Tentação não tem cura

As vendas esfriam pela primeira vez, mas não conseguem derreter o potencial do Brasil para sorvetes e suas embalagens
Gastronomia: sorvetes na garupa do refinamento de consumidores.

No jargão do tênis, 2015 quebrou o serviço do mercado brasileiro de sorvetes, jardim dos recipientes de polipropileno (PP) no produto industrial e de poliestireno expandido (EPS) na ala artesanal. De 2003 a 2014, o consumo brasileiro deste laticínio aumentou 90,5%, da faixa de 685 milhões a 1.305 bi de litros. A dor desse soco foi agravada pelo aumento da carga tributária no lombo dos fabricantes, deixa claro com desalento na entrevista a seguir Eduardo Weisberg, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Sorvetes (Abis). Como ocorre hoje em qualquer atividade, as perspectivas de mais declínios a curto prazo dependem, é lógico, se o governo e o PT não saírem da frente. Mas, apesar dos pesares, o aquecimento climático, aumentando os períodos acalorados durante o ano, o refinamento da cultura gourmet e a crescente aceitação do sorvete como alimento nutritivo e fora da categoria dos supérfluos continuam despertando a gula dos investidores no ramo.

Weisberg: inovação e controle de custos para encarar a crise.
Weisberg: inovação e controle de custos para encarar a crise.

PR – Em suas projeções iniciais, a Abis anunciava empate no consumo de sorvetes em 2015 com 2014. A entidade ainda não soltou os dados do ano passado, mas a previsão emplacou?
Weisberg – Até o terceiro trimestre de 2015, a previsão era de estabilidade no setor, em razão da alta registrada de 2,6% nos primeiros seis meses.Mas foi sendo observado um declínio nos meses posteriores, especialmente por conta do agravamento da crise econômica. Os últimos meses do ano passado representaram um forte abalo na indústria e no setor de sorvetes, com grande queda no volume de vendas, relacionada ao menor poder aquisitivo e à forte retração na economia. As altas temperaturas e o desenvolvimento de regiões ainda em processo de maturação, como Nordeste e Centro- Oeste, contribuíram para o aumento das vendas no início do ano passado. Mas o cenário mudou completamente e, ao longo de 2016, ele deve se repetir ou agravar, efeito da instabilidade econômica, potencializada pelo aumento do IPI, divulgado recentemente, algo inaceitável, decidido sem consulta ao setor e que deverá afetar toda a cadeia produtiva. Um reparo à sua pergunta: ao contrário do que se pensa, o sorvete não se enquadra na categoria de produtos supérfluos. No Brasil, a cultura está mudando cada vez mais e as pessoas estão vendo as propriedades nutritivas do sorvete. Além do mais, ele representa um valor baixo de sobremesa, caso de picolés e sorvetes soft, geralmente vendidos em casquinha.

PR – Apesar do aumento de R$ 2,7 bi no faturamento em relação a 2014, o setor cortou 15.000 postos de trabalho em 2015, conforme foi divulgado. Quais as justificativas para essas demissões?
Weisberg – O cenário mudou e a crise foi determinante para o fechamento de vagas em indústrias de todo o país, nos mais diversos setores. O agravamento da recessão, a queda observada nas vendas no fim do ano, o aumento absurdo nos preços – especialmente o de energia elétrica e combustíveis, de forte impacto nas indústrias e sorveterias – e o abalo na confiança de investidores e empresários fizeram com que houvesse ações para cortar custos. Remanejamento no quadro de funcionários, mudanças sustentáveis para conter os gastos na produção e outras medidas foram tomadas para lidar com este quadro.

PR – O setor de sorvetes abriga em torno de 8.000 empresas, das quais uma fatia de 10% cabe às indústrias e o restante às sorveterias. Como reparte as vendas de litros em 2015 entre esses dois segmentos?
Weisberg – A ABIS possui os dados do setor como um todo. Em 10 anos, até 2014, foi notado que surgiram cada vez mais sorveterias no país, decorrência da mudança cultural que reconhece o sabor e as propriedades nutritivas do alimento durante o ano todo.Também pesou na expansão o aumento gradual do poder aquisitivo aferido na década em questão. Em 2005, o consumo per capita era de 3,95 litros/ano, aumentando para 6,43 no último levantamento, em 2014. A produção, em consequência, aumentou de 726 milhões para 1,3 bilhão de litros no mesmo período. Os valores referentes a 2015 estão sendo consolidados para serem então divulgados.

PR – Quais as ações das indústrias e sorveterias artesanais para atenuar o peso da sazonalidade em suas vendas?
Weisberg – Inovação é a palavra-chave para quem quer se manter no mercado e lidar com a sazonalidade, especialmente no que diz respeito à adequação ao público-alvo, qualidade e preço. Esta inovação deve vir aliada a ações estratégicas de otimização dos custos.

