Não está nada fácil

A indústria de reciclagem reage aos poucos em volume, mas empaca na viabilidade econômica

“Com base na pequena reação da produção de reciclados em 2017 e 2018, creio na volta este ano ao patamar de 600.000 toneladas aferido em 2014”, confia Rafael Fernandes, gerente administrativo da recicladora Barreflex. “No caso da reciclagem pós-industrial (aparas), segmento aliás coberto por minha empresa, a expectativa é de crescimento nos volumes, impulsionado pelo avanço no consumo aparente de resinas (4,4% ,segundo a consultoria MaxiQuim) no ano passado e pela perspectiva de aumento maior do PIB no período atual”.

Sensores setoriais projetam na média de 35% o índice de ociosidade na transformação de plástico em 2018. O reflexo dessa lacuna na recuperação de resinas ocorreu de bate pronto, deixa claro Fernandes. “O baixo nível de ocupação impactou diretamente na geração de aparas, razão pela qual minha empresa trabalhou no ano passado com estoques reduzidos, com pouca resina para pronta entrega e produções ajustadas aos pedidos fechados”. Dado o nível de defasagem generalizado no parque fabril da transformação, a reciclagem se beneficia dos índices relativamente altos de geração de aparas de processo, pondera o gerente. “Em contrapartida, oferecemos aos clientes materiais reciclados cuja qualidade contribui para minimizar a quantidade de aparas nos processos de transformação para o segundo uso da resina”.

Do lado dos preços de reciclados como polietileno (PE), o termoplástico vice-líder na recuperação, Fernandes nota que as margens do negócio rastejaram nos últimos cinco anos. “No geral, o mercado de reciclagem sofreu com a montanha-russa dos preços das resinas virgens entre 2013 e 2018, além da insuficiência encarecedora das aparas, efeito da ociosidade entre transformadores, e do aumento dos custos logísticos e de energia”.

Fernandes não enxerga a possibilidade de alguma melhora nas margens da reciclagem, a reboque do atual excedente global de PE suscitando aumento das importações brasileiras da resina produzida nos EUA com o gás natural mais em conta no mundo. “O reciclador sofre nas duas pontas: dificuldade na compra de matéria-prima e competição de preços do reciclado com a resina virgem em fase de viés de baixa”, ele expõe. “Apesar de tudo, o mercado de reciclado continuará a crescer, carregado em especial por resinas recuperadas de melhor performance, fora da zona de combate, em sintonia com brand owners que buscam cada vez mais apoio e alternativas de retorno para suas aparas e resíduos pós-consumo”.

Projeções oficiais dimensionam em torno de mil recicladoras na ativa para disputar um movimento na casa atual de 600.000 t/a, pelos cálculos da consultoria MaxiQuim (ver à pág. 20). Ou seja, o setor está de volta ao patamar de cinco anos atrás, último período antes da crise. Pela lógica aritmética, a atividade é de difícil sustentação para tamanho universo de competidores, razão da imemorial incidência do comércio marginal no ramo. Fora isso, os pleitos de revisão de sua carga tributária, considerada injusta e implausível pelos recicladores, deparam com difícil tramitação num governo às voltas com mega dívida pública e consequente repúdio à ideia de conceder desafogos fiscais. “A informalidade no setor ainda é muito alta e, enquanto nada for feito para combatê-la, continuaremos com uma quantidade de recicladores incompatível com a realidade do mercado”, analisa Fernandes. “O cenário atual carece de recicladores qualificados para atender a demanda e, assim, tornam-se prementes ações que contribuam para a formalidade e capacitação, incentivos fiscais para a cadeia da reciclagem e, por fim, urge a correta movimentação do poder público em prol da lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)”.

Na selfie atual, a Barreflex roda com três unidades, duas em São Paulo e uma no Rio de Janeiro, totalizando capacidade para reciclar 1.000 t/mês de poliolefinas, em especial. “O foco do negócio prossegue na reciclagem de aparas de flexíveis e rígidos, além do fornecimento de blends e compostos de reciclados sob encomenda”, estabelece o executivo. Para este ano, além de incrementar a atuação no beneficiamento de materiais, os planos incluem ações de logística reversa. “Entre elas, constam operações in house para separação, acondicionamento e transporte de aparas”, solta conciso Fernandes. No pano de fundo, pulsa a meta de passar da ocupação de 85% da capacidade em 2018 para a operação em plena carga no exercício atual.

O mesmo espírito norteia os movimentos da recicladora de poliolefinas Wise, à frente de capacidade nominal de 2.500t/mês para recuperar aparas e resíduos pós-consumo. “Já contamos com lavagem e extrusão de primeira linha e estamos migrando com mais ímpeto para a compra de sucata enfardada, o que ajuda a controlar o material de entrada”, revelam o CEO Bruno Igel e o diretor comercial Amarildo Bazan. Esse conjunto de ações tem contemplado a empresa com reciclados de características equiparáveis à resina virgem. Além disso, retomam o fio os dois dirigentes, a Wise hoje desponta com reciclados específicos para a injeção de componentes de eletrodomésticos.

