Vigor substitui plástico por papel para embalar iogurte

Embalagens termoformadas de alimentos respondem, no consenso dos analistas, por cerca de 30% das vendas internas de poliestireno (PS) e potes de iogurte são cartão de vistas da resina neste segmento, também mordiscado por polipropileno (PP).

No entanto, a pressão da sustentabilidade começa a abalar este oásis de PS, termoplástico encarado com reservas pelos devotos da economia circular sob a alegação de dificuldades em sua reciclagem mecânica. O alarme acaba de ser ligado pela Vigor Alimentos com o lançamento de Vigor Simples, apresentado como o primeiro iogurte do Brasil embalado em papel. Conforme enfatiza a empresa, papel é material de fonte renovável, reciclável e biodegradável (condição contestada pela sobrevida dos papiros).

“Com a nova embalagem, aproximadamente 15 toneladas de plástico deixarão de ser colocadas no mercado em 2021”, trombeteia a Vigor para a mídia, assinalando que sua estimativa é baseada na comparação com a produção de uma embalagem plástica de gramatura equivalente. Para a diretora de marketing Flávia Drummond, o lançamento de Vigor Simples corresponde às expectativas de consumidores atentos aos ingredientes e cada vez mais preocupados com impactos ambientais.

Luis Gennari, presidente da Vigor, enxerga neste uso pioneiro do pote de papel para iogurtes um movimento que vai incentivar sua reprodução no segmento nacional. A hipótese de declínio de sua aparição em iogurtes insinua uma avaria ainda mais preocupante para PS devido à sua limitada diversidade de mercados, o que dificultaria os meios para o polímero contrabalançar este revés.

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