Um lugar com área aproximada do Rio Grande do Norte, sem água potável, dependente do consumo humano em garrafa de qualquer líquido, com população de 10,8 milhões de habitantes e que, por ser um éden do Caribe, acolheu 8,5 milhões de turistas em 2022 (o Brasil inteiro recebeu 2,7 milhões). Bastou essa sinopse da República Dominicana para inspirar e ministrar um energético na empresa local Cilpen Global. Constituída em 2018, ela se proclama o maior exportador de resíduos enfardados de PET do país, detendo 25% dessas remessas. O material despachado provém das coletadas garrafas de primeiro uso que envasam alimentos e bebidas importados para o consumo doméstico.
Agora, a Cilpen Global prepara o desdobramento de sua atuação firmando acordo de compra de uma instalação completa (trituração, separação, lavagem, secagem, retirada de rótulos etc) do grupo alemão STF para gerar flakes adequados à reciclagem da resina grau alimentício. Material semiacabado para recuperação de PET, os flakes acusam maior valor que as garrafas enfardadas e exportadas da República Dominicana a empresas da cadeia recicladora da resina, indústria ausente da ilha abençoada com praias tipo Punta Cana. Segundo foi adiantado à mídia, o equipamento deve ser instalado em junho de 2024 e, seis meses depois, terá condições de fornecer, em escala industrial, 2,5 t/mês de flakes egressos de garrafas PET descartadas por nativos e turistas.