Até o momento, a Wise é a única recicladora com material certificado com o Selo Nacional de Plásticos Reciclados (Senaplast) – Produto, concedido pela Câmara Nacional dos Recicladores Plásticos, vinculada à Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). “Com validade de dois anos, o credenciamento garante a qualidade e confiabilidade do produto, atestando suas propriedades de densidade, índice de fluidez, temperatura de amolecimento ou fusão e/ou módulo de flexão”, detalha José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Abiplast.

Bruno Igel e Amarildo Bazan formam entre os que engasgam diante de um contingente da ordem de mil recicladoras para um consumo aparente no platô projetado entre 550.000 a 600.000 t/a conforme a fonte. “Não faz sentido”, eles repisam. “Há uma enormidade de recicladores pequenos, efeito em grande parte da informalidade que, por sinal, impede que as empresas invistam em tecnologia e capacidade produtiva”. O grosso dos negócios no setor de reciclagem, acentuam os dois analistas, flui abaixo do radar do Fisco. “A informalidade é incentivada pela estrutura tributária; ao se comprar sucata não há crédito de imposto, mas ao vendermos a resina reciclada pagamos a carga cheia de PIS, COFINS, ICMS e IPI”. Na mesma trilha, Roriz Coelho comenta que a incidência de ICMS no reciclado onera dois elos da mesma cadeia produtiva, desconsiderando sua circularidade. “Em alguns casos, produtos elaborados com insumos reciclados chegam a ter custo de produção maior que aqueles feitos com material virgem, o que inviabiliza a reciclagem como negócio”.

Em função da informalidade à solta, constatam Igel e Bazan, tendem a ser ave rara movimentos de consolidação do setor, nivelando por meio de joint ventures e aquisições de concorrentes o número de indústrias recicladoras com o porte real do mercado. De todo modo, ambos os dirigentes confiam no avanço da formalidade, seja por ações do governo ou pressão de clientes vip de braço dado com a causa ambiental . “O Brasil terá decidir se escolhe ou não seguir as tendências globais e ampliar seu índice de reciclagem”, colocam os dirigentes da Wise. “São necessários incentivos fiscais e investimentos em infraestrutura em prol da eficiência da coleta. O que dá um sopro de esperança, fora a atenção do governo, são as grandes empresas tratando o reciclado como material desvinculado da resina virgem”.
Ricardo Mason, diretor da recicladora Plastimil, também enxerga o quadro conturbado pela informalidade, descentralização e concorrência extrema. “São grandes, mas não impossíveis, os desafios para a consolidação vingar no setor”, ele julga. “A tendência é esta desde que ele se torne um pouco mais formal e organizado”.

Mason não forma no bloco de quem não vê elo entre o comportamento dos preços internos de PE reciclado e as cotações de PE virgem, devido ao excedente norte-americano e com importações brasileiras crescentes. “Trata-se de um ponto crucial para o desenvolvimento da reciclagem no Brasil”, ele sublinha. “ Ao longo de 2018, o mercado interno esteve sujeito a uma significativa alta nos preços internacionais e domésticos de PE, mas o cenário começou a mudar ao final do ano e hoje vivemos uma conjuntura de oferta mais acessível da resina, resultando num enorme desafio para a reciclagem: tornar-se economicamente viável quando o preço da resina virgem cai muito”. A busca de equiparação de custos (entre o material reciclado e virgem) no curto prazo, comenta Mason, periga abalar a racionalidade de investimentos dessa indústria a médio e longo prazo. “Se as recicladoras não forem economicamente viáveis quando o preço do polímero virgem desce, nunca teremos reciclado suficiente para corresponder à demanda quando a cotação da resina de primeiro uso reagir”.
A Plastimil está em vias de ampliar para 1.500 t/mês a sua capacidade instalada, mediante a chegada de nova extrusora e da reativação da unidade de lavagem ainda neste semestre. Mason situa em 70% a ocupação da fábrica em 2018. “A meta para este ano é elevar o nível para 85% com o desenvolvimento de novos produtos e mercados”, ele adianta.

Para apreciar com moderação

Em linha com um PIB que teve um espasmo de crescimento ao fechar em 1,1%, o mercado de plástico reciclado progrediu em slow motion no nada memorável 2018. Analista deste segmento na consultoria MaxiQuim, Maurício Jaroski comenta pontos chave do último período para os reciclados na entrevista abaixo.

