< PreviousJunho/2018plásticos em revista49-se a bens não duráveis, sem demanda re-primida. Pela nossa análise, foram perdidos com a greve em torno de 15 dias de produção no geral da cadeia plástica”. Além do mais, encaixa, pesa o impacto financeiro da parada. “Muitos transformadores já passavam maus momentos antes da greve, efeito da crise nos últimos anos com capital de giro insuficiente e nível crescente de endividamento”. O estouro da boiada do dólar e barril foi somatizado pelas resinas em suas cota-ções . “Os preços subiram cerca de 12% em reais no primeiro semestre de 2018 sobre o mesmo período em 2017”, situa a consul-tora. “Esse incremento ocorreu por conta do câmbio e do encarecimento do custo de produção – o preço da nafta, principal rota petroquímica no Brasil, aumentou perto de 20% de janeiro a junho sobre o mesmo semestre no ano passado, resultado da sua correlação com o petróleo”. Parte do reajuste das resinas, considera Solange, foi repassado às indústrias finais e a parcela não transferida pela transformação reduziu suas margens. De janeiro a junho último, o dólar ocupou a pole das opções de investimento ESTIMATIVAS MERCADO BRASILEIRO DE RESINAS TERMOPLÁSTICAS - estimativa S1 (1º semestre) 2018MIL TONELADASPRODUÇÃOEXPORTAÇÃOIMPORTAÇÃOCONSUMO APARENTE (CA)CA ( ? % (S1 18/S1 17)PRODUÇÃO ( ? % (S1 18/S1 17)EXPORTAÇÃO ( ? % (S1 18/S1 17)IMPORTAÇÃO ( ? % (S1 18/S1 17)PEBD347108673066,5%-1%-24%-14%PEBDL407146178440-1,3%-8%-12%5%PEAD5881921195153,5%5%4%-4%PE´S134244536412602,5%-1%-9%-2%PS1921810184-5,1%-7%-36%-34%PP8112231667555,7%-5%-23%12%PVC330581724451,9%-5%-6%13%PET GARRAFA280482725918%-5%-53%-1%POLIOLEFINAS215366853020153,6%-2%-14%2%TOTAL295679273929023,9%-3%-19%4%ESTIMATIVAS MERCADO BRASILEIRO DE RESINAS TERMOPLÁSTICAS - período de 2018 (em mil toneladas)MIL TONELADASPRODUÇÃOEXPORTAÇÃOIMPORTAÇÃOCONSUMO APARENTE (CA)CA ( ? % (18/17)PRODUÇÃO ( ? % (18/17)EXPORTAÇÃO ( ? % (18/17)IMPORTAÇÃO ( ? % (18/17)PEBD6852201506151,7%-5%-15%7%PEBDL8352803539094,4%-1%-10%5%PEAD116437726510513,2%1%0%10%PE´S268387676825753,3%-1%-7%7%PS39350203632%1%-17%-26%PP165643532615485,1%-3%-21%5%PVC6551033569091,7%-8%-25%12%PET GARRAFA550108494915,2%-7%-40%-9%POLIOLEFINAS43401311109441234%-2%-12%6%TOTAL59381572151958853,6%-3%-16%6%fonte: MaxiQuimJunho/2018plásticos em revista50TENDÊNCIASRESINASMERCADOao valorizar-se 16, 96% sobre o real. A soma dessa decolagem ainda em curso com a sequência de reajustes no barril de petróleo (14,2% para o tipo WTI somente no segundo trimestre) e seus reflexos sobre a nafta petroquímica (aumento de 27,4% nos preços internacionais conver-tidos em reais de janeiro a maio versus mesmo período em 2017) instaurou a temporada de encarecimento das resinas no Brasil. No radar da Associação Brasi-leira da Indústria do Plástico (Abiplast), o monitoramento acusa, para o período de 5 de janeiro a 22 de junho último, os seguintes reajustes nos preços em reais: polietileno de baixa densidade (PEBD), + 21%; polietileno linear (PEBDL); +15,4%; polietileno de alta densidade (PEAD), + 24%; polipropileno (PP), + 19,3%; polies-tireno (PS), + 11,6% e PVC, + 20%. Pela lupa da MaxiQuim, foram estes os aumentos esti-mados para a primiera metade do ano: PE, + 13%; PP, + 14%; PS, + 10%; PVC, + 15% e, no topo do pódio, PET, com reajuste projetado em 40%. Conforme foi noticiado, a Braskem, única produtora no país de poliolefinas e a maior de PVC, anunciou ao final de junho aumento válido para julho de até 7% para PE e teria reajustado PEBD e PEBDL em RS$ 500/t e PEAD e PP em RS$ 600/t. Anos a fio de construção civil no free-zer enregelaram, em reflexo condicionado, o consumo interno de PVC. “O consumo do vinil cai desde 2014 e, entre este ano e 2017, a queda acumulada supera a marca de 35%”, di-mensiona Solange. “O mercado interno de PVC só deve voltar ao patamar de 2013 em 2020”. A situação