PR – Como avalia o impacto da conjuntura recessiva sobre o consumo individual e sobre o consumo familiar de sorvetes? Quais as expectativas para este ano? Justificar. E mais: o momento é ou não favorável para as chamadas embalagens econômicas (quantidades maiores de sorvetes)?
Weisberg – A crise econômica decerto impacta o orçamento familiar e praticamente todas as indústrias estão sentindo isso. Para driblar esse cenário, é preciso inovar e trabalhar eficientemente com a gestão de custos. Hoje em dia, o preço é fator decisivo para o consumidor final. Dessa forma, sem abrir mão da qualidade, o fabricante deve apostar em opções mais econômicas que reflitam no valor do produto. Em 2016 pode haver um decréscimo ainda maior nas vendas, uma vez que as previsões para o cenário econômico não são boas, quadro potencializado com a decisão do aumento do IPI dos sorvetes, ônus que, provavelmente, será repassado ao consumidor. Isso porque a indústria já segurou grandes acréscimos nos custos em 2015, como o da energia elétrica. Uma decisão como aumentar o IPI, sem consulta prévia ao setor e em meio a uma crise, deve resultar em retração do consumo.

PR – Nos últimos anos, o Brasil (em especial, o Sudeste) tem presenciado uma proliferação de sorveterias artesanais, apontadas inclusive como um dos redutos preferidos para o empreendedorismo. Na Argentina, por exemplo, as sorveterias artesanais são muitas e encontram-se estabelecidas há décadas. Porque o Brasil largou atrasado na onda?
Weisberg – Na verdade, uma junção de fatores levou ao aumento de sorveterias de diversos tipos, inclusive as artesanais. O primeiro deles é a mudança cultural do brasileiro. Ele importou o gosto pelo sorvete e se destaca entre os principais consumidores do produto no mundo. Com isso, o mercado foi percebendo e acompanhando o aumento da demanda, trazendo inovações de outros países e criando também sabores exclusivos daqui, como os de frutas típicas nossas. Por último, a oportunidade de abrir um negócio próprio e a necessidade de gerar renda auxiliou neste processo.

PR – Quais as ações adotadas pelas indústrias para não ceder terreno para a concorrência artesanal?
Weisberg – Há espaço para as duas frentes: sorvetes artesanais e industrializados, cada um com suas características intrínsecas que atraem consumidores diversos, em especial a diferença no preço e a variedade. A propósito, no âmbito das regiões de menor poder aquisitivo, o Nordeste é um dos locais onde as empresas de sorvetes têm adotado práticas agressivas de preço e penetração que contribuíram, aliás, para o resultado positivo do setor no início de 2015.

 

Com a mão na massa

Sorveterias artesanais fazem a cabeça dos empreendedores

O consumo de sorvete industrializado verga na crise feito salgueiro na ventania, mas nas cubas do produto artesanal a carestia, desemprego e pessimismo não entram nem como flocos. “Sorvete artesanal é mercado premium e cresce na escora de um público informado e de maior poder aquisitivo”, rebate Leonardo Guedes, diretor da Stuppendo, sorveteria paulistana fundada por sua família. “Temos há 20 anos a loja matriz e uma franquia em atividade desde junho do ano passado. Mas devemos fechar 2016 com mais dois franqueados e há interessados em abrir lojas fora dos grandes centros de consumo, onde o poder de compra sustenta o negócio do sorvete artesanal”.

Guedes e Leila Pega: flexibilidade para criar sabores diferenciados da Stuppendo.
Guedes e Leila Pega: flexibilidade para criar sabores diferenciados da Stuppendo.

O clima do país, sua riqueza de ingredientes naturais e a expansão local de uma cultura gastronômica são os ímãs citados por Guedes para magnetizar uma multidão incessante de novos empreendedores em sorveterias artesanais, em particular no Sul/Sudeste. “Há 10 anos, o brasileiro consumia um litro de sorvete per capita e o produto era considerado supérfluo; hoje em dia, o índice está em seis litros e o sorvete é cada vez mais valorizado como um alimento de enorme potencial de mercado”, ele expõe. A demanda é saborosa a ponto de, ele ilustra inconformado, o governo ver em tanta cremosidade espaço para elevar, em fevereiro deste ano, o IPI no lombo da cadeia sorveteira, reajuste a vigorar a partir de maio próximo.

Em contraponto, assinala Guedes, impressiona a taxa de mortalidade de paraquedistas no ramo, caso do exército de finadas marcas e lojas voltadas a modismos como iogurtes ou paletas mexicanas. Em geral, comenta, são investidas tocadas por quem não fez o dever de casa. “Não basta comprar máquinas e passar três meses em cursos na Itália”, pondera Leila Pega, mãe de Leonardo, supervisora geral do negócio e, ao lado do filho Edu Guedes, criadora das receitas anotadas num caderno e responsáveis pelo status da Stuppendo como formadora de opinião em sorvete artesanal no Brasil. “É preciso pesquisar a fundo o mercado, zelar pela reposição de ingredientes e adequar o negócio à sazonalidade da demanda”, ela prescreve. Tomando a Stuppendo como referência, Leila conta seu esforço para equilibrar os ganhos com a alta do verão com a retração nos meses mais temperados. “Mas isso está mudando, pois, no passado, o verão respondia por 70-80% do movimento e hoje fica em 40%”. Leila e o filho atribuem essa queda ao aquecimento climático e à adesão aos poucos do brasileiro ao costume internacional de se tomar sorvete o ano inteiro, hábito arraigado inclusive na vizinha Argentina, aliás um país verbete em pequenas sorveterias artesanais.

EPS reina no sorvete artesanal

Potes da Knauf:  revestimento interno  de poliestireno.
Potes da Knauf: revestimento interno de poliestireno.

Na selfie de hoje, a demanda das sorveterias mobiliza perto de 8% do faturamento com embalagens de alimentação aferido pela Knauf Isopor, dínamo em poliestireno expandido (EPS) no Brasil. “Há 10 anos, essa participação não passava da média de 4%”, compara Priscila Sucadolnik, executiva de marketing da empresa.”Somos líderes nesse segmento de EPS”.
Priscila distingue as diferenças entre os conceitos de embalamento dos sorvetes industriais e artesanais. Os primeiros são, ela identifica, um recanto de polipropileno (PP), apesar de sua precária resistência a baixas temperaturas. “A indústria opera totalmente nas câmaras frias, de freezer para freezer, de modo que o sorvete começa de imediato a perder temperatura ao ser retirado do ponto de venda”, ela assinala. Já o fabricante artesanal, ela emenda, atua do transporte da sorveteria à residência do consumidor, condição em que a conservação térmica requerida é preenchida a contento por EPS. A propósito, Priscila salienta, além da diversidade de recipientes do seu mostruário para esse mercado, a exclusividade nacional da marca Knauf Isopor no fornecimento de potes cônicos de EPS com revestimento de filme de poliestireno de alto impacto no compartimento interno, comprado de fornecedor. “Seu uso é uma recomendação, pois o alimento não deve ficar em contato direto com EPS”, nota o diretor comercial Sidney Pegoraro.
A Termotécnica, outra referência em embalagens de EPS, negou entrevista. Já a Videolar-Innova, com estreia agendada para maio na produção do expandido, apalpa a competitividade do estirênico em sorvetes artesanais. “Potes de EPS apresentam alternativas estéticas para o design e vantagens quanto à eficiência térmica”, analisa Marcus Dal Pizzol, gerente de desenvolvimento e tecnologia da empresa. Mas há a considerar alguns aspectos práticos em termos de manuseio do conteúdo e, nesse sentido, encontra-se com frequência embalagens de EPS com revestimento interno de filmes”.

Franquia igual a recicladora
Leonardo Guedes zera a hipótese de a qualidade e fama construída em 20 anos levar a Stuppendo a transpor o umbral do sorvete artesanal para debutar na produção industrial. “Já fomos sondados mas não há a menor chance”, descarta. A mudança, deixa claro, quebraria as pernas e a vocação do seu negócio. “A industrialização implicaria a exigência da adição de químicos como conservantes, minando o apelo natural do sorvete artesanal”, explica. Conforme detalha, as receitas da Stuppendo marcam pelo uso obrigatório de frutas de época selecionadas, açúcar orgânico e água mineral Prata. “A mesma que tomo lá em casa”, ele acentua. Esse requinte, meticulosidade e a flexibilidade para testar e lançar sabores blinda o sorvete artesanal das garras das marcas industriais, deixa claro Leila. “O artesanal está para o industrial como comida feita na hora para o prato pronto congelado”, ela compara. As novidades que saem da fábrica no interior da loja da Stuppendo, em bairro nobre da zona sul paulistana com efetivo de 10 funcionários, ajudam na compreensão dessa diferença. Leila exemplifica com a introdução este ano do sorvete de iogurte grego com baunilha e com a chegada do sabor chocolate com tonka, semente de cumaru encontrada apenas na Amazônia e Venezuela.

Em média, calcula Leila, sua loja vende três toneladas de sorvete ao mês. “Os custos se pagam com metade desse volume”, indica. Por seu turno, Guedes projeta na média de três anos o retorno do capital inicial aplicado numa sorveteria artesanal. “Mas nosso atual franqueado obteve o investimento de volta em dois anos”, ele distingue. A propósito, o empresário orça entre R$ 400.000 e R$ 500.000 o aporte de recursos para uma franquia da Stuppendo abrir as portas. “Mas estamos criando um modelo mais acessível”, adianta conciso. À guisa de referência para o setor plástico, Rubens Girardi, dirigente da Recomplast (ver seção Sustentabilidade), situa em R$ 500.000 o aporte mínimo para se botar uma recicladora de pé. “Acabou essa história de que recuperar plástico é negócio de baixo investimento”, constata.

As embalagens andam longe dos gastos mais preocupantes da Stuppendo. “As maiores despesas ficam com a mão de obra e os impostos sobre serviços”, especifica Leila. A sorveteria utiliza recipientes de plástico rígido para atender encomendas de empresas, copinhos de papel apresentado como biodegradável e poliestireno expandido para caixas de porções maiores, de consumo familiar. “As embalagens respondem por 4% a 6% dos nossos custos”, ela situa. “Em copinhos, o papel foi escolhido porque o sorvete demora mais a aquecer que no plástico e, nas caixas, o ‘isopor’ (EPS) conserva melhor o produto em baixa temperatura que as outras opções”.

Sonho familiar

Juliana Severo: convites para virar franqueadora.
Juliana Severo: convites para virar franqueadora.

A Gelati Itália forma entre as sorveterias artesanais recém chegadas à praça. “Abrimos as portas em 7 de setembro de 2013”, especifica Juliana Severo, que largou carreira em publicidade pelo negócio próprio. “Somos descendentes de italianos, apaixonados por gelatos e em viagens constantes à Itália”, ela conta. O sonho familiar de abrir uma sorveteria tomou força a ponto de, após especializar-se em cursos na Itália, Juliana ter partido para sua empresa tendo seu pai em sociedade de partes iguais. “Mas quem toca a loja no dia a dia sou eu”. O empreendimento, ela nota, requereu muito de sua bagagem de marketing. “O projeto partiu do zero, desde a concepção da marca, produção logística e treino de funcionários até o preparo do ponto de venda”. A propósito, Juliana confirma sair bem mais em conta montar sorveteria própria do que estrear nas vestes de franqueada, um gasto por ela estimado na órbita de R$ 500.000, justo a cifra delimitada a quem investir numa franquia da Stuppendo. “Além do custo menor, preferi abrir minha loja por conveniências como não precisar pagar royalties, trabalhar com independência e garantir o atendimento personalizado”. Por sinal, mesmo com seu pouco tempo de vida, a Gelati Italia já rendeu a Juliana propostas para virar grife franqueadora. “O negócio tem apenas dois anos e meio e primeiro quero torná-lo 100% redondo”.
O capital aplicado numa sorveteria artesanal retorna em média ao longo de três anos, projeta Juliana. “A razão é o investimento em produtos importados e equipamentos trazidos da Itália para a fabricação, armazenamento e exposição”, aponta. No momento, a Gelati Italia produz cerca de 950 litros mensais de sorvete. “Preciso vender no mínimo 500 litros para cobrir as despesas”, calcula a empresária. A loja de Juliana fica num corredor comercial na zona norte paulistana, a rua dos Pinheiros. “Sentimos o peso da recessão ao vender menos, no período do almoço, para os funcionários de empresas vizinhas, pois muitas delas fizeram grandes cortes”, ela comenta. “Mas o movimento de moradores do bairro e dos frequentadores de fim de semana continua o mesmo”.

Juliana põe fé nos efeitos colaterais da disseminação da cultura gourmet no país. “O paladar do brasileiro tem refinado e daí a procura por sabores diferentes”. O sorvete artesanal sai bem nessa foto, ela argumenta, por conjugar em sua fabricação diária matérias-primas de qualidade e diversidade, como frutas nativas, a sabores que fazem o nome da Itália no ramo. “Produzimos assim gelatos como os de manga, açaí, cupuaçu, nocciola e pistache de Bronte”, ela exemplifica. “Nossos campeões de vendas são cheesecake com frutas vermelhas, fior di latte (leite com creme de leite, chocolate extra dark e limão siciliano”. Os dois últimos sabores são sem lactose, destaca Juliana, inclinada a aumentar a presença desse atributo em seu cardápio. “Tem crescido a procura por sorvetes desse tipo”, ela diz.

A Gelati Itália vende sorvetes em casquinhas, potes de papel e caixas de EPS. “As embalagens incidem em 8% a 12% dos nossos custos e preferi o EPS ao plástico rígido para as caixas por reter por mais tempo mais a temperatura do sorvete”.

Sorvetes: PS e PP são bons de copo.

Copo individual: chamarizes da transparência e resistência.
Copo individual: chamarizes da transparência e resistência.

Copos individuais de sorvetes são disputados por poliestireno (PS), polipropileno (PP) e, fora dos plásticos, por opções como papel cartonado. Na esfera das resinas, Marcus Dal Pizzol, gerente de desenvolvimento e tecnologia da Videolar-Innova, produtora do polímero estirênico, adota um tom contemporizador. “A conveniência de PP ou PS é condicionada pelo processo de produção da embalagem, tipo de manuseio e uso do produto final”, expõe. “Em copos injetados, considerando-se o parque instalado na transformação, grades de altíssima fluidez conferem a PP alguma vantagem”, considera o técnico. “Já PS se impõe na termoformagem pelos ganhos de produtividade e economia de energia”. Dal Pizzol salienta que, no modelo usado para iogurte, a termoformagem do pote de sorvete na linha de envase (form-fill) acena com conveniências como a redução do custo logístico, relacionado ao transporte e armazenamento de bobinas, na comparação com potes pré-formados. No plano geral das embalagens rígidas para sorvetes industriais, o executivo reconhece predomínio de recipientes injetados, “mais por estética que devido à performance mecânica”, afirma. Em prol da termoformagem, ele comenta que o investimento em máquinas e moldes e custos de processo ficam abaixo das exigências para injeção. “Além do mais, as características do processo e a alta rigidez de PS proporcionam ao transformador mais flexibilidade para reduzir espessuras”. Seja para injeção ou termoformagem, a Videolar-Innova assedia o acondicionamento de sorvetes com dois grades de PS- R940 D e R970 E- de alta performance mecânica, um tipos de alto impacto transparente – Clear HIPS R 350L – e outro semi transparente, sob codinome R 770E. Rival em estireno e PS da Videolar-Innova, a Unigel não deu entrevista.
Na trincheira da Braskem, Lucia Keiko Ino Cutrupi, executiva de engenharia e desenvolvimento de aplicações de PP, comenta que os copos individuais de sorvetes são, em regra, termoformados. “Perante PS, as principais vantagens de PP, como ilustram os potes de sundae de redes de fast food, são a possibilidade de trabalhar com transparência e a excelente resistência mecânica”. Para a termoformagem desses copos, Lucia saca do menu da Braskem dois homopollímeros – H605 e H 606 – e o copolímero CP 741. “São indicados para embalagens transparentes e de alta printabilidade”.

 

Um olé no picolé

Por que BOPP barbariza em filmes de palito

Picolés: queda de braço entre os custos e arrojos na embalagem.
Picolés: queda de braço entre os custos e arrojos na embalagem.

No pente fino da Associação Brasileira da Indústria de Sorvetes (Abis), o consumo de picolés pulou em torno de 45% em 11 anos. Alcançou a marca de 257 milhões de litros dois anos atrás, bons degraus acima do indicador de 141 milhões de litros nos idos de 2003. Apesar do soluço no balanço do ano passado, provocado pela recessão, o poder de reação do sorvete de palito, a categoria mais acessível desse laticínio, instiga as previsões de retomada traçadas no reduto da sua embalagem, os produtores de filmes biorientados de polipropileno (BOPP). “Nos últimos anos, a demanda dos picolés tem crescido sob impulso de novas marcas e seu fortalecimento no mercado e pelo fenômeno recente das paletas mexicanas por aqui”, percebe Aldo Mortara, gerente da área de inteligência de mercado da transformadora Vitopel. “Apesar do crescimento mais modesto, merecem destaque a participação dos invólucros pré-formados e selados a quente, contendo logomarca e/ou informação do sabor, para picolés artesanais ou de pequenas indústrias”.

Mortara põe fé na volta da demanda de picolés aos trilhos da expansão com base em fatores tipo diversificação da oferta, queda na informalidade e barateamento das máquinas horizontais de enchimento e selagem (flow pack horizontal). Pela sua estimativa, o sorvete de palito hoje abocanha de 5% a 7% da demanda brasileira de BOPP, projetada por ele em 135-140.000 toneladas em 2015, empate com 2014.
Há cerca de 20 anos, rememora Mortara, BOPP opaco ou perolizado botinava o laminado de papel e polietileno de picolés. “Mérito da alta opacidade, valorização do visual e o ajuste do filme ao picolé, devido à sua baixa densidade”, ele atribui. “Os envelopes pré-formados seguiram essa tendência”. Em picolés menos diferenciados, os de maior concorrência, continua a dar as cartas no filme opaco metalizado, impresso na face externa e vedado por termosselagem, afiança o porta-voz da Vitopel. “Nos produtos de cunho menos genérico, em especial com chocolate ou tipo bombom, a estrutura de embalagem reinante não é laminada.Trata-se de BOPP metalizado e impresso sobre metal, contemplado ao final do processo com verniz de acabamento e proteção”. Conforme detalha, dois laminados de BOPP prevalecem para versões mais seletas de picolés: o filme perolizado opaco interno com filme transparente impresso no verso e filme transparente metalizado interno com filme transparente impresso no verso. “O fechamento por termosselagem predomina em sorvetes de palito devido ao seu custo/benefício e à sua resistência a baixas temperaturas, evitando o custo adicional da selagem a frio (cold seal)”, assinala Mortara. Em sorvetes mais sensíveis, como picolés recobertos de chocolate o uso de estruturas de BOPP com selagem a frio procede, completa o executivo.

Blindagem contra odores
O mostruário de filmes da Vitopel preenche todas essas peculiaridades do embalamento de picolés. Na esfera do filme opaco perolizado, o campeão em volume de vendas para o segmento, Mortara esclarece que a película de sua empresa prima pelo equilíbrio entre o alto rendimento e a capacidade de proteção. “A solicitação mecânica da embalagem é bastante relevante, pois contém um alimento congelado e um palito exposto”, considera. “Por isso, a resistência física do filme e seu desempenho na selagem a quente são cruciais para manter a qualidade da embalagem até o ponto de venda”. Quanto aos picolés de perfil mais nobre, tipo bombom ou revestidos de chocolate, o gerente salienta os predicados da barreira anti odores externos proporcionada pelos filmes metalizados da Vitopel.

Mortara acha a a indústria de sorvetes de palito focada ao extremo nos custos da embalagem e pouco afeita a avaliação de ganhos de produtividade e apostas em conceitos arrojados de marketing. “Somos motivados pelo apoio dado a esses quesitos pelos fabricantes menores de picolés diferenciados”, coloca. Vem daí, deixa claro, o estímulo para a Vitopel se empenhar em adequar seus filmes às velocidades crescentes e tópicos como a hermeticidade do fechamento da embalagem. No tocante a novas tendências no visual, Mortara ressalta a introdução dos filmes transparentes no mercado brasileiro de sorvetes de palito, mérito da chegada das paletas mexicanas. “Remetem ao frescor dos sorvetes de frutas”.

Impulso das paletas
O filme transparente confere à embalagem monocamada das paletas mexicanas maior gramatura com menor micragem, observa Davide Botton, diretor superintendente da área comercial da Unigel, grupo controlador da produtora de BOPP Polo Films. A propósito, nos idos de 2000 as espessuras em vigor para invólucros de picolés variavam de 40 a 60 micra, “Hoje em dia oscilam de 27 a 47 micra, redução viabilizada por filmes de melhor planicidade, capazes de suportar as velocidades das linhas de empacotamento atuais”, completa Julian Gonzalez, diretor comercial da Polo Films.

Entre as tendências em campo, os dois diretores destacam a busca, pela indústria de sorvetes de palito, por filmes de maior rendimento e alta adesão no fechamento a frio. Gonzalez pinça, do mostruário da Polo, o filme 26TBPOHGS32 como seu carro-chefe para picolés. “Supera a concorrência na força de selagem e no brilho e efeito perolizado”, atesta o executivo. Em picolés premium, cremosos com cobertura de chocolate, a Polo sobressaai pela seleção de seu filme mate laminado com filme opaco ou metalizado por grifes do naipe da Diletto/Kopenhagen. Na esteira, Gonzalez enaltece o visual e printabilidade de seus filmes transparentes e, no seu portfólio de opacos, mate e metalizados, a proteção, maquinabilidade e o poder de evitar o chamado showthrought. “Tratam-se de marcas provenientes de contato da embalagem com a umidade ou gordura do sorvete embalado”, ele traduz.

Botton atribui aos sorvetes de palito em torno de  2% do consumo total de BOPP no país. “Nos últimos cinco anos, essa participação cresceu devido ao surgimento das paletas mexicanas no mercado”, justifica. Apesar desse empurrão, comenta Gonzalez, a indústria de picolés poderia crescer mais não fosse,além da recessão, a carga tributária e, ponto contestado pelos fabricantes, o enquadramento do produto na categoria de itens supérfluos. “A disputa com alternativas como a raspadinha e gelos flavorizados – vendidos na faixa de R$ 7 o pacote com 40 unidades – também influi para reduzir a velocidade da expansão da base de consumidores”, ele argumenta.

A partir de suas três linhas de BOPP em Manaus, a Videolar-Innova também transita por todas as frentes dos sorvetes de palito com filmes opacos e metalizados. Aos olhos de Luiz Alberto Absy, gerente comercial para filmes plásticos, picolés hoje absorvem de 2% a 4% do mercado nacional de BOPP, fatia creditada por ele ao apelo visual e à proteção conferida pela película biorientada ao congelado. Ele também percebe uma evolução na espessura dos invólucros, em queda livre há pelo menos 15 anos. “A maioria dos fabricantes de picolés hoje emprega embalagens de 25 a 40 micra”, situa Absy. “O grau de inviolabilidade e proteção do BOPP permitiram a segura diminuição da gramatura sem comprometimento das propriedades da embalagem. Uma revolução nesse nicho dos sorvetes”.

Braskem reforça time de grades para BOPP

DP 150 é o codinome experimental de uma resina para BOPP posta pela Braskem na reta final para ganhar a prateleira. “Ela se distingue por contemplar o filme com melhor performance mecânica, excelente planicidade (perfil de espessura) e redução da carga energética requerida na produção da película”, explica Francisco Carlos Ruiz, engenheiro de aplicação de PP do grupo petroquímico. “Esse grade mostra-se muito promissor para proporcionar redução de espessura, melhorias na rigidez e maquinabilidade e adequação às velocidades crescentes nas linhas de envase de alimentos, incluso o sorvete de palito”, acena o especialista.

O assédio da Braskem ao filme reputado o traje a rigor dos picolés se completa com cinco resinas. Quatro delas são homopolímeros de baixa fluidez e boa rigidez. Desse efetivo, três grades da série HP não incorporam aditivos deslizantes: 5 23J, 504 XP e, indicado em especial para metalização de altíssima barreira e maiores pedidos de retenção de tratamento superficial, o tipo 407 J. Já o homo de baixa fluidez H502HC, de alta barreira e resistência química, é recomendado por Ruiz para aplicações dependentes do trinômio rigidez/tenacidade/ processabilidade. O arsenal fecha com Symbios 4102, terpolímero de propeno, eteno e buteno que prima pela média fluidez e é indicado pelo engenheiro para selagem na coextrusão de BOPP para soluções customizadas em processos com temperatura inicial de 115ºC de selagem na face tratada.

 

Gelado ferve no balanço

Plast Pack saboreia demanda por embalagens da indústria sorveteira

Bruni: vendas crescentes para indústrias de sorvetes.
Bruni: vendas crescentes para indústrias de sorvetes.

Numa leitura à primeira vista, as embalagens detinham 44% do faturamento de cinco anos atrás da paranaense Plast Pack, bem acima do índice atual de 28%. Mas abaixo da linha d’água a queda vira aumento, mérito de significativa mudança no mix da transformadora ao longo do último quinquênio. “Considerado esse fator, temos um crescimento de 10% na expedição de recipientes para o segmento sorveteiro”, calcula o sócio executivo Ricardo Bruni.

A folha corrida da Plast Pack nesse reduto contém troféus na parede. Bruni sustenta a posição da empresa entre as pioneiras nacionais na injeção de potes com decoração feita no interior do molde (in mold label). No ano passado, atraiu olhares de grifes de sorvetes ao lançar um pote de 1,5 litro e Bruni abre conciso estar em desenvolvimento um pote “vintage”, ao estilo do antigo modelo Kibon de dois litros. “Também lançaremos na Fispal Sorvetes, em junho próximo, uma embalagem inovadora em versões de 1,5 e 2 litros”, ele adianta.

Em razão da performance mecânica e consequente segurança, em grau superior á do poliestireno (PS), sorvetes industrializados fazem parte do império de polipropileno (PP), justifica Bruni. “Atendemos esse segmento com a injeção de PP com parede fina, resultando em potes mais resistentes ao impacto, com melhor fechamento e distribuição de paredes, além do custo mais competitivo”.

A grosso modo, o atendimento ao crescente esquadrão das sorveterias artesanais sai do foco do portfólio da Plast Pack, pondera Bruni. “A maioria desses fabricantes recorre a descartáveis de PS e PET, embalagens fora da nossa linha de produtos”. Mesmo assim, ele admite, a Plast Pack dá um rolê pelos sorvetes artesanais acenando para os freezers expositores com o grau de higienização de sua cuba para 5 litros em PP.
Na ala dos sorvetes industrializados, quem manda bem é a injeção de copos, potes, baldes e tampas de PP, distingue Júlio Henrique Lottermann, executivo da área de engenharia de aplicações rígidas para polietilenos (PE) da Braskem. Embora polietileno de alta densidade seja tecnicamente viável, explica, a Braskem direciona, desde o final dos anos 90, PP para indústrias de sorvete, com base na trinca performance mecânica (rigidez e impacto), aparência e processabilidade do polímero. “No mostruário atual, o copolímero heterofásico CP 191 XP é o grade vocacionado para injetar em altíssima velocidade potes de sorvete e suas tampas, dotando-os de resistência a impacto e a temperaturas abaixo de 0ºC”, acena Lottermann.

 

Com elas a produção toma gosto

As injetoras e termoformadoras que mandam ver em embalagens de sorvete

A injeção arrebatou as embalagens de sorvetes industrializados na garupa de compensações ao custo menor do molde da alternativa da termoformagem, julga Valdenir Vasconcelos, gerente do negócio de embalagens especiais da base comercial no país da canadense Husky, força global em injetoras. No visual, ele vê superioridade da injeção na qualidade da impressão e na sintonia com a decoração feito no interior do molde (in mold label/IML). “Para potes e copos de sorvetes, a injeção propicia espessuras ultra finas e uniformidade na parede da embalagem em padrão acima da termoformagem”.

Vasconcelos pinça do portfólio da Husky a máquina híbrida Hylectric como a indicação para recipientes de sorvetes industriais, roseira cultivada por polipropileno. Considerado o critério de tonelagem, explica, essa injetora possui a maior abertura entre placas do mercado, mérito do princípio hidromecânico adotado na unidade de fechamento. “Permite a adaptação de stack molds para aumento da capacidade de produção em ciclo rápido”, esclarece. Tem mais: devido ao sistema de placas reflexivas, a injetora da Husky tem aprimorada a distribuição da força de fechamento, trunfo para a duração do molde e qualidade final da embalagem de parede fina.

Injetoras híbridas também são a pedida da Arburg para potes e copos de sorvete. “Os modelos HIDRIVE e HIDRIVE P são os mais recomendados devido à resposta de aceleração e freagem, abertura e fechamento em alta velocidade e precisão no trabalho com IML”, argumenta Kai Wender, diretor do escritório de vendas no Brasil da fabricante alemã. “O tempo de injeção com parede fina pode ficar abaixo de 0,10 segundo, causando violento aumento de pressão na cavidade”. As linhas HIDRIVE P, ele distingue, empregam placas reforçadas para conter o empenamento do molde e reduzir a incidência de rebarbas,”em particular, na parte central da ferramenta”, situa.

Jogo de conjunto
Engajada na comercialização de injetoras da China, a Pavan Zanetti acena a potes de sorvetes de parede fina em ciclo rápido com a série de máquinas hidráulicas HXF. “O sucesso dessa manufatura requer perfeita interação entre máquina, molde, robô e periféricos”, ressalta o diretor Newton Zanetti. Além da diversidade de modelos ajustados aos tamanhos dos potes, as injetoras HXF, ele acentua, destacam-se pelo dimensionamento do molde e adequação às altas pressões de um processo marcado ainda pela alta velocidade amparada por acumulador de pressão. “Se o molde permitir baixo tempo de resfriamento, há então uma oportunidade para nossas injetoras híbridas, equipadas com plastificação elétrica. “Esse recurso assegura simultaneidade de movimentos entre a abertura, fechamento, extração e a continuidade da plastificação”, completa o dirigente.

Nº1 nacional em injetoras, a Romi destrava em maio próximo o lançamento em São Paulo, na feira Feimec, de uma série de máquinas híbridas, munidas de simultaneidade de movimentos, desenhadas para injetados de parede fina em ciclo rápido de artefatos como potes de sorvetes de parede abaixo de 0,45 mm. “Exibiremos um modelo de 300 toneladas, vão entre colunas de 730 mm e placa de 1.040 mm”, descreve William dos Reis, diretor da unidade de negócios de máquinas para plásticos. “A razão de injeção do equipamento alcançará 3.850 cm3/s com pressão máxima de 2.100 bar”. A investida da Romi sobre sorvetes industrializados é engrossada pela injetora elétrica EL 300 Speed, dotada da mesma medida de espaço entre colunas e dimensão de placa da linha híbrida a ser introduzida.“Com acionamento totalmente elétrico, sua razão de injeção atinge 1.170 cm3/s e pressão máxima de 2.200 bar”, especifica Reis.

Recuo nos copos
Potes retangulares injetados e com capacidade para dois litros exercem reinado quase absoluto em sorvetes, mas nos modelos redondos de 1,5 litro a termoformagem começa a ganhar campo”, anima-se Luiz Fernando do Valle Sverzut, diretor da Hece Máquinas, puro sangue do Brasil em termoformadoras. Devido ao custo, atribui, o consumo familiar de sorvetes tem pendido para potes de 1,5 e 2 litros, enquanto os copos engolem o sapo de vendas declinantes. “Isso ocorreu neste verão e os transformadores de copos já se inquietam com a perspectiva seguinte da demanda historicamente baixa no inverno”, comenta Szverzut. À margem da sazonalidade, a Hece espreita o setor sorveteiro com a termoformadora HF-750 Tilt II. Entre os pontos altos, o diretor se aferra ao molde basculante e sistema de contagem, empilhamento e descarga organizada dos copos e potes.

Na trincheira das termoformadoras importadas, a Intermarketing Brasil semeia o terreno das embalagens de sorvetes para as máquinas de sua representada canadense GN. “Além do ferramental barato, a termoformagem é um processo a ser considerado pelo transformador devido a predicados como áreas de formação maiores que as de injetoras, implicando mais peças por ciclo”, argumenta Ederson Sortini, supervisor de vendas de equipamentos da representação. “Tampas termofomadas para potes de sorvetes também são mais leves que as injetadas”, ele reforça.

Sortini elege como ideais para embalagens de sorvete dois modelos GN:760 e 1914DM .“Dispõem de corte no molde na mesma estação, para zerar o risco de variações de flange ou encolhimento inconsistente”, destaca. Para atenuar o impacto do câmbio no custo da máquina canadense, informa o executivo, a Intermarketing se escora em parceria com o banco Northstar. Trata-se de um braço da agência de crédito Export Development Canada, voltado para financiar compradores de bens canadenses a juros menores que os do Brasil, aliás recordista mundial nessas taxas. •

 

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