Como avalia o mercado de resinas recicladas em 2018 ?
Deve ter crescido modestamente no ano passado, na ordem de 2% sobre 2017 e cerca de 9% sobre as 550.000 toneladas aferidas pelos indicadores setoriais em 2016. Muito desse crescimento se deve a PET, a resina reciclada que mais conseguiu retomar o caminho do crescimento depois de um 2017 muito desaquecido. Pelas nossas estimativas o Brasil reciclou em torno de 600.000 toneladas de plástico pós-consumo em 2018. Estimamos também que o rateio da produção de plástico reciclado seja o seguinte: 52% para PET; 28% para PEs; 12% para PP; 4% para PS/EPS; 3% para PVC e 1% para as demais resinas.

O comportamento dos preços internos das resinas commodities recicladas destoou algo das expectativas entre 2013 e 2018?
Nos últimos anos, o comportamento dos preços das resinas recicladas foram ressonantes com a conjuntura do mercado brasileiro: um cenário cheio de incertezas e esperando definições políticas e do rumo econômico. Os preços foram em linha com o mercado e balizados sobre um grande fator: o preço de aquisição das matérias-primas a serem recicladas. Nesse sentido, PET se destacou, com grande valorização nesse período.

Com a entrada de novas capacidades de PE nos EUA entre 2019 e 2022 e tendo a fundo a guerra comercial USA x China e as economias europeia e latino-americana estagnadas, qual o impacto sobre os preços do reciclado no Brasil causado pelo aumento das importações de PE virgem ?
Vejo os preços de PE reciclado muito mais balizados pelo preço do resíduo da resina destinado à reciclagem do que por uma relação direta com a resina de primeiro uso. Ou seja, o consumo doméstico de produtos de vida curta de PEs é um dos principais fatores que podem favorecer ou não a reciclagem, pois, conforme o consumo (maior ou menor), se garante também disponibilidade de matéria-prima para recuperação.

Qual o impacto do excedente de PET virgem no Brasil sobre o preço da resina reciclada este ano?
Os preços de PET virgem no Brasil respeitam as variações globais do preço da resina, muito indexada com os preços da China. O fato de haver excedente de PET aqui não derruba os preços no mercado nacional, até porque os players que produzem PET no Brasil possuem vocação para exportar, se assim desejarem. Portanto, não é o dito excedente de PET virgem que pode influenciar os preços de reciclado, mas sim os preços internacionais do poliéster.

Mani: remoção de tinta impressa melhora qualidade do reciclado de embalagens flexíveis e rígidas.

Caso à parte

Deink Brasil aposta em tecnologia inédita na América Latina

Varreduras setoriais situam em mais de mil o contingente de indústrias de reciclagem de plástico no Brasil, uma superlotação que, aliada à incidência de informalidade, desemboca na limitação de margens e, no plano geral, baixa barreira de entrada para empreendedores numa unidade básica e convencional. É justo pela fresta da diferenciação tecnológica como formas de agregar valor ao reciclado com uma operação rentável que a Deink Brasil promete sobressair no ramo com sua fábrica que parte em breve em Itupeva, a 70 km da capital paulista. Seu pulo do gato é o processo de remoção de tinta impressa em flexíveis e rígidos pós-consumo de poliolefinas e PET inventado pela sua licenciadora, a espanhola Cadel Deinking, resultando num reciclado de características mais próximas do polímero virgem. Projeções da empresa, com base numa unidade de 500 kg/h, orçam o aporte na instalação em um milhão de euros e 50.000 euros de royalties. Alan Mani, sócio e diretor da Deink Brasil, detalha a seguir esta linha divisória na reciclagem mecânica e os planos para sua indústria voar alto.

Qual a motivação para investir na ultra concorrida e pouco rentável reciclagem de plástico? Justificar.
As empresas seguem o movimento mundial de sustentabilidade. Múltis de peso anunciaram recentemente planos operacionais com apelo ambiental e e em linha com o documento Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Dessa forma, a logística reversa se mostra cada vez mais importante, agregando valor à cadeia produtiva e à necessidade de uso de conteúdo reciclado nas embalagens. Criamos a Deink Brasil para atender a essa demanda. Hoje em dia, o reciclado de plástico impresso, flexível ou rígido, destina- se a transformadores de artefatos de menor valor agregado, em função da tinta. Nossa empresa possui exclusividade tecnológica, patenteada em mais de 20 países (Brasil incluso), que remove a tinta gravada sobre a camada superficial, gerando um flake cristal ou pigmentado face ao uso de masterbatches. Desse modo, agregaremos valor à sucata plástica, venha de descarte pós-consumo ou apara industrial.

Qual o investimento destinado à planta em Itupeva(SP) e quem são os acionistas?
O acordo societário impede a divulgação do investimento total no projeto. A intenção é montar 10 unidades no país até 2025 e a primeira, com capacidade de 4.000 t/a, deve partir em Itupeva no segundo semestre. O controle da Deink Brasil está a cargo de três pessoas jurídicas: AM8, Monex Participações e Paragon.

