< PreviousJunho/2018plásticos em revista9resultando em preços inferiores aos dos equipamentos disponíveis anos atrás ape-nas via importações. “Isso fez o consumo de stretch automático crescer e superar o do tipo manual”, atestam os diretores.ECONOMIA E SUSTENTABILIDADE“Quem tem informação tem poder”, vaticina Wagner Bastos dos Santos, sócio executivo da produtora de stretch Centro-cinco, sediada em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo e capacitada para extrusar 2.000 t/a. “O principal desafio é inteirar a cadeia industrial sobre as vantagens do envolvimento automático e o barateamento das paletizadoras contribui para acirrar a disputa com o filme de aplicação manual”.A Centrocinco produz stretch manual, cortado, reciclado (com aparas do pro-cesso), pré-estirado blow e cast. Quanto aos dois últimos tipos, ele acena o filme plano para usos dependentes de brilho e transparência, enquanto a praia do blow é delimitada por exigências maiores e pega e retenção de carga. “Em nossa cartei-ra o filme automático para envolvedoras planetárias/orbitais, participa com 40%, enquanto o de aplicação manual responde por 60%, mas há um aumento grada-tivo de clientes investindo na automação”. O carro--chefe da Centrocinco é o stretch reciclado reextrusado (extrusado por duas vezes). “As justificativa são o preço abaixo do material virgem e a opção para a paletização ecologicamente correta”, expõe o dirigente. A greve dos caminhoneiros foi um soco no estômago do negócio, ele deixa claro. “A paralisação cau-sou, inclusive, uma redução do PIB e a demanda de stretch recuou no primeiro semestre”, comenta Bas-tos. “Não creio em reação expressiva até dezembro e corremos o risco de fechar o ano com crescimento pífio”. Este trompaço, no entanto, não embaça o potencial do mercado, quando o dei-xam funcionar e a prova da crença da Centrocinco neste argumento é a sua última fornada de investi-mentos. “Adquirimos um equipamento para fornecer a bobina sem tubete de papelão e programamos ainda para este ano a entrada de um conjunto rebobinador hiper produtivo e que ampliará em 25% a nossa capacidade produtiva”. Bastos: Centrocinco eleva capacidade e estreia em bobinas sem tubete.Junho/2018plásticos em revista10VISORO mapa de stretch no Brasil mostra boa poarte das principais fábricas assentadas em áreas de incenti-vos fiscais. De tempos para cá, devido à expansão da capacidade insta-lada, consequente superoferta em disputa endurecida com transformadores de médio porte, tem tomado vulto no segmento desse filme commodity uma disposição de transferir a produção para o local mais aquinhoado com benesses tributárias, a Zona Franca de Manaus. Esta conjuntura, seus percalços e vantagens são sopesadas nesta entrevista por Dênerson Dias Rosa, consultor tributário (www.drconsult.com.br) formador de opinião, com lastro de sobra acumulado por sua atuação como ex- auditor fiscal da Secretaria da Fazenda de Goiás, na qual também chefiou a asses-soria jurídica do Conselho Administrativo Tributário e integrou a assessoria tributária da autarquia. Em 2002, ele foi convocado para estudar junto aos órgãos fazendários de Goiás a viabilidade de concessão de incentivos fiscais na importação. Desse trabalho, vingou o incentivo estadual Comexproduzir.Por que, em termos fiscais, produzir uma embalagem (filme stretch) na Zona Franca de Manaus mostra--se mais atraente do que em outros locais também dota-dos de incentivos fiscais e mais próximos dos grandes centros de consumo desse tipo de embalagem?O Brasil tem um sis-tema tributário caótico e confuso; às vezes, mui-tos tributos são cobrados ao mesmo tempo sobre o mesmo fato. Por exemplo, quando uma indústria vende um produto que fabricou, ela precisa pagar: ICMS, PIS, COFINS além do IPI. O primeiro (ICMS) é um tributo estadual, enquanto os demais (PIS, COFINS e IPI) são federais. Destes tri-butos, PIS e COFINS tem características de pouca variação tributária. Ou seja, a maioria dos produtos e empresas são tributados da mesma forma e pelas mesmas regras. Por sua vez, o IPI tem alíquotas diferentes por tipo de produto (o IPI de automóveis, por exemplo, varia de 7% a 25%, apenas em função de potência do motor e combustí-vel utilizado). Já quanto ao ICMS, sendo um imposto cobrado pelos Estados, tem características e alíquotas diferentes em cada uma das unidades da federação. Além do mais, tem alíquotas diferentes dentro de cada estado por tipo de produto.Falar em incentivos fiscais é falar em reduzir a carga tributária, o