Rotoplas vende operação no Brasil para Avanplas Polímeros da Amazônia

Seis milhões de moradias estão fora da rede de distribuição de água. Em tese, bastaria esta lacuna para fazer salivar um transformador de reservatórios rotomoldados, antevendo retorno seguro e líquido – vale o duplo sentido- para seu investimento. Mas esta convicção evapora ao se saber que este mapa da mina fica no Brasil.

O grupo mexicano Rotoplas aprendeu na carne o quanto pesa esta transição do cenário ideal para a vida real. Em 2001, ele desembarcou aqui com merecido renome internacional em rotomoldados para tratamento de água, assinados com a marca Acqualimp e produzidos na planta inaugurada em Extrema, Minas Gerais. Em meio aos clássicos altos e baixos da economia brasileira, o desempenho evoluiu a ponto de a Rotoplas até abrir unidade filial na mineira Montes Claros e, nesse ínterim, o negócio incandesceu em especial no primeiro governo Dilma, durante o auge do ainda existente e amornado programa Água para Todos, criado em 2011 para distribuição de cisternas de polietileno para atenuar o flagelo da estiagem no semiárido brasileiro.

Mas a recessão em 2015 machucou os resultados da Rotoplas no país, a ponto de o grupo fechar a filial em Montes Claros e os quatro anos seguintes de vermelho hemorrágico nas vendas de materiais de construção explicam o desfecho anunciado em 30 de abril último.

Por R$ 42 milhões, a múlti mexicana vendeu sua operação no país – planta em Extrema e uso local da marca Acqualimp – para a componedora nacional Avanplas Polímeros da Amazônia, na ativa desde 2003 em Manaus e sem incursões pregressas na transformação de resinas.
Procurada por Plásticos em Revista, a Avanplas não respondeu ao pedido de entrevista.

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