Quais as etapas do processo e os diferenciais da tecnologia de reciclagem selecionada?
A Deink Brasil é pioneira nesse tipo de reciclagem no país e detém contrato de exclusividade local na transferência da tecnologia da espanhola Cadel S.L., por sinal sem plantas licenciadas na América Latina. O processo básico não utiliza solventes e envolve a separação, moagem, lavagem, reatores para a remoção da tinta do refugo plástico, lavagem, secagem e extrusão. Todas as fases transcorrem em circuito fechado, assim como os tratamentos químico e da água. Em paralelo, a tecnologia possibilita a recuperação da água de lavagem com a remoção da lama de tinta. O grande diferencial perante a reciclagem tradicional é a remoção da tinta de embalagens não laminadas, por meio de planta química em linha. A produção de resíduos restringe-se à lama de tinta resultante do processo, a ser destinada a empresas especializadas no gerenciamento de rejeitos. Pode ser utilizada na produção de asfalto, outras tintas ou por cimenteiras. A ideia é atender todas as transformadoras, recicladoras e brand owners interessadas em parcerias conosco. A Epema, indústria de flexíveis da minha família, poderá figurar entre nossas fontes de aparas.

Como será recolhido o refugo para suprir a unidade recicladora?
Empresas gestoras de resíduos, cooperativas, transformadores e brand owners, com quem estamos negociando, serão potenciais fornecedores de matéria prima para nossa primeira planta. Vale frisar, a propósito, que a diferença chave no processo entre o tratamento de apara industrial e plástico pós-consumo (embalagem alimentícia ou não) é a lavagem no início da produção. Nosso processo contempla linha de lavagem para os casos específicos de pós-consumo. A meta é recolher materiais plásticos antes que virem lixo a céu aberto no aterro.

Pelos mandamentos da sustentabilidade e economia circular, embalagens flexíveis de uso único estão sendo questionadas, em razão da coleta e reciclagem mais caras e trabalhosas que as das embalagens rígidas. O Brasil não está alheio a essa tendência. Como enxerga então as perspectivas para a sua recicladora crescer?
A quantidade abundante de matéria-prima é um facilitador neste caso. Acreditamos no aumento do uso de embalagens plásticas recicladas, uma vez que novas tecnologias, como a da Deink Brasil, surgem para agregar valor ao processo de forma sustentável e com respeito ao meio ambiente. Sem dúvida, todas as embalagens devem ser repensadas e redesenhadas. As empresas já estão convencidas de que a concepção de uma embalagem passa pela sua adequação à economia circular.

Começou o namoro

Braskem sonda o potencial da reciclagem química

Fabiana Quiroga: busca de valorização do resíduo plástico pela reciclagem química.

Até a primeira metade deste século, a reciclagem química de polímeros era vista como delirante aventura científica de vanguarda e dependente de investimentos tão altos que inibiam sua viabilidade empresarial, ainda mais diante de um panorama de preços fundeados na expansão contínua da oferta de resinas commodities virgens, produzidas em escala de massa no mundo inteiro. Nos últimos anos, a devoção geral à sustentabilidade, no rastro do alarmismo com as mudanças climáticas e o zelo para com a proteção ambiental, tirou a reciclagem química das nuvens da utopia e a entranhou na visão dos novos rumos do plástico abraçada pelas petroquímicas formadoras de opinião. No Brasil, a Braskem embarca nessa corrente imergindo na avaliação da rota química para aproveitar plásticos pós consumo de reciclagem mecânica complexa, caso de embalagens flexíveis, em estudo conjunto com laboratório de engenharia de polímeros da COPPE/UFRJ (Instituto Alberto Luiz Coimbra de pós graduação e pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro), Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos e a empresa de serviços ambientais Cetrel, sediada no polo de Camaçari.

“As etapas desse projeto envolvem a prospecção, avaliação das tecnologias, seleção e implementação”, delimita Fabiana Quiroga, diretora da área de reciclagem e plataforma Wecycle da Braskem. “O cronograma para a instalação de uma unidade de reciclagem química depende da seleção da tecnologia”. A propósito, Fabiana comenta que o investimento nesse tipo de planta tem a mesma ordem de grandeza de uma fábrica de reciclagem mecânica de igual porte. “O desafio está na viabilidade econômica do reciclado resultante do processo químico”, ela sintetiza.

A iniciativa da Braskem não deve ser lida como gesto de frustração com a reciclagem mecânica, deixa claro a diretora. “Reciclados obtidos pelo processo mecânico a partir de resíduos flexíveis são alvo de restrições de aplicações, caso do contato com alimentos”, considera Fabiana. “Por sua vez, a reciclagem química pode ensejar a valorização deste rejeito, transformando-o em insumos químicos ou nova matéria-prima para produção de resinas”.

A diretora assinala que a reciclagem química permite o processamento de flexíveis e rígidos misturados, assim como de diferentes termoplásticos em conjunto, não havendo limitações para a utilização do reciclado em embalagens de cosméticos ou alimentos. “Além disso, a reciclagem química pode ser dirigida á geração de combustíveis substitutos de derivados de petróleo e matérias-primas demandadas por cadeias da indústria química fora da esfera do plástico”, ela conclui.