que pode ser feito por produto, empresa ou ainda por setor econômico (concedido em caráter mais geral, ou me-nos geral). Quanto maior a tributação original, maior o impacto causado pela concessão de incentivos fiscais. Vários Estados têm uma política estruturada de concessão de incentivos industriais, mas os incentivos fiscais con-cedidos pelos Estados envolvem apenas o ICMS. Em se tratando de produtos ou setores econômicos onde a maior carga tributária seja decorrente de tributos fe-derais, a concessão apenas de incentivos estaduais às vezes não causa grande im-pacto econômico para empresas. E nisto se encontra a diferença da Zona Franca. Afinal, ali se combinam agressivos incentivos fiscais estaduais e federais. Empresas ali estabelecidas pagam PIS e COFINS de STRETCH / DR CONSULTBenefícios podem embutir malefíciosMudar a planta de stretch para Manaus à sombra dos incentivos fiscais não basta para correr para o abraçoRosa: economia com resina e frete anima produção de stretch em Manaus.Junho/2018plásticos em revista11forma diferente do que acontece no restante do Brasil, têm uma redução de 88% no Imposto de Importação de matéria primas; desfrutam redução no IPI que, em alguns casos, chega a 100%, além dos incentivos fiscais relativos ao ICMS concedidos pelo Estado do Amazonas.Como explica esse cenário de de-sarranjo tributário encabeçado pela Zona Franca? Quando foi criada, durante o gover-no militar, o objetivo dela era fomentar o desenvolvimento da Amazônia, além de promover a ocupação dos estados do Norte, a região menos populosa do Brasil. Em termos políticos ou macroeconômicos, há argumentos válidos tanto quanto favorá-veis como contrários a esta iniciativa. Em termos logísticos, criou-se uma situação no mínimo muito incomum: uma região industrial estabelecida no meio da maior floresta tropical do mundo, onde somente se chega por avião ou navio e localizada a cerca de 4.000 km dos principais centros consumidores do país. Se não fosse a nossa conhecida pouco eficiência na bu-rocracia de importação, decerto seria mais barato e rápido abastecer o Sul e Sudeste a partir do outro lado do mundo que de Manaus. Então, a viabilidade econômica deste polo empresarial está vinculada aos incentivos federais, o mecanismo que diferencia tributariamente a Zona Franca do restante do Brasil. Trata-se de justificativa suficiente para o empresário decidir sediar uma fá-brica em Manaus para atender a demanda nacional?A atratividade de Manaus atrela-se a dois fatores: (1) tributação federal e (2) custo logístico. Para produtos com pouca tributação federal, especialmente no IPI, dificilmente será compensador estabelecer uma indústria ali para atender o Brasil. Já para produtos de baixo valor ou de grande volume e consequente grande custo de frete, mesmo que obtenham expressiva redução de impostos a partir de uma tributação original bem alta, também será muito complicado tornar viável a implanta-ção na Zona Franca de uma indústria para abastecer todo o país. Mas para produtos com alta carga de tributos federais, com alto valor agregado e, em decorrência, com baixa relação custo logístico versus valor do produto, Manaus pode ser uma alternativa bastante atraente. Mas a em-presa precisa estar consciente de que, mesmo com garantia da manutenção dos incentivos fiscais federais até 2073, não há segurança de manutenção da vantagem econômica. Afinal tanto o Imposto de Im-portação como o IPI podem ser alterados a qualquer momento pelo governo federal. Se determinado produto deixa de ter alta carga tributária federal, automaticamente se dilui o impacto do incentivo. Desse modo, a empresa pode, eventualmente, ter de lidar com custos advindos de uma indústria no meio de uma selva, distante de fornecedo-res e clientes, e com a dificuldade de mão de obra qualificada – tudo isso sem ter mais as vantagens dos incentivos fiscais. Ou seja, se o imposto for zero, o ganho trazido pelo incentivo vira zero, restando apenas os custos adicionais. Quais as prováveis distorções tribu-tárias acarretadas pela transferência para Manaus de plantas sediadas em locais sem benefícios fiscais?Zona Franca de Manaus: incentivos federais não garantem sucesso do investidor.Stretch: busca de custos menores complica competição saudável.Junho/2018plásticos em revista12VISORNa década de 1990, muitas empresas de eletrônicos e informática se instalaram em Manaus. Nos anos 2000, quase todos os aparelhos celulares, televisões e com-putadores vendidos no Brasil eram ou importados ou fabricados (montados) na Zona Franca. Todavia, uma década depois, ele não tem mais a mesma relevância na fabricação desses produtos. O que mudou? (1) o IPI deles foi reduzido, (2) o governo federal instituiu uma política de incentivos válida em escala nacional, para estimular a fabricação doméstica deles. Passou a falar mais alto o lado ruim de ter uma fábrica no meio de uma floresta. Entrou em reavalia-ção, em especial, o frete, pois tratam-se de artigos de demanda sazonal, vendidos em maiores volumes e em datas temáticas. Se todas as fábricas de TV estivessem na Zona Franca e tentassem suprir ao mesmo tempo o mercado brasileiro para as vendas de final de ano, haveria um grande risco de não haver transporte disponível para tanto e o frete encareceria, por conta do excesso de demanda.O Brasil vive um momento de retra-ção, de duração e intensidade inéditas. Pelo excesso de oferta e pela pouca demanda, os custos de transporte interno estão muito baixos, o que diminui os gastos de uma operação industrial estabelecida em Manaus. Ao mesmo tempo, também pela prostração do mercado e para não deixar suas plantas ociosas, há fornecedores que subsidiam suas vendas para a Zona Franca preferindo abrir mão de margem ou mesmo vendendo abaixo do custo. A intenção é manter-se competitivo perante clientes que, por estarem em Manaus, poderiam importar matérias-primas com 88% de redução de Imposto de Importação perante essa mesma tributação no restante do Brasil.Como transpõe essa conjuntura fiscal para o cenário das in-dústrias de stretch? O setor de stretch tem a maior parte de suas matérias-primas em derivados de petró-leo, portanto cotadas em dólar. E as alíquotas de IPI para o setor de plásticos são relativa-mente altas, em média 15%. Então a atratividade de Manaus para empresas desse filme hoje decorre da com-binação dos seguintes fatores: (1) matéria--prima mais barata, seja pela redução no Imposto de Importação, seja pela prática de alguns grandes players do mercado interno de praticarem preços diferenciados em vendas para a Zona Franca; (2) fretes abundantes e baratos, reduzindo o custo de uma operação fabril distante dos grandes centros fornecedores e consumidores e, por fim, (3) incentivos fiscais federais a partir de tributação relativamente alta. Esta movimentação de transforma-doras de produtos plásticos para Manaus, em busca de custos menores, provoca pressão sobre as demais, ao adotarem políticas de preços às vezes duras para se competir de forma saudável. Mas se essa movimentação ganha corpo num momento econômico particularmente desfavorável, tanto pode provir de uma real competitividade oferecida pela Zona Franca a este setor, como pode decorrer de uma combinação temporária de fatores que cria uma competitividade artificial e não sustentável a médio/longo prazo. Mas o mercado não é afetado todo da mesma forma. Por exemplo, uma empresa cujos clientes estão principalmente na região sul tem componentes de custos em for-necimento e logística diferentes de outra cujos compradores estão no Centro-Oeste ou Nordeste. Não há, portanto, uma receita de bolo válida para todo mundo, mas recomenda-se à empresa fazer o dever de casa. Ou seja, análise de seus custos atuais, quais custos seriam aferidos com a realocação de sua planta ou mesmo com a implantação de nova unidade em outro local, quais vantagens e reduções de custo se constaria frente aos custos adicionais operacionais desta eventual mudança. Por último, um estudo de projeção, para estimar o mercado futuro, para tentar en-tender se tais vantagens seriam pontuais ou a longo prazo. Se forem competitivas pontuais, em regra quem se movimenta no final do ciclo normalmente fica apenas com os custos, sem conseguir as vantagens. O quadro alude àquela máxima: quem chega primeiro bebe água limpa implica dizer que o último vai encontrar água suja. Mas, como o Brasil é uma caixinha de surpresas, o resultado nem sempre premia quem analisou o cenário com mais precisão. Às vezes, o melhor resultado vem para quem teve a sorte de tomar uma decisão que se tornou correta apenas no final.STRETCH / DR CONSULTCelular: Manaus perdeu relevância na produção nacionalJunho/2018plásticos em revista14VISOR“O mercado de envolvedoras de stretch está em trans-fomação”, percebe Tatiane Tremea Panazzolo, coor-denadora de marketing da Robopac Brasil, revendedora no país dos envolvedores de paletes da grife italiana. “A substituição de stretch manual por sistemas automáticos tem se difundido com rapidez se comparada ao ritmo