< PreviousJulho/2018plásticos em revista8AUTOPEÇASVISORCOMPLEXIDADE FAZ A DIFERENÇAÉ um clima nefasto para o balcão de injetoras avançadas, nicho de cordão umbilical com autopeças. “O mercado mudou muito, assim como o modo de o transformador investir”, percebe Cássio Luis Saltori, diretor geral do escritório co-mercial no país da austríaca Wittmann Bat-tenfeld, mentora da vanguarda global em injetoras premium e células de produção. No consenso informal de fornecedores, repassa o dirigente, as vendas internas de injetoras em geral ficaram na faixa de 700 unidades em 2017 num mercado absorve-dor da saudosa média anual de 2.000 antes da recessão com a corda solta desde 2014 e sob dólar então mais plausível para se importar tecnologia de elite e sem similar local. “Hoje em dia”, coloca Saltori, “um transformador de autopeças como um sistemista múlti está em regra a par das brasileira num momento de alta ociosi-dade e mercado automotivo encolhido”. A única brecha para injetoras do quilate da Wittmann Battenfeld serem adquiridas neste setor, pinça o diretor, está nas apli-cações de engenharia cuja complexidade é inalcançável para máquinas movidas primordialmente a preço. “É o caso de determinados elementos do conjunto de iluminação do carro”, ele exemplifica. Ao dar um rasante pela vitrine da Wittmann Battenfeld, Saltori fisga a linha Macropower, de injetoras de 400 a 2.000 toneladas, como suas máquinas mais pro-curadas pelo setor automotivo brasileiro. “Destinam-se tanto a peças de grande porte como a itens internos e externos”, ele abrange. No embalo, ele capta interesse na praça por sua série de injetoras verticais com mesa rotativa, de 40 a 300 toneladas, acenada para componentes eletrônicos do autopeças de médio porte”, completa o diretor geral.Mesmo com o mercado brasileiro em banho-maria, as montadoras pressionam transformadores e sistemistas por um engajamento concreto nos parâmetros de automação e digitalização na trilha do conceito da fábrica inteligente. Saltori tem aproveitado essa deixa ofertando, com base na autonomia de sua empresa em injetoras e periféricos, células produtivas tipo “plug & produce” (ligue e produza). “Contam com o comando Unilog 88, presente em todas as nossas injetoras, integrado a robôs, desumidificadores, termorregu-ladores e controles de fluidez”, descreve o especialista. “O sistema é interligado através de roteador com entradas USB”.CICLO ABREVIADOCom 44 anos de bagagem em es-pecialidades poliméricas no Brasil, a inglesa Croda tem vaga reservada para suas soluções em autopeças injetadas. “As mais procuradas são desmoldantes e o aditivo anti-risco”, distingue Lygia Bruni, coordenadora de marketing para a América Latina. “Ambos oferecem van-tagens econômicas durante o processo, pois dispensam o uso de spray de silicone, reduzindo assim os ciclos de produção e a incidência de desgaste nas máquinas, além de contribuírem para o acabamento das peças com decorrente declínio dos índices de rejeição”.Entre os chamarizes acenados aos componentes automotivos injetados pelos desmoldantes Incromold, Lygia ressalta as melhorias proporcionadas ao fluxo e à dis-persão de polímeros com carga. “Também favorecem o esmero superficial da peça, protegendo-a contra riscos e arranhões, e elevam a produtividade, pois baixam o ciclo de injeção e a quantidade de refugo gerado em linha e de produtos acabados Macropess: injetoras da Wittmann Battenfeld mais procuradas para autopeças complexas como lentes.virtudes de uma injetora diferenciada, mas prevalece a inclinação por investir em linhas menos produtivas e geradoras de muito refugo, pois seu preço inferior cabe na verba encurtada por determinação da matriz da companhia para a unidade motor possuidores de insertos metálicos e contatos elétricos. “Elementos como lanternas e faróis são a vocação das inje-toras Smartpower, de 25 a 400 toneladas, enquanto as máquinas elétricas Ecopower, de 25 a 40 toneladas, mandam bem em Julho/2018plásticos em revista10AUTOPEÇASVISORreprovados”, completa a executiva.Por seu turno, assinala Lygia, os aditivos anti-risco Incroslip SL, sobressem pelo deslizamento, estabilidade, alta resis-tência a condições climáticas intensas e baixo efeito blooming. Aditivos insaturados convencionais, exlica a técnica, degradam quando submetidos a ambientes de altas temperaturas e à radiação UV, acentuando assim a visibilidade de manchas brancas na peça injetada. “É uma ocorrência fre-quente em painéis pretos de instrumentos após grande exposição a raios UV”, ilustra Lygia. Incroslip SL não cabe nessa moldu-ra, ela frisa, pois suas cadeias saturadas aumentam sua resistência a esse tipo de intemperismo. “Além do mais, esses aditivos melhoram a desmoldagem da peça injetada e não alteram sua aparência final, destoando de alguns tipos capazes de deixá-la com aspecto mais pegajoso”, arremata a coordenadora de mareketing da Croda. AGENTE COMPATIBILIZANTEA ExxonMobil trata de abrir caminho na indústria automotiva brasileira para os polímeros Vistamaxx. Entre os alvos dessa especialidade figuram compostos poliolefínicos para componentes de iso-lamento acústico, indica Newton Atore, engenheiro de vendas do produto para o mercado interno. “Vistamaxx tem lugar em peças termoformadas ou injetadas com alto teor de carga e exigência de algum nível de flexibilidade, dois atributos que constituem vantagens sobre materiais concorrentes”, delimita o técnico. “Essas peças são mon-tadas como revestimento do carpete ou frontal (entre o motor e o interior do carro)”.Outra vocação de Vistamaxx cultivada por Atore é seu uso como compatibilizante entre polietileno (PE) e polipropileno (PP) em peças nas quais as montadoras pre-tendem ampliar a quantidade de material reciclado, a exemplo de painéis de portas, consoles, caixas de roda ou coberturas de colunas. “Ao compatibilizar ambas as poliolefinas, os polímeros de performance Vistamaxx aperfeiçoam as propriedades mecânicas e modificam o comportamento do fluxo, melhorando o processamento”, sumariza Atore.TRIBOPLÁSTICOS RESPONDEM NA BUCHALimpadores de parabrisa. Válvulas de injeção, mecanismos de pedais ou sistemas de transmissão e de assentos dão ideia da abrangência das aplicações automotivas de um material nobre paten-teado pela alemã igus: o composto tribo-lógico e autolubrificante iglidur. Márcio Marques, gerente de produto para buchas e mancais de iglidur da filial brasileira, salienta a redução de peso proporcionada por esse polímero e assinala que as peças manufaturadas com iglidur são resistentes a impurezas, de alta capacidade estática e livres de corrosão, manutenção e lubrifi-cação. “Substituem buchas e rolamentos metálicos em qualquer aplicação deslizante e a custos de compra que podem ser até 40% inferiores”. No plano mais específico, o executivo enxerga competitividade para sua especia-lidade importada desbancar metais no setor automotivo brasileiro em mecanismos de assentos. “O emprego de iglidur diminui o peso em até 80% e, por absorver a vibra-ção, evita ruídos”, sustenta Marques. As-sentos e dobradiças também passam pelo radar de iglidur para deslocar componentes automotivos injetados no Brasil com com-postos de poliamida (PA) 6. “O polímero tribo-otimizado ganha em durabilidade e resistência mecânica e, assim como pela dispensa de qualquer insumo auxiliar lubrificante”, explica Marques. “Devido à movimentação constante e intensa, essas Jane Campos: Radici amplia em 40% a capacidade de produção de compostos.Acabamento: aditivo anti-risco da Croda prolonga aparência de peça nova.Julho/2018plásticos em revista12AUTOPEÇASVISORaplicações demandam elementos robustos e resistentes ao desgaste”. Outra frente pro-missora para iglidur na seara automotiva é descerrada pela sua versão em pó na im-pressão 3D por sinterização seletiva a laser de elementos como buchas deslizantes . Com baixa flamabilidade e propagação de chamas, o grade iglidur I 3 SLS ultrapassa os padrões de segurança estipulados pela regulamentação norte-americana Federal Motor Vehicle Safety Standards (FMVSS) 302 a respeito de incêndio no interior dos veículos, causado pelo uso descuidado de fósforos e cigarros. FÉ NA VIRADANo momento, a maior demonstração de fé cega na retomada da demanda de peças técnicas injetadas, componentes au-tomotivos à frente, procede da Radici Plas-tics Brasil, vice-líder em compostos de PA 6.6 com fábrica modelo em Araçariguama, interior paulista. “Estamos aumentando em 40% nossa capacidade produtiva, por meio da incorporação de nova extrusora Coperion STS 75, já em escala industrial”, sublinha Jane Campos, CEO da subsidiária local da corporação italiana. “Temos cinco extrusoras somando potencial de 16.500 t/a para compostos, entre eles novos tipos à base de poliftalamida (PPA) e de sulfeto de polifenileno (PPS). Em dois anos, ela calcula, foram investidos R$ 13 milhões na operação brasileira. “Apenas em 2017, mo-dernizamos o laboratório e a infraestrutura fabril mediante a ativação de ensacadora automática e migraremos em breve para o sistema de software aplicativo de gestão empresarial SAP”, ela ilustra. Aurelio Giovanni Mosca, diretor técnico/comercial da componedora Krisoll, sediada na Grande São Paulo, reconhece o impacto da recessão sobre as encomen-das de suas formulações para a injeção de autopeças. Em reação, ele contrapõe, “temos trabalhado muito para ajustar os compostos ao melhor custo/benefício para os projetos que chegam e, nesse sentido, a lição diária de casa, ainda mais na conjuntura econômica atual, passa pela negociação de polímeros, aditivos e demais componentes das soluções”. Além da milhagem premium de voo no ramo e do laboratório próprio para desenvolvimentos, o pulo do gato da Krisoll é sua flexibilidade para atender pequenas campanhas, evidencia Mosca. Entre os feitos recentes, o dirigente cita grades das famílias Sollamid A 2750 e B 2750. “Tratam-se de compostos de PA em diversas concentrações de elastômeros e, entre os componentes automotivos em vista, constam buchas, presilhas e suporte de bancos. “São soluções de excelentes propriedades mecânicas sob impacto, sobretudo sob intervalos bruscos de temperaturas na faixa de 20ºC a -30ºC”, afiança Mosca. O BLOQUEIO DO BLOCONo final do ano, vence o prazo de 12 meses de redução temporária da alíquota de importação de 12% para 2% para cotas de dois polímeros nobres com cadeira cati-va na injeção de autopeças: PA 6, com cota de 35.040 toneladas, e, no caso de policar-bonato (PC), 7.200 toneladas. A permissão dada pelo governo para importação de frações das duas resinas com alíquotas alfandegárias menores foi publicada em 5 de dezembro do ano passado e a medida é passível de renovação. Pequeno detalhe: nenhum desses ter-moplásticos tem produção nacional, o que em tese justificaria a adoção de imposto de importação sem limitação de volumes e período estabelecido de vigência. Mosca: cota para importar PA 6 com tarifa de 2% está muito abaixo da demanda para compostos.Painel de porta: Vistamaxx compatibiliza PE e PP em peças injetadas com reciclado.Julho/2018plásticos em revista13Mas na prática, ainda mais no Brasil, a teoria é outra. Procurada por Plásticos em Revista, a Câmara de Comércio Ex-terior (Camex) informa a existência de diversos mecanismos para a reivindica-ção de alterações tarifárias no âmbito de questões pertinentes à temporariedade e estabelecimento de cotas. A ferramenta escolhida pela Radici Fibras e Sabic Brasil para o pleito de rebaixamento do imposto de importação para PA 6 e PC (em pó e flocos), esclarece a Camex, teve como lastro o argumento do desabastecimento regional no Mercosul. “O instrumento de redução da tarifa do imposto de importação é regido pela resolução do Grupo Comum Mercosul (GMC) nº08/08 e depende de aprovação prévia dos Estados Partes”, elucida a Camex. Sob limite de cotas, as alíquotas podem declinar até 2% com validade máxima de 12 meses.PC não é produzido nos países filia-dos ao Mercosul. Quanto a PA 6, o último relatório da Câmara Argentina da Indús-tria Plástica (Caip) registra simbólicas produções do polímero em 2016 e 2017, respectivamente de 800 e 500 toneladas, volumes muitíssimo abaixo das cotas liberadas para importações brasileiras. “O pleito de PA 6 foi realmente feito pela Radici Fibras, pois o setor têxtil é bastante sensível a custos”, confirma Jane Campos, CEO da Radici Plastics Brasil. “Ocorre que código 3908.1024 de Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) para poliamidas, inclui os tipos 6 e 6.6. Para zerar a tarifa de im-portação de PA 6, pois o Mercosul tem no Brasil um produtor do polímero 6.6, seria preciso dispor os ma-teriais em NCMs em separado e criar novo sufixo, o que depen-de da aprovação de todos os membros do bloco”. Por contar com polimerizadores pequenos de PA 6, completa a dirigente, a Argentina se opôs a redução permanente sem limites em vo-lume do imposto de importação de PA 6.“O volume con-cedido no regime temporário é irrisó-rio”, considera Aurelio Mosca, diretor da Krisoll. “A necessidade mensal do grade standard de PA 6 para compostos gira no Brasil em torno de 1.000 t/mês”. O ônus da alíquota de importação no topo para o grosso dos volumes trazidos de um polí-mero sem contratipo nacional é sentido de imediato na sua industrialização, emenda inconformado o componedor. “Somado o imposto de 14% e as demais despesas de internação, o saldo incide na casa de 20% no custo direto do material e nossa indús-tria não suporta este peso, sendo forçada a baixar as já pequenas margens de lucro”. Oxalá NCM também não signifique Ninguém Consegue Mudar. •Assentos: mecanismos na mira de iglidur para desbancar metais e PA 6.Julho/2018plásticos em revista14CONJUNTURAPraxe no Brasil dos últimos tem-pos, as estimativas para o PIB da Argentina assoviadas em janeiro entraram em obsessiva revisão para baixo antes mesmo da virada do semestre. Abriram 2018 com previsão de avanço de 3% sobre o aumento de 1,7% no PIB de 2017 e há analistas antevendo contração da ordem de -1% para o de 2018 e a economia rumo à quinta recessão em 10 anos. Compõem a nitroglicerina da conjuntura a inflação em torno de 30%, taxa de 45% do juro básico, abrupta desvalorização do peso e a dívida total de US$ 253 bilhões, levando o governo Macri ao guichê do Fundo Monetário Internacional para contrair empréstimo de US$ 50 bilhões concedidos sob compromissos tipo podar US$ 7,1 bilhões dos gastos públicos no próximo ano. Como plástico é um espelho da economia, o vai da valsa atual não pre-nuncia, para 2019, um mercado argentino de resinas mais sarado que o assim assim de 2017. Pelo levantamento anual da Câmara Argentina da Indústria Plástica (Caip), o consumo per capita do material ficou em 41,9 kg no ano passado, patamar de leve acima dos 39 kg registrados em 2006. Entre termoplásticos commodities, nobres, termofixos e intermediários, a entidade chega ao saldo de 1.631.032 toneladas em 2017, o segundo pior des-de 2013, perdendo apenas para o bem próximo consumo aparente de 1.597.963 toneladas em 2016. Na esfera dos ter-moplásticos, a Argentina passa ao largo da produção de resinas de engenharia, exceção feita ao raquitismo dos números de poliamidas 6 e 6.6. De uma produção orçada em 40.000 toneladas em 2013, os volumes gerados quase zeraram nos últimos anos – 800 toneladas em 2016 e 500 em 2017, atesta a Caip.O banho-maria na economia per-meia os indicadores do desempenho dos O vinho desandouConsumo argentino de resinas reflete o pior momento do governo MacriARGENTINABühler-Vidal: governo provocou reajustes nos preços para o consumidor final.Argentina: desvalorização do peso aproveitada por muitas empresas para aumentar preços.Julho/2018plásticos em revista15termoplásticos commodities (ver quadro abaixo). No plano geral dos polietilenos (PE), analistas situam em 665.000 t/a a capacidade nominal argentina. Em 2017, no cômputo do polímero de baixa densidade (PEBD) somado ao tipo linear (PEBDL), o relatório da Caip constata consumo aparente de 355.590 toneladas, o pior indi-cador desde 2013. Quanto à resina de alta densidade (PEAD), o consumo aparente de 2017, pincelado em 284.814 toneladas, foi o segundo mais baixo em cinco exercícios. Em contraste, PVC, com capacidade local de 230.000 t/a, teve em 2017 o melhor consu-mo aparente – 175.084 toneladas – anotado pela Caip a partir de 2013. Em polipropileno (PP), cuja capacidade argentina paira em 310.000 t/a, o consumo aparente foi o segundo melhor em cinco anos. No com-partimento de poliestireno (PS), polímero cuja capacidade limita-se a 66.000 t/a no país vizinho, o consumo aparente de 57.648 toneladas em 2017 sinaliza estagnação face aos quatro anos precedentes. Por fim, a CAIP evidencia no consumo aparente de PET em 2017, projetado em 190.119 tonela-das, o maior recuo desde 2013. A Argentina dispõe de capacidade para prover 190.000 t/a do poliéster grau garrafa e de 67.525 para o grau têxtil. No mirante do comércio ex-terior, o analista argentino Jorge Bühler-Vidal, dirigente da con-sultoria Polyolefins Consulting, atenta para o fato de as importa-ções argentinas de PEBD/PEBDL no ano passado terem sido as maiores em cinco anos. Confor-me esclarece, o saldo decorre da explosão, em 2 de novembro de 2015, ocorrida na planta de 95.000 t/a de PEBD da Dow, paralisada em Bahia Blanca para reparos na maior parte de 2016. “Daí as importações na faixa de 250.000 toneladas computadas pela CAIP no exercício de 2016 e que refluíram para cerca de 218.000 em 2017, volume ainda superior as compras externas de PEBDL e PEBD nos registros de 2013 a 2015”, ele argumenta.Bühler Vidal deixa claro que a política econômica de Macri na primeira metade do seu mandato, iniciado em 10 de dezembro de 2015, causou escoriações invo-luntárias no mercado do plástico argentino. “Nos primeiros tempos de sua gestão, Macri adotou uma estratégia de gradualismo, da qual fez parte a revogação de limites para a compra de moeda estrangeira e seu envio e recebi-mento no exterior”, ele observa. POLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE 328.078 377.194 330.030 313.000 311.000POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE 256.993 244.948 249.443 286.920 284.000PVC 205.964 204.882 204.045 212.579 210.554POLIPROPILENO 251.276 247.827 288.627 285.151 291.783POLIESTIRENO 44.090 56.921 58.713 61.185 60.900PET 184.087 185.000 162.004 158.000 152.000PRODUÇÃOPOLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE 186.845 170.545 188.057 250.659 218.501POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE 122.135 111.253 116.778 105.518 104.523PVC 57.460 49.212 64.189 58.244 52.490POLIPROPILENO 50.961 52.077 42.808 53.714 74.919POLIESTIRENO 11.095 1.458 4.499 1.451 1.480PET 63.113 67.692 104.379 58.235 52.646IMPORTAÇÃOPOLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE 123.603 132.024 103.343 170.251 173.911POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE 79.464 79.350 72.647 123.284 103.709PVC 102.787 113.300 99.103 139.908 87.960POLIPROPILENO 19.367 32.437 31.831 58.267 74.391POLIESTIRENO 1.713 3.714 3.703 5.300 4.732PET 27.034 23.681 8.588 11.511 14.527EXPORTAÇÃOPOLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE 391.320 415.715 414.744 393.408 355.590POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE 299.664 276.851 293.574 269.154 284.814PVC 160.637 140.794 169.131 130.915 175.084POLIPROPILENO 282.870 267.467 299.604 280.598 292.311POLIESTIRENO 53.472 54.665 59.509 57.336 57.648PET 220.166 229.011 257.795 204.724 190.119CONSUMO APARENTENotas: Consumo Aparente = Produção + Importação - Exportação | Os dados de Polietileno de Baixa Densidade incluem aqueles correspondentes ao Polietileno de Baixa Densidade Linear. | Fonte: CAIPARGENTINA: CONSUMO APARENTE DE RESINAS POR TIPO DE MATERIA-PRIMA - EM TONELADAS 2013 2014 2015 2016 2017Julho/2018plásticos em revista16CONJUNTURAARGENTINA“Com esta liberação, unificaram-se o câmbio oficial e informal, uma medida de simplificação regulatória que a oposição traduziu como desvalorização do peso e foi aproveitada por muitas empresas para aumentar preços, mesmo com base em insumos com pouca ou nenhuma relação com moedas do exterior”. Vidal acrescen-ta que, para poder reduzir o déficit fiscal e incentivar investimentos no setor de energia, o governo encareceu as tarifas de gás e eletricidade, entre outros ser-viços, alimentando assim consequentes reajustes nos preços para o consumidor final. “Embora visassem solucionar o desarranjo da economia deixado pela era Kirchner, essas medidas penalizaram o comércio e consumo e, por extensão, afetaram a demanda de plásticos”.Para cimentar sua visão das pers-pectivas para o mercado argentino a curto prazo, o consultor se vale de projeções do grupo espanhol Banco Bilbao Viscaya Argentinaria (BBVA). Por esta fonte, o PIB argentino deve fechar o ano com avanço de 0,5% e de 1,5% em 2019. Na mesma linha, o dólar deve ser cotado em 28,9 pesos ao final de 2018 e em 32,9 pesos na virada do período seguinte. Por fim, a inflação argentina caminha para pairar em 29,6 % no exercício atual e em 20,8% no ano que vem. Na interpretação do BBVA, “ao efeito negativo da seca em 2018 se soma o impacto contrário à expansão econômico trazida pela crise cambial e as necessárias políticas – mais restritivas que as anteriores – de ajuste monetário e fiscal”, avalia a pesquisa. “O crescimento menor do Brasil é outro empecilho signi-ficativo e, por isso tudo, revisamos para baixo (de 2,6% para 0,5%) a previsão de avanço do PIB para 2018 e 2019”.Vidal retoma o fio condicionando à esperada estabilidade econômica nos dois países à volta de uma tendência ascendente no consumo argentino de resinas, contri-buindo para justificar novas capacidades de poliolefinas no país, com vistas ao consumo doméstico e exportações. Com chancela da Associação Bra-sileira da Indústria Química (Abiquim), a aduana nacional registra que, quanto a PEBD, o Brasil exportou para a Argentina 72.801 toneladas em 2016; 69.829 em 2017 e 24.446 no primeiro semestre deste ano. Na mesma progressão no âmbito de PEBDL, foram remetidas 48.563 toneladas em 2016; 48.110 em 2017 e 21.252 de janeiro a junho último. Em PEAD, foram remetidas 62.970 toneladas em 2016; 645.313 em 2017 e 29.539 no semestre passado. No front de PP, o Brasil despa-chou para a Argentina 52.343 toneladas em 2016; 75.765 em 2017 e 33.590 na metade inicial de 2018. Em relação a PS, as exportações totalizaram 7.231 tonela-das em 2016; 4.591 em 2017 e apenas 2.449 no primeiro semestre do exercício atual. Os volumes tíbios estendem-se a PVC: o Brasil mandou ao país vizinho 11.078 toneladas em 2016; 13. 687 em 2017 e 5.138 nos primeiros seis meses deste ano. A mesma discrição transparece na seara de PE: remessas para a Argentina de 4.802 toneladas em 2016; 5.346 em 2017 e meras 1.938 no semestre passado. Por seu turno, rezam as mesmas fontes, o Brasil importou da Argentina, no tocante a PEBD, 16.272 toneladas em 2016; 36.147 em 2017 e 23.658 no pri-Flexíveis: locomotiva das importações argentinas de transformados do Brasil.Roriz: aumento nas vendas de transformados brasileiros para Argentina.Julho/2018plásticos em revista17meiro semestre de 2018. Em PEBDL, foram trazidas 10.901 toneladas em 2016; 11.187 em 2017 e 7.330 na primeira metade deste ano. Quanto a PEBD, vieram da Argentina 95.565 toneladas em 2016; 88.411 em 2017 e 53.525 de janeiro a junho últi-mo. Em PP, entraram 57.698 toneladas em 2016; 75.073 em 2017 e 45.880 no semestre passado. Em termos de PAS, ingressaram aqui 72.570 toneladas em 2016; 55.005 em 2017 e 32.926 nos seis meses iniciais de 2018. No compartimento de PVC, a Argentina internou no Brasil 84.673 toneladas em 2016; 64.813 em 2017 e 36.455 de janeiro a junho último. No arremate, o Brasil importou do vizinho 4.763 toneladas de PET em 2016; 8.734 em 2017 e 4.523 no semestre passado.Ainda nos meandros desse comércio exterior, chama a atenção uma percepção da consultoria MaxiQuim: no saldo de 2017, as importações brasileiras de PE da Argentina, mesmo à sombra da vantagem logística e das isenções tarifárias do Mer-cosul perderam em volume para a resina dos EUA. Vice-presidente da Unidade de Negócio de Poliolefinas, Renováveis e Europa da Braskem e coordenador da co-missão setorial de resinas termoplásticas (Coplast) da Abiquim, Edison Terra inter-preta essa mudança. “Sob a retomada do mercado brasileiro em 2017, o consumo de PE expandiu em volume ao redor de 6%”, ele expõe. “Com o aumento da oferta do polímero produzido na América do Norte, algumas petroquímicas buscaram criar uma estratégia regular de exportação e a América do Sul, Brasil incluso, é um dos principais destinos desse adicional da produção norte-americana”. Como a produção argentina de PE ficou estável no ano passado, amarra as pontas o dirigen-te, “é natural que haja mais espaço para crescimento na região das importações vindas dos EUA. A propósito, nota-se cada vez mais, no mercado brasileiro de PE, o crescimento do número de com-petidores responsáveis por boa parte do recente ciclo de investimentos na capaci-dade norte-americana da resina”. Flexíveis puxam as exportações brasileiras de transformados para a Argentina, atestam indicadores oficiais repassados pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). Em 2017, foram remetidas 5.800 tonela-das de chapas, folhas, tiras e lâminas, equivalentes a 14 % do total de artefatos plásticos do Brasil então embarcados para o país contíguo. Em contrapartida, o sopro lidera as importações brasileiras de transformados argentinos, com garrafões, garrafas e frascos detendo 24% dessas embalagens internadas no ano passado. No semestre passado, o Brasil exportou 21.318 toneladas de artefatos plásticos para a Argentina e importou 13.415. José Ricardo Roriz Coelho, presi-dente da Abiplast, calibra com moderação sua expectativa de que a cadeia plástica argentina volte logo aos eixos. “No geral, projetamos para este ano aumento da ordem de 4% nas exportações brasileiras de transformados sobre 2017, movimento que refletirá incremento dos embarques para o nosso maior mercado, a Argenti-na”, ele assinala. “Para as importações, prevemos aumento de 17% em relação ao ano passado, mas essa estimativa ainda deve considerar o arrefecimento da demanda brasileira desde maio”. •Terra: aumenta disputa no Brasil entre PE da Argentina e dos EUA. Embalagens sopradas: 24% das exportações para o Brasil de transformados argentinos em 2017. Next >