O mar não está pra peixe

Superoferta de resina virgem e tributação confusa embaçam a reciclagem de PET

Para a opinião pública, a garrafa de PET talvez seja a principal confirmação de que o reaproveitamento do plástico pós-consumo é factível, uma vez que a embalagem vazia encontra usos bem vistos a exemplo de luminárias, vasos de plantas e materiais de construção. Mas no front da reciclagem, embora o poliéster descartado ressuscite em aplicações consagradas, de fibras têxteis a embalagens de refrigerantes e lácteos, a consistência econômica da atividade ainda rateia e não há quem saiba quando e como o negócio pode engrenar. Esta incerteza inquietadora é a tônica da entrevista a seguir de Irineu Bueno Barbosa Junior, sócio e diretor da Global PET, indústria há 18 anos na ativa em São Carlos, interior paulista, e formadora de opinião no país na reciclagem bottle to bottle, única via para a resina de garrafas descartadas retornar ao envase de alimentos.

Bueno: crescimento em volume destoa da margem de lucro na reciclagem bottle to bottle.

Do ponto de vista de negócio, qual o atrativo em reciclar PET no Brasil, um mercado de crônica superoferta da resina virgem?
Não vejo atrativos em reciclar PET no Brasil. Olhando para a cadeia de suprimento de garrafas, seguimos com o mesmo sistema de 20 anos atrás, com pobreza e desemprego levando pessoas a coletar materiais recicláveis nas ruas. Isso não é exclusividade do PET; todos os recicláveis ainda dependem de catadores para retornar à cadeia produtiva.
Quanto aos tributos, há uma enorme confusão. Sem entrar na discussão de necessidade de benefícios para a reciclagem/logística reversa/ economia circular de embalagens, comento apenas um ponto técnico para ilustrar um obstáculo: a classificação fiscal de garrafas PET é a mesma de sucata PET (3915.9000). A famosa “MP do Bem” isenta essa sucata de recolhimento de PIS/Cofins quando a transação se dá entre empresas inseridas no regime de Lucro Real. Hoje em dia, temos cooperativas e depósitos de sucata operando nos regimes de apuração “Simples” ou “Lucro Presumido” e as recicladoras já no “Lucro Real”. Esse cenário resulta no absurdo de o fornecedor de garrafas pagar PIS/Cofins na venda da sucata PET e a recicladora não ter direito ao crédito.

À parte a barafunda fiscal, quais as perspectivas para PET recuperado?
A cada dia surgem tecnologias para melhorar a qualidade e diminuir perdas ao longo do processo de reciclagem de PET. No âmbito da venda, seguimos com uma forte variação de demanda de PET-PCR (bottle to bottle) em detrimento do preço da resina virgem. A superoferta da resina virgem no Brasil desestimula novos investimentos em sistemas de coleta e recuperação de resíduos recicláveis.
Fechando a resposta, novas tecnologias encorajam, mas não superam os pontos negativos levantados pela tributação e diminuição da demanda com base em cenários internacionais. Todos os recicladores seguem aguardando um panorama onde a demanda do reciclado PCR seja estável e independente da precificação de PET virgem. Talvez isso só aconteça quando a economia circular passar do discurso à prática.

Como avalia o comportamento dos preços internos de PET reciclado (convencional e bottle to bottle) em 2018?
No ano passado, o preço do reciclado foi pautado a partir do preço alto de resina virgem no mercado internacional. Ainda que nos últimos meses o preço no exterior já estivesse desinflando, no Brasil houve resiliência. A manutenção do custo da resina virgem nas alturas trouxe uma demanda elevada para o PET-PCR, que refletiu em alta procura também para toda a cadeia de reciclagem de garrafas PET. Aliada à falta de investimentos e estrutura em sistemas de coleta, essa necessidade repentina fez com que o preço da matéria-prima para reciclagem subisse, elevando os preços de toda a cadeia. Assim, 2018 foi um ano bom em volume de vendas de PET reciclado, mas decepcionante em resultado, o que não estava nos planos.

Quais as iniciativas concretas que tomam corpo este ano na Global PET para agregar valor a seus reciclados?
Estamos avaliando novas tecnologias que permitam a recuperação do PET com menor degradação hidrolítica e térmica. Ando impressionado com o número de trabalhos publicados sobre reciclagem química do PET. É provável que alguma tecnologia disruptiva esteja se avizinhando.

