Piora o excedente mundial de polietileno

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Como se já não bastassem a guerra comercial EUA x China, os vetos internacionais a embalagens de uso único e a economia cambaleante na Europa e América Latina, o excedente global de polietileno (PE), em campo desde o final de 2017, vai piorar no segundo semestre, com ricochete depressor nas cotações da poliolefina imposto pela irrevogável lei da oferta e da procura. É este o pesadelo ao vivo desenhado pelo banco de dados do portal britânico Icis Supply & Demand ao calcular em torno de 4,6 milhões de toneladas a fração adicional que debuta no suprimento da resina entre junho e dezembro, elevando em 3,8% a sua capacidade global, mérito da partida de plantas na Índia, Malásia, Indonésia e Rússia, fora quatro novas unidades norte-americanas movidas pela rota do gás natural originário das reservas de xisto e do Golfo dos EUA. Apenas na esfera russa, o novo complexo da Sibur em Tobolsk exibe potencial para gerar 1,5 milhão de t/a da resina, enquanto o quarteto de fábricas nos EUA totaliza capacidade na órbita de 2,8 milhões de t/a. Na Índia, as atenções voltam-se para a entrada em cena de uma unidade de 400.000 t/a de polietileno linear metalocênico adepta do processo base gás Unipol, licenciado pela Lyondell Basell. Para salgar a ferida, completa o Icis, a China trombeteia a meta de adicionar 900.000 t/a à sua capacidade de PE na segunda metade deste ano. John Richardson, blogueiro especialista em petroquímica asiática do mesmo portal, arremata a foto da enchente de PE antevendo acréscimo de 8,5 milhões de toneladas à capacidade mundial em 2020.

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