Rasante

Rasante

Campo fértil

“Agroquímico é gênero de primeira necessidade no campo. Na crise atual,o agricultor anda mais seletivo nas compras, mas não pode abrir mão de tratar a lavoura”. Com essa convicção, Marcos Antonio Ribeiro, presidente da Unipac, justifica o investimento não revelado na maior unidade de sopro do grupo, dedicada a recipientes de 250 ml a 20 litros em PEAD virgem . A postos em Limeira (SP), com capacidade estimada em 2.000 t/mês, ela roda este ano com 20 sopradoras por extrusão contínua e três injetoras para tampas. Com sua entrada em cena, conta Ribeiro, foi fechada, por falta de área disponível para expandir, a planta em Santa Bárbara d’Oeste, a 40 km de Limeira, da qual foram transferidas 18 linhas para a nova unidade. O cerco da empresa aos agroquímicos, insere o dirigente, se completa com três máquinas no complexo sede em Pompéia (SP) e uma fábrica in house com quatro sopradoras há cinco anos em ação na fabricante de defensivos Syngenta. Ribeiro comenta que o sopro in house convém pela economia logística em relação a produtos de grandes tiragens. “Como artigo sazonal, o agroquímico não cabe nessa categoria, mas a Syngenta torna o sopro in house viável por dispor de todos os tipos de defensivos no mix, derrubando assim as barreiras da sazonalidade”.

 

Contagem regressiva

Enquanto a norte-americana Conair ventila na mídia cogitar planta no Brasil com parceiros locais, a italiana Moretto, sua rival em periféricos puro malte, programa para 2017 a operação industrial regular da sua obra em progresso em Valinhos, interior paulista. Alexandre Nalini, diretor comercial da subsidiária Moretto do Brasil, critica a demora na tramitação do papelório rumo às aprovações e licenças para a futura unidade brasileira, bancada com recursos próprios não revelados. No galpão engastado no terreno de 9.000 m², a ser concluído em 2016, o plano é abrir o mix com alimentadores e, a seguir, os desumidificadores XD.

 

Para raptar o olhar

As vendas de pigmentos de efeito da alemã Eckart, distribuídos no Brasil pela Colormix, irão crescer este ano apesar da desaceleração do mercado. “Há uma forte tendência de migração das cores básicas para as com efeito diferenciado, caso do verde metálico substituindo o simples”, assegura Martin Schaal, líder global de assistência técnica para o segmento de plásticos da Eckart. Durante os três anos de parceria com a Colormix, pigmentos de alumínio, que dão efeito prata aos artefatos, se tornaram carro-chefe de comercialização local, porém o tipo perolado tem avançado na receita, mérito das embalagens de cosméticos e da sua ascensão em autopeças. “Perolados são usados em componentes do interior dos veículos, dispensando pintura”, sustenta Schaal.

 

Tudo no ar

Enquanto Braskem e sua acionista Petrobras não firmarem contrato de longo prazo relativo ao suprimento de nafta, novas decisões sobre o projeto de ABS em Camaçari estão congeladas. Alexander Glück, presidente da Styrolution nas Américas, parceira majoritária na joint venture com a petroquímica brasileira, justifica com essa indefinição a paralisia, mas diz que os planos, embora engavetados por ora, continuam vivos. “Temos algumas frentes de trabalho que permanecem em andamento”, ele reitera, arisco a detalhes. Braskem e Styrolution, com respectivas participações de 30% e 70% no projeto, anunciaram em 2013 a intenção de erguer, no polo baiano, uma planta de ABS de partida inicialmente estimada para 2017. No pano de fundo, a incógnita é acentuada por fatores como a divulgada decisão da Petrobras de vender sua participação na Braskem e as dúvidas sobre a competitividade em preços de uma noticiada capacidade de 100.000 t/a de ABS para encarar a concorrência internacional.
Apesar da recessão no Brasil e do tombo na indústria automotiva, mercado filé para o copolímero, Glück vê a nacionalização da resina como crucial para o fortalecimento do mercado. “Os clientes sul-americanos são atendidos via importação dos Estados Unidos, Ásia e Europa e se beneficiariam muito do suprimento local”, observa.“O Brasil agrega todos os segmentos no foco de nosso portfólio de ABS, como o automotivo, de eletrodomésticos e eletroeletrônicos”. Em aberto ainda está uma possível produção de compostos. “Não descartamos essa opção. Mas não sabemos se faríamos por conta própria ou por meio de parcerias”, Glück deixa no ar. Quando questionado se toparia fazer negócios com a Videolar, que ventilou a ideia de converter para ABS uma das linhas de poliestireno (PS) da controlada Innova, o presidente da Styrolution alega que tal perfil da produção não seria o ideal para servir a demanda sul-americana. “Com essa conversão, só seria possível fazer um  determinado tipo de ABS que supriria entre 10% e 15% da demanda”, comenta. Cara a cara com a parada desse empreendimento, a Unigel, escalada para suprí-lo de estireno, não informa se a indefinição arquiva o plano de expandir sua capacidade do monômero na Bahia. Também não se manifestou sobre a nova data para reativar parcialmente sua produção de PS em São José dos Campos (RS), medida inicialmente prevista para março último e sustada desde então.

 

bate e volta

Mais do mesmo

Carlos TieghiUma pergunta para Carlos Tieghi, diretor da Solvay Indupa, produtora de PVC mantida à venda pelo grupo Solvay.

PR – Quais as perspectivas para PVC esse ano no Brasil e Argentina?
Tieghi – Cravo empate com 2014 para o balanço do vinil nos dois países. O mercado argentino deve continuar na faixa  de 70.000 toneladas este ano, mas sua situação ainda é melhor que a do Brasil, por razões como a energia  barata versus o encarecimento crescente da eletricidade por aqui, um fator letal para a competitividade em custos  para uma indústria eletrointensiva como a da cadeia soda cloro. Aliás, planejamos desgargalar, mediante ajustes operacionais internos, em 20-25.000 toneladas a nossa capacidade argentina de 210.000 t/a do vinil a partir de 2016. No Brasil não há como desgargalar a capacidade de 300.000 t/a. Nosso propósito é servir o mercado interno com resina nacional mas, em situações como paradas na central petroquímica de São Paulo, procuramos manter a participação recorrendo à revenda de resina trazida de outras fontes. Apesar da construção civil hoje paralisada no Brasil, sinais como a recuperação de 7% aferida em abril nas vendas internas de PVC sustentam o meu otimismo de um balanço final este ano igual ao anterior.

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