de cinco anos atrás”. Com base no seu monitoramento cotidiano do mercado, a executiva estima que 80% dos clientes menores e médios ainda se valem do embalamento manual, enquanto na esfera dos grandes a taxa de adesão às máquinas semi-automáticas paira em 80%, seguida de longe pelos adeptos da automação plena, com 10%,mesmo percentual atribuído por ela à parcela do stretch manual.Desde a erupção da crise, no quarto trimestre de 2014, Tatiane nota que, para preservar a competitividade, as indústrias voltam-se para a poda de custos e melhora de processos. O quadro traduz vento a favor para envolvedoras de paletes, ela interpreta. Entre os prós, ela assinala que um envol-vimento semi-automático leva em média apenas um minuto e meio, resultando em otimização da mão de obra e sua proteção ergonômica (evitando problemas de coluna e peso excessivo nas mãos). Outro trunfo para a automação, ela insere, é a qualidade no envolvimento, assegurando segurança à carga e boa imagem do produto no cliente final. Tatiane fecha o rol de predicados com a economia aferida no consumo de stretch. “Ao migrar de um sistema semi ou 100% automático, uma empresa utiliza, em média, de 50% a 80% menos filme se compararmos a mesma configuração de número de voltas realizadas pelo embala-mento manual”. Indicadores caso a caso, a exemplo da quantidade de paletes por dia/h, tipo da mercadoria e capital disponível para a aquisição determinam o tipo de sistema a ser vendido pela Robopac. Entre as re-ferências em catálogos, Tatiane abre com o envolvedor manual e móvel Xtenser, adequando a diversas posições de emba-lamento. “É indicado para indústrias com baixo volume de paletes e voltadas para zerar problemas ergonômicos do operador durante a aplicação do filme”. Outro astro do mix, ela encaixa, é o envolvedor se-miautomático Masterplat, munido de base giratória e detecção automática da altura da carga a ser protegida. “Os pontos altos são a possibilidade de envolver até 23 paletes/h e a economia no emprego do filme”. Na esfera das empresas de alta produção diária, Ta-tiane enaltece as envolvedoras automáticas orbitais Helix. “Podem dar conta de até 130 paletes/h” situa. Em paralelo, a especialista promete para breve a introdução de Ro-bopac LP envolvedora de mesa giratória com altura dessa base reduzida a 30 mm, para facilitar o posicionamento de cargas instáveis realizado com transpaleteiras. No arremate, Tatiane põe no balcão o robot S6, veículo autopropelido com os mesmos recursos da envolvedora semi-automática de base giratória. “O operador o leva ao palete, obtendo agilidade e mobilidade no processo de envolvimento”. RAPIDEZ E CUSTO MENOR A incontornável transição para o envolvimento automático não transcorre em alta fluidez no Brasil, apesar do entendimen-to generalizado entre as empresas do custo/benefício a desejar advindo do sistema manual, pondera Erivelto Gadioli Junior, STRETCH / ENVOLVEDORAS E COEXTRUSORASAutomação é destinoIntervenção manual no setor de stretch caminha para o rodapéRobopac Masterplat: detecção automática da altura da cargaJunho/2018plásticos em revista15gerente comercial da Cyklop, ás de ouro nos três compartimentos de embaladoras de paletes: manual, semi e 100% automá-tico. “Os entraves são o custo do investi-mento inicial e o fato de as envolvedoras semi-automáticas exigirem que a carga se desloque até o equipamento, incorrendo em dificuldades por questões de layout ou do tipo de mercadoria”, ele explica, inserindo que seu robô CSM permite ao cliente levar a envolvedora até a carga.Se o critério é volume de vendas, Gadioli elege como seu carro-chefe os envolvedores semiautomáticos CST-250. “Conferem ao cliente na faixa de 20 paletes/h a possibilidade, com investimento baixo, ter uma carga unitizada à perfeição e extraindo a melhor performance possível do stretch, além de reduzir seu consumo perante a alternativa manual”, afiança o executivo. Outro plus da série CST-250 é o sistema embarcado em controlador lógico programável . “Com isso, temos flexibilidade para adequar o projeto com rapidez e a custos menores”.CÉLULA DE PALETIZAÇÃO As envolvedoras automáticas são o foco exclusivo da Premier Tech Chronos. “Elas fazem sentido em produções acima de 15 paletes/h”, delimita o diretor comercial Marco Antonio Cardilli Ballo. Suas campeãs de vendas são os modelos de base giratória. “Apresentam preço menor e são indicadas para produções de até 40 paletes/h”, ele justifica.Ballo distingue do seu portfólio uma envolvedora específica para