também é de calmaria para os lados de PS, cujo mapa do consumo, a grosso modo, compõe-se de dois hemisférios: eletroeletrônicos, com gela-deiras à frente, e embalagens one way e artigos descartáveis. “Para este ano, o consumo interno do polímero em eletroeletrônicos deve empatar com 2017 e crescer 1% no âmbito dos descartáveis, inclusive sob impacto da irreversível ten-dência de retração em alguns itens dessa categoria causada pela maior consciência ambiental notada em parte da população”, interpreta Solange.O mercado internacional tem sido, nos últimos anos, um refúgio da retração interna para as poliolefinas do Brasil. Mas Solange enxerga alterações logo à frente. “Até maio último as exportações de PP e PE foram 15% inferiores ao mesmo período um ano atrás e, para o exercício de 2018, espera-se um recuo de 12% sobre 2017. Apesar do câmbio favorável, a redução nos volumes embarcados decorre da competitividade da Braskem afetada pelo custo da nafta, além da moderada reação na demanda doméstica”. Na mão oposta, a analista julga que as importações brasileiras de PE seguirão robustas, “se considerarmos o efeito negativo da alta do petróleo na competitividade da resina nacional”. Pela marcação da MaxiQuim, os EUA representaram 38% das compras externas de PE pelo Brasil no ano passado, superando as nossas importações da vizi-nha Argentina, cuja participação foi fixada em 30%. “Além do mais, o movimento de players internacionais para vender na América Latina veio para ficar”. PET PESCA EM ÁGUAS TURVASMesmo em crônica superofer-ta doméstica, PET liderou os reajustes nos preços inter-nos das resinas no primeiro semestre, sustenta a consul-toria MaxiQuim, orçando em 40% o encarecimento aferido no poliéster grau garrafa. Usuária do polímero, a bioleve, força motriz nacional em água mineral e bebidas não alcoólicas, sentiu no bolso o ônus da matéria-prima. “ De janeiro a junho, aferimos aumento de 30% nos custos das embalagens, representando 20% no custo do produto final”, calcula Luis Tojo Soler, diretor industrial da empresa sediada em Lindóia, interior paulista. “Não temos espaço para repassar este reajuste nos preços de PET, haja vista a forte retração. O caminho a seguir é reduzir custos produtivos, otimizar a logística e se contentar em pagar as despesas”. Quanto ao comportamento dos custos das embalagens no segundo semestre, Tojo mantém o pé atrás. “Teremos um cenário muito complicado até dezembro, no qual devemos acompanhar muito de perto as oscilações dos preços da resina numa conjuntura afetada pelo período eleitoral e paralisações do trabalho durante a Copa num ano já dificultado pela greve dos caminhoneiros”.Tojo: embalagens de PET da bioleve encareceram 30% no primeiro semestre.Roriz: aumento de custos para o transformador difíceis de repassar.Junho/2018plásticos em revista52TENDÊNCIASRESINASMERCADODISTRIBUIDORES NA MONTANHA-RUSSAA Serasa Experian calcula em 5,122 milhões o número de empresas micro e pequenas inadimplentes em maio, 15ª alta consecutiva e recorde histórico nacional. Ainda segundo a empresa de monitora-mento financeiro, a indústria respondeu por 8,7% dessas pessoas jurídicas com dívidas pendentes e o quadro geral é atribuído a retomada em passo de cágado aliada às sequelas da greve dos caminhoneiros. O ce-nário também deixa subentendido a parada dura enfrentada pelos distribuidores de poliolefinas, as resinas mais consumidas, como expõe nesta entrevista Láercio Gonçalves, presiden-te da distribuidora Activas, vedete da rede Braskem, e da Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins (Adirplast).No início do ano, qual era a sua expectativa para as vendas de PE e PP pela distribuição no primeiro semestre de 2018 versus mesmo período em 2017? Como os 11 dias de greve dos caminho-neiros em maio alteraram essa projeção?Sabíamos que 2018 seria difícil, devido aos fortes movimentos de mercado, incertezas políticas, elevação do preço do barril de petróleo, variação/instabilidade cambial, previsões de aumento de resina enfim, por ser ano de Copa do Mundo e de eleições. Na Activas, prevíamos fechar o primeiro trimestre nos patamares de volume e resultados aferidos no mesmo período de 2017. Porém, houve uma inversão de projeções. Esperávamos que fevereiro fosse pior que março, devido ao carnaval e por ser mês curto. A prática nos mostrou o contrário: fizemos um fevereiro muito bom e março foi aquém do que imaginávamos- o efeito de queda livre a partir daí se deu devido a grande dificuldade do transformador repassar todos os reajustes de preço para a cadeia e, consequentemente, sofrer com queda em seu processo produtivo. Com a greve dos caminhoneiros na etapa final de maio, tivemos 11 dias seguidos de bloqueios nas estradas em praticamente todo o território nacional, impedindo a circulação de pessoas e produtos. Isso causou um transtorno no país e impacto muito grande nas projeções de maio e, de novo, uma inversão de performance do mês em relação ao que planejáramos. Projetávamos um excelente maio e junho algo mais fraco, devido aos jogos da Copa. Na prática, fizemos um maio ruim, como já dito, e junho foi um mês encerrado com uma boa performance. Outro ponto que posso sinalizar sobre o primeiro semestre foi o confronto da distribuição autorizada com muita resina derivada de outros canais que não os oficiais. Qual a sua expectativa para a distribuição de PP e PE no segundo semestre e, a partir daí, qual deverá ser o saldo do movimento dela no exercício inteiro de 2018? Se a distribuição terminar 2018 com a mesma performance e os mesmos resultados de 2017, já ficaremos muito felizes; é uma vitória. 2018 está sendo um ano de muitas indefinições, altos e baixos e a greve dos caminhoneiros representa um choque negativo para uma economia que se recuperava mais devagar que o previsto. O aumento do preço do petróleo, a desaceleração da economia global e a incerteza em torno das eleições também não nos ajudam. As últimas semanas têm sido de turbulência atrás de turbulência no Brasil, uma verdadeira montanha-russa. Mal saímos de uma greve de caminhoneiros, presenciamos uma espécie de pânico tomar conta dos mercados financeiros, com o dólar atingindo patamar próximo de R$ 4,00. Os distribuidores conseguiram repassar uma parcela aceitável dos reajustes nos preços de PE e PP no primeiro semestre? Os distribuidores não têm como atenuar ou absorver qualquer percentual deste aumento expressivo. Ou seja, temos que repassar os reajustes na integralidade, devido às margens baixas que operamos. Com a greve dos caminhoneiros, o aumento generalizado dos preços e a dificuldade para desovar estoques, as indústrias finais têm retraído suas encomendas de transformados. Quais os efeitos colaterais dessa situação sobre a participação das revendas autônomas no varejo de poliolefinas este ano?Os grandes transformadores (fontes das revendas autônomas) também sofreram muito com o desabastecimento devido à greve dos caminhoneiros e, por causa desse cenário já mencionado, eu acredito que este é o momento de estes empresários voltarem o foco e seus olhares para o próprio negócio, para a gestão de suas empresas e para o seu processo produtivo. A probabilidade é de que a revenda de resina excedente no varejo fique em segundo plano.Como a nova representação de PE micronizado se enquadra na estratégia operacional da Activas?Iniciamos em junho uma parceria para comercializa PE micro-nizado com a Avanplas Polímeros da Amazônia, empresa constituída em 2003 e localizada no Polo Industrial de Manaus com o objetivo de produzir e comercializar compostos termoplásticos. Desse modo, incorporamos uma novidade ao portfólio: a linha de micronizados Avalene, visando atender o crescente mercado de peças rotomoldadas como caixas d'água, tanques agrícolas e brinquedos.Gonçalves: sucessão de previsões nocauteadas pela instabilidade. Junho/2018plásticos em revista53IMPACTO DE R$1,8 BILHÃOA indústria de transformação também engrossa a fila de revisores das previsões para 2018. “No início do ano, o setor esperava crescimento mínimo de 6% no primeiro semestre sobre o mesmo período em 2017 e já recalculamos a projeção para 4%”, lembra José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Abiplast e presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Em meio à volta atrás nas estimativas, ele conta, por força de maus resultados colhidos pelo setor em alguns meses, estoura a greve dos caminhoneiros travando o escoamento dos produtos transformados. “Muitas de nossas empresas até mantiveram seu nível de produção mediante uso de estoques de matérias-primas, mas acabaram com pro-dutos acabados armazenados a custo alto, sem poder entregar e faturar”, descreve o di-rigente. “Outros transformadores reduziram a produção por falta de resina encomendada e não recebida.” Essas semanas de atraso, ele amarra as pontas, impactaram em R$ 1,8 bilhão no mês o caixa das empresas do setor. “As próprias petroquímicas baixaram o ritmo de produção, a ponto de chegarem a operar a 50% da capacidade”. Roriz frisa não ter sido apenas a greve quem minou as perspectivas iniciais. “Tivemos uma resposta mais lenta que o previsto no desempenho da economia e pressões de alta nas matérias-primas”, comenta. “Além do mais, o custo salgado da energia, a expectativa do fim da desone-ração da folha de pagamento e estimativas de alta no frete por conta do tabelamento do preço mínimo implicam aumento dos gastos comprometidos para a situação do setor”. Vem daí a sua refeita projeção de a indústria transformadora fechar o ano com crescimento limitado a 2,5%. Sob recessão há quase quatro anos e a antevisão de instabilidade política e econô-mica sem fim à vista, a desindustrialização em curso do setor transformador tende a progredir, evidencia Roriz. “Vivemos um evidente processo de desindustrialização, refletido aliás na própria queda da partici-pação no PIB da indústria no plano geral, hoje da ordem de 11,4% e equivalente ao patamar ocupado na década de 1950. Ainda assim, o setor industrial responde por mais de 30% da arrecadação de impostos”. De outro ângulo, coloca o dirigente, estribando em dados do CEMEC/Fipe, quase 30% das grandes empresas e mais de 60% entre as micro e pequenas vêm apresentando altos índices de endividamento, efeito dos níveis de spread bancário nas nuvens. “Apresentei recentemente à Presidência da República uma agenda para a indústria mostrando a necessidade de ações efetivas para baixar o spread, pois a indústria não pode arcar com mais altas de custos e impostos. Ela precisa de condições para recuperar as finanças e se preparar para competir na era 4.0”. Viga mestra da petroquímica, a Braskem, por ter capital aberto, não pode abrir projeções de consumo, justificam Pier Paolo Pesce, Fábio Schettini e Eduardo So-ares Passos, respectivamente responsáveis pelo marketing das áreas de PP, PP e PVC da empresa. Contudo, mesmo com o panorama conturbado pelos estorvos da greve dos caminhoneiros e do vaivém do consumo, eles afirmam que os resultados do mercado interno das suas três resinas são compatíveis com a não revelada expectativa da empresa para 2018. “O mercado brasileiro de polí-meros tende a acompanhar o crescimento da indústria”, reiteram os três marqueteiros. “Pelo seu histórico, a segunda metade do ano costuma ser mais forte, movida em especial por demandas sazonais e, apesar de acontecimentos pontuais passíveis de alterar este cenário, nossa expectativa continua positiva para a segunda metade do ano, in-clusive em relação às exportações”. A ver.•Junho/2018plásticos em revista54O mestre de obras que faltavaBRASKEMINFRAESTRUTURANa linha dos males que vêm para o bem, a punição dos pro-pinodutos que enlamearam a infraestrutura no Brasil já teve, ao menos, o condão de escantear a rédea frouxa, vista grossa, contabilidade criativa e falta de transparência dos gastos em obras públicas. Fala por si o funcionamento no governo federal, há um ano e sem alarde, do Comitê Estratégico de Implementação do Bulding Information Modeling (BIM) ou Modelagem da Informação da Construção. Trata-se de ferramenta de gestão de dados, idealizada para ampliar a produtividade e baixar riscos e despesas nas obras, ino-vando as fases de planejamento, execução, operação e manutenção dos empreendi-mentos. Ou seja, o BIM é uma metodologia virtual de construções, em cena desde sua concepção à entrega, e uma condição cada vez mais exigida mundo afora em projetos ao molho do dinheiro da viúva. “O BIM é uma forma nova de se tra-balhar”, considera Jorge Alexandre Oliveira Alves da Silva, executivo de desenvolvi-mento de mercado da Braskem. Cada ele-mento do projeto da obra balizada por esta ferramenta, ele explica, vem acompanhado de um banco de dados onde são gravadas informações sobre o histórico do seu uso, facilitando o rastreamento e identificação desse material e as ações a serem tomadas. “Por exemplo”, ilustra o técnico, “quem é o responsável pelo empreendimento, os fornecedores de cada item da construção, datas de compra, cotações e preços pagos, lotes utilizados, datas de validade e de trocas previstas”. Na prática, assinala Ale-xandre, quem recorre ao BIM são os projetistas e enge-nheiros envolvidos na obra. O plug-in pode ser baixado gratuitamente na internet e ins-talado no AutoCad (2D) e Revit (3D), dois dos softwares mais usados para cálculo de projetos de construção.Foi então que a Braskem amarrou as pontas. “Em avaliação junto com os principais fabricantes de tubos corru-gados de polietileno de alta densidade (PEAD), constatamos que as vendas para o mercado de drenagem esbarravam na carência de informações para os projetis-tas relativas a dados como especificações e tabelas sobre o produto”, expõe o exe-cutivo. Na busca de saída para o impasse, a área técnica da Construtora Norberto Odebrecht (CNO) apresentou o BIM à equipe da Braskem e esta fez o mesmo com os fabricantes de tubos corrugados para redes de drenagem. “Desde 2016, os projetistas lhes solicitavam que criassem as bibliotecas digitais de seus produtos na plataforma BIM”, situa o engenheiro. Em resposta, a Braskem decidiu fornecer a metodologia virtual a três produtores titulares no país em tubos cor-rugados de PEAD: Tigre ADS, Kanaflex e Politejo. “Ofertamos uma ferramenta de cálculo para redes de drenagem calcada em bibliotecas em BIM das famílias desses tubos, casando assim com as demandas ma-nifestadas por seus clientes”, observa Alexandre. “Uma vez validada a solução, partimos para a construção da ferramenta, inédita na aplicação de drenagem, com consultor especializado”.À guisa de referência , pesquisa junto a construtoras da Finep/USP estima as per-das de materiais de instalações entre 11% e 29% do custo da obra. Um prejuízo quase zerado pelo emprego do BIM ao longo do chamado ciclo de vida da construção.Jorge Alexandre tem captado os bons fluidos da receptividade degustada na praça por Tigre-ADS, Kanaflex e Politejo devido ao uso da ferramenta em redes de drenagem. “Algumas prefeituras, em espe-cial paulistas, estão adquirindo licenças de softwares 3D para uso com o BIM, visando adequarem-se às práticas de compliance”. No embalo, a Braskem já estendeu a oferta do BIM a todos os transformadores filiados à Associação Brasileira de Tubos Poliolefí-nicos e Sistemas. “Nosso papel é promover o uso do plástico na construção civil e infraestrutura”, fecha o especialista. •Alexandre: Braskem impulsiona redes de drenagem com BIMNext >