Supermercados: vendas sobem com discrição no primeiro semestre

Nas entrelinhas, o balanço do primeiro semestre liberado pela Associação Brasileira  de Supermercados (Abras) desvenda uma zona cinzenta para embalagens plásticas de bens não duráveis.

Pelo cruzamento de dados da entidade, as vendas cresceram 2,64% na primeira metade do ano versus o mesmo período em 2018, um desempenho considerado tímido, reflexo da perda de confiança do consumidor num cenário  de desemprego maciço (12,8 milhões de desempregados na medição de junho) e a previsão de permanência do panorama, sem maiores alterações, também enfraqueceu o otimismo dos supermercadistas quanto às vendas neste segundo semestre.

A título de referência, apenas no segundo trimestre a frequência de compras acusou queda recorde de -9%. O balanço da Abras distingue a expansão do movimento no primeiro semestre de sabões para roupas, linguiças, salgadinhos, chocolates e da cesta de bebidas. As maiores altas de preço no período foram percebidas pela entidade no tomate, frango congelado, pernil e carne (traseiro).

O avanço de 2,64% foi puxando no mercado varejista pelos segmentos de cash & carry (atacarejo e lojas de conveniência, por exemplo), bares, farmácias e supermercados de médio porte.  A Abras mantém a projeção de 3% de incremento nas vendas  do setor supermercadista  em 2019.

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