impermeabili-zar a carga pelo sistema stretch hood, de encapuzamento do lote paletizado. Denomi-nado Stretch-All, o equipameneto é baseado na tecnologia de enfardadeiras para reter grande variedade de cargas empilhadas Cyklop: cargas unitizadas com perfeição e baixo investimento.Junho/2018plásticos em revista16VISORem paletes. Sua capacidade máxima é de 100 paletes/h e, além de proteger o produto contra condições climáticas e ambientais, o sistema zera o risco de deslocamento da carga durante o transporte. Na sequência, Ballo chama atenção para sua célula de paletização RPW ou Stack & Wrap, indicada para o trabalho com cargas instáveis. Ela combina um modelo robótico de paletização flexível com envolvedora de base giratória. Os paletes são embalados ao mesmo tempo em que o robô continua paletizando unidades em módulo separado. CAÇA À PRODUTIVIDADEResponsável no Brasil pelas vendas de coextrusoras da italiana Amut Dolci Extrusion, Angelo Milani reparte o universo local de stretch em dois hemisférios. “Há alguns produtores que também exportam o filme, possuidores de máquinas com larguras de 3 a 4 m, e um efetivo de trans-formadores muito pequenos, usuários de linhas 1 a 1,5 m de largura”. Quase sempre, nota, o stretch é produzido em braços de 3” e com espessuras de 15 a 23 micra. Por tratar-se de um segmento commodity, deixa claro o executivo, o mercado brasileiro de stretch é pautado por volumes. “Daí porque os grandes produtores investem em coex-trusoras de maior largura e produtividade que as máquinas pequenas”. Milani perce-be a expansão em curso do mercado para stretch pré-estirado e celebra a entrega, nos últimos dois anos, de duas máquinas cast de sete camadas e largura de 3 m.Milani abre o rol de avanços recentes nas suas máquinas com extrusoras de 40 L/D de alta capacidade e padrão de plasti-ficação. No embalo, ele cita um sistema de recuperação do refil a frio. Em suma, um rotor lateral permite recuperação in-line a frio nas extrusoras principais e sem afetar a qualidade do filme gerado. Na sequência Milani apregoa a melhoria do sistema de resfriamento interno do compacto chill-roll jumbo da Amut Dolci Extrusion. “Aumenta a superfície de resfriamento do filme e integra medidor de espessura”, nota. Por fim, o especialista menciona o novo bobinador Prowind 4.0, adotado nas suas coextru-soras de 1 a 4 m de largura. “Dispõe de torre dupla, quatro braços, dois rolos de contato e um sistema de carga e descarga das bobinas”. SUPER ESTIROAtuante em stretch com coextrusoras blown, a alemã Reifenhäuser patenteou um dispositivo que consiste em um sistema de mono-orientação montado ao final da colapsagem do balão. Denominado Ultra Stretch, a sacada possibilita o estiramento em até 600%, resultando em filmes de es-pessuras menores e maior tenacidade, entre outros efeitos positivos, deixa claro Márcio Viviani, agente da Reifenhäuser no país.“O estiro ocorre logo após o balão ser colapsado, no alto da torre da coextrusora”, ele salienta. “Isso impacta de forma contun-dente na constância e propriedades do stre-tch, inclusive porque a cristalização do filme acontece em segundos, quando ele começa a esfriar”. Conforme explica, a realização do estiro com o filme ainda aquecido provê um material de propriedades superiores às ob-tidas por sistemas que promovem o estiro no chamado ‘downstream da coextrusora. “Ou seja, alguns segundos depois de sua formação”, aponta Viviani. A cereja do bolo das vantagens do Ultra Stretch é a economia energética. “O filme só precisa ser aquecido alguns graus a mais que a mono-orientação ocorrer enquanto em outros sistemas o stretch sai quase de uma condição fria, dependente de muita energia para torná-lo adequado a receber o estiro”. STRETCH / ENVOLVEDORAS E COEXTRUSORASAmut Dolci Extrusion: coextrusoras mais largas preferidas pelos líderes em stretch.Reifenhäuser Ultra Stretch: dispositivo patenteado possibilita estiramento em até 600%. Premier Tech Chronos: foco no envolvimento automático.Sua entrada no mundo da moldagem por injeção elétrica: A GOLDEN ELECTRIC reúne a qualidade hidráulica imbatível da nossa GOLDEN EDITION com a eficiência do acionamento elétrico. Para a alegria dos seus clientes e dos seus Controllers.www.arburg.com.brNO CAPRICHO FUNCIONA ELETRICAMENTEECONOMIZA DINHEIRO E ENTREGA TUDOÉ RÁPIDAPRECISA POUCOFAZ MUITOTEM ROTINA14 a 17 de AgostoEstande 426, Joinville - SCJunho/2018plásticos em revista18VISOR“Por estar sobreofertado, o mercado brasileiro de stretch anda cada vez mais acirrado e desