da Braskem, não esmiuça o grade de PE utilizado nas embalagens da PremieR pet, mas diz que a formulação original foi otimizada para aumentar o conteúdo renovável aplicado no produto.  À parte a aura sustentável, ele fecha, a resina corresponde à performance aprimorando a selagem, resistência mecânica e barreira à umidade na estrutura multicamada.

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