Pela sua estimativa, qual o volume de vendas de PET bottle to bottle consumido no Brasil em 2018 versus 2017 e qual a expectativa para este ano?
Estimo um volume na casa de 75.000 toneladas de resina PET-PCR com aplicação em embalagens comercializadas em 2018, fechando um aumento aproximado de 10.000 toneladas em relação ao trade de 2017. Imagino que 2019 sofra uma pequena redução em relação a 2018 devido à queda de preço da resina virgem.
Em seu site, a Global PET informa que sua capacidade de PET bottle to bottle salta em 2019 de 1.500 para 2.200 t/mês. Quantas linhas de reciclagem bottle to bottle a empresa passa a dispor? Explique também a estreia da empresa na produção de 350 t/mês de fibras têxteis de PET.
Considerávamos aumentar a produção da Global PET em 2019 enquanto estávamos surfando na alta demanda do mercado. Contudo, isso mudou. A intenção é renovar o parque industrial com a aquisição de equipamentos que complementem as linhas atuais e permitam a obtenção de PET-PCR a custos menores. É mais uma tentativa de manter a empresa competitiva frente aos cenários cada dia mais desafiadores. Contudo, a mudança de discurso dos principais clientes sempre que o concorrente PET virgem desce de patamar de preços tira completamente a confiança do reciclador em investir. Nessa trilha, já viramos o primeiro bimestre cogitando postergar os investimentos para 2020.
Quanto à nossa estreia em fibras têxteis, decorre da compra da linha da falida Unnafibras. O equipamento será destinado à produção de especialidades e deve partir no final de 2019, já início de 2020. Com essa investida, pretendemos diminuir a dependência da empresa do mercado de embalagens.

Qual o lançamento diferenciado de embalagem contendo PET-PCR da Global PET que ganha o mercado este ano?
Trata-se de um projeto de embalagem de produto de higiene pessoal, 100% PET-PCR de uma grande empresa multinacional. Desenvolvemos em conjunto a matéria-prima, o material utilizado no rótulo e seu adesivo, tudo pensado e testado em escala industrial para favorecer a reciclabilidade dos frascos. Não posso divulgar o produto nem a empresa dona da marca até o lançamento oficial.

Os facilitadores do processo

Insumos auxiliares racionalizam a produção de reciclados

“Atuamos na reciclagem em duas frentes: ajudando a reincorporar o que é tratado como lixo e contribuindo para recuperar materiais não recicláveis”, delimita Andres Salgado, diretor de marketing da área de plásticos da Dow para a América Latina. No primeiro caso, ele ilustra com o reaproveitamento de aparas de processo. “Quando o convertedor produz embalagem, em regra gera sobras vistas como refugo”, descreve. “O uso de nossos polímeros funcionais Retain ™ permite o reprocessamento dessa perda, tornando a apara viável para novas aplicações”. No âmbito da reciclabilidade, Salgado assinala que o emprego de Retain™ em embalagens pós-consumo viabiliza a reciclagem dos materiais nelas contidos para segundo uso.

Outra via palmilhada pela Dow, coloca o executivo, é o seu envolvimento na concepção de embalagens ditas inteligentes, de estrutura simplificada, dispondo de menos materiais ou à base apenas de polietileno (PE), de modo a facilitar sua reciclagem. Para passar do discurso à prática, Salgado enaltece os predicados dos polímeros Retain™ para permitir que flexíveis multicamada e constituídos de materiais diferentes possam ser reprocessados em conjunto, resultando num filme reciclável. “Retain™ foi desenvolvido para melhorar a reciclagem de estruturas de barreira que alojam, por exemplo, polímeros polares como poliamidas (PA) ou copolímero de eteno e álcool vinílico (EVOH)”, exemplifica Salgado. “Quando essas estruturas precisam ser recicladas, suas propriedades ópticas e mecânicas são afetadas, impossibilitando sua reincorporação à cadeia de valor, o que Retain™ viabiliza”. No arremate, Salgado fisga do mostruário da Dow o acabamento óptico Opulux™, cuja composição alia esferas acrílicas uniformes com a tecnologia de emulsão de condutores também à base de acrílico “Consta de uma tecnologia com brilho e resistência térmica que permite simplificar e reprojetar as embalagens flexíveis”, assevera salgado. “Por exemplo, Opulux™ enseja a eliminação de algumas camadas de laminação, incentivando o uso de embalagens monomaterial recicláveis”.

Na ExxonMobil, a vedete do portfólio de auxiliares para reciclagem é a série de polímeros Vistamaxx™. “Trata-se de uma solução efetiva de custo, que possibilita a otimização do processo de reciclagem, possibilitando o emprego do recuperado em aplicações de alto valor agregado”, define Jamil Jacob, responsável pelo desenvolvimento de mercado para esse produto na América do Sul.

Entre as principais barreiras ao uso de plástico reciclado, nota Jacob, despontam o custo e tempo despendidos na triagem de materiais integrantes dos resíduos. “Devido à incompatibilidade entre PE e polipropileno PP) durante a mistura no estado fundido, os polímeros Vistammax™ reduzem a necessidade de separação e proporcionam ao transformador a possibilidade de obter produtos de melhor qualidade com custo menor, devido ao aumento do teor de reciclado na composição do material a ser moldado”. Jacob também salienta o aumento da consistência conferido por Vistammax™ ao processo de injeção. “Essa linha de polímeros de alta performance melhora o fluxo do reciclado e aprimora as características mecânicas das peças, ampliando assim a durabilidade e permitindo o aumento dos teores de cargas como carbonato de cálcio”, completa o técnico.
Nº1 nacional em masterbatches, a componedora Cromex assedia recicladores com auxiliares como branqueadores ópticos e toners. “Melhoram o aspecto da coloração da resina reciclada”, esclarece o especialista de produtos Giovanni Polesel Dias. Outro ponto alto do mix para o segmento, ele distingue, é o novo extensor de cadeia, capaz de incrementar as propriedades mecânicas e reológicas do reciclado. “Permite até a exclusão do processo de pós-condensação para PET”, frisa Dias, completando o rol de insumos para reciclagem com elementos como redutores de odor com baixas tiragens (inferior a 15), antioxidantes, auxiliares de fluxo e reforços minerais.

No balcão da Cromaster, o diretor José Fernandes brande para recicladores masters coloridos e aditivados de modo a apurar a performance de resinas recicladas e, entre os auxiliares especiais, as atenções são polarizadas pelo sequestrador de odor. “Reduz o forte cheiro característico do plástico reciclado”, salienta o dirigente, inserindo ainda na vitrine os seus aditivos compatibilizantes. “Possibilitam a reciclagem de resinas diferentes contidas no mesmo refugo de plástico transformado e que não são separáveis com facilidade, a exemplo de PE coextrusado com PA ou PE laminado com filme biorientado de PET”.

Roberto Castilho, diretor comercial da componedora A.Schulman, acena para recicladores com antioxidantes para preservar as propriedades de polilolefinas. “Sugerimos o uso de 3% do aditivo 25 A para PE e do tipo 3360 para PP”. Antioxidantes também formam no portólio da Termocolor direcionado para a reciclagem, informa o diretor comercial Wagner Catrasta. Além deles, ele alinha como soluções para conciliar a melhoria do processo com menos desgastes dos equipamentos do reciclador, caso de agentes de fluxo, diminuidor de odor ou branqueador óptico. “Também oferecemos modificador de impacto e aditivo anti UV para incorporar ao reciclado determinadas propriedades da resina de primeiro uso”, conclui o executivo.

Cesta básica da tecnologia

Os equipamentos que elevam o status da recuperação de plásticos

A reciclagem de plástico perambula entre dois fogos no Brasil. De um lado, é penalizada pela penúria da coleta seletiva e por uma carga tributária controversa e, do outro, crescem as exigências de qualidade do reciclado para aplicações de maior valor agregado e condizentes com o apoio da sociedade ao desenvolvimento sustentável. É justo neste vento a favor do plástico recuperado de melhor padrão que fornecedores de equipamentos enxergam um argumento de venda forte o bastante para ser servido à mesa, mesmo diante da economia brasileira ainda mal das pernas.

A austríaca Erema pinta nesse contexto como uma metralhadora giratória, com maquinário para todas as vertentes da reciclagem dos plásticos. No âmbito das aparas de filmes e refugo de flexíveis multicamada, inclusos metalizados e estruturas com ou sem barreira, a pedida é a linha Intarema TVE Plus®, distingue Ederson Stotini, gerente de vendas de equipamentos da representante Intermarketing Brasil. “É a única máquina no gênero com tripla degasagem otimizada”, atesta o executivo. Conforme explica, a primeira degasagem ocorre na unidade de pré-condicionamento, via pré-aquecimento e pré-secagem do material, enquanto a segunda é efetuada na zona de degaseificação da extrusora e a última na zona de gasagem dupla com vácuo. “O processo fornece um pellet maciço e robusto, livre de gases e ainda reduz bastante a incidência de géis nos filmes extrusados com este reciclado”, sustenta Stotini, acrescentado que o filtro situado antes da zona de degasagem configura outra vantagem: “possibilita que a pressão da massa gerada na rosca seja aproveitada na passagem do filtro, sendo reduzida a seguir ao atravessar a zona de degasagem”, ele assinala. Isso evita um risco que Stotini afirma ser considerado em linhas com a degasagem antes do filtro: a hipótese de contrapressões levarem o material fundido a voltar pela rosca e acabar expulso da zona de degasagem, paralisando a máquina.

Flakes de embalagens rígidas de poliolefinas e estirênicos são a vocação da linha de reciclagem Regrind Pro® da Erema. “Na unidade de pré-condicionamento, que permite a alimentação a quente da extrusora, um disco agitador gira com lentidão, de forma a aquecer flakes rígidos com homogeneidade, através de um tempo maior de resistência nessa etapa”, descreve Stotini, complementando que o processo resulta numa taxa de cisalhamento bem baixa e alta qualidade do fundido. Ainda no plano da excelência do reciclado, sejam originário de rígidos ou flexíveis, o gerente encaixa os predicados da interação das tecnologias Intarema®TVEPlus® e ReFresher para remover, durante a extrusão, as susbtâncias de volatilidade e peso molecular altos e baixos, levando à supressão de odores do material reciclado.

A descontaminação antes da extrusão norteia a reciclagem de PET assinada pela tecnologia Vacurema® da Erema. “Em decorrência”, amarra as pontas Stotini, “parâmetros chave do produto final, como o valor de viscosidade intrínseca, ficam estáveis mesmo se as propriedades do material de entrada volta e meia mudarem – por exemplo , em termos de umidade ou densidade aparente ou por obra de misturas de flakes de PET com índices diversos de viscosidade intrínseca”. No âmbito da reciclagem botletobottle(BTB), especifica o especialista da Intermarketing Brasil, a descontaminação do material acontece antes da granulação, provendo assim um reciclado de alto padrão, ultra limpo e aprovado para contato com alimentos. “Pelo pré-tratamento dos flakes de PET sob alta temperatura e vácuo, as substâncias com teores de umidade e suscetíveis à migração são removidas do material antes da extrusão, evitando a decomposição hidrolítica e oxidativa do fundido na extrusora”. O processo consiste, ele informa, em um ou dois secadores paralelos de cristalização a vácuo, alimentados com flakes lavados e que suprem o reator a vácuo conectado a uma extrusora monorrosca. “Os misturadores no reator interagem entre si em três zonas de função com o objetivo de descontaminar e pré-lubrificar o material antes de ser extrusado”, nota Stotini.

O mais recente agito da Erema na reciclagem BTB é a junção de sua tecnologia Vacunite ao reator de policondensação em estado sólido de nitrogênio a vácuo patenteado pela suíça Polymetrix. “Os pellets obtidos superam os requisitos para contato com alimentos”, frisa o executivo.”As etapas do processo térmico transcorrem em atmosfera de nitrogênio, eliminando em grande parte a descoloração dos flakes e pellets assim como a necessidade de aditivos passíveis de suscitar reações indesejadas no fundido”.

Na manufatura brasileira de sistemas de reciclagem, a Wortex dá as cartas com as soluções contidas na sua série Challenger Recycler. Sua segunda geração acusa evolução na degasagem de materiais impressos e dispõe de um sistema opcional de dupla filtragem. “Permite o processamento de materiais com níveis maiores de contaminação”, explica o diretor geral Paolo De Filippis, adicionando às mudanças realizadas as melhorias introduzidas na extrusão, granulação e no aparato eletrônico da Challenger Geração II. “Desse modo, apuramos o rendimento, homogeneidade e economia energética na reciclagem”. Com rendimento projetado em 750 kg/h, a nova geração recicla resíduos rígidos de poliolefinas e estirênicos, mas também trabalha com flexíveis, em isolado ou junto com até 20% de materiais rígidos, coloca Filippis. Ainda na orla dos materiais rígidos, outro ponto alto da Wortex é a linha ChallengerCompounder. “Adota o conceito de extrusora monorrosca para substituir, com vantajoso custo/benefício, determinadas linhas de dupla rosca sem perda de qualidade”, sublinha o dirigente, calculando a capacidade dos modelos para PE na faixa de 100 a 1.800 kg/h e, para polipropileno (PP), entre 60 a 1.260 kg/h.

No cercado da reciclagem de flexíveis mono e multicamada, a indicação de Filippis é a linha Challenger Duo (cascata). “Recupera resíduos de filmes impressos e metalizados através de duplo sistema de degasagem e filtragem”, delimita o dirigente. “Isso permite o processamento com qualidade e baixo custo dos materiais sem depender de aglutinação”. Na esteira, ele enfatiza os predicados da compacta (27 m²) linha ChallengerRecyclerConical 50 mm para a reciclagem de filmes lisos na faixa de 90 kg/h para PE e de 60 kg/h para películas de PP.

A conciliação das exigências de qualidade com poda nos custos também depende, na reciclagem de plásticos, de uma visão do processo que extrapola a máquina básica. Formadora de opinião global em periféricos, a italiana Piovan prospecta na automação e digitalização suas soluções para minimizar as variações de processo. “É o caso, para a reciclagem, do transporte com alimentadores PureFlow”, exemplifica Ricardo Prado Santos, vice-presidente para a América do Sul do Grupo Piovan. “Esse sistema opera sem filtros, o que ajuda muito na manutenção em locais altos ou de acesso difícil”.

A reciclagem de PET também é assediada pela Piovan para seus cristalizadores da série CR. “Proporcionam uma cristalização mais homogênea, convergindo para a melhora do controle do processo”, comenta Prado. No embalo, ele frisa os predicados dos dosadores gravimétricos da Piovan. “A precisão na dosagem e baixa variação do processo explica sua penetração na reciclagem de PET”, finaliza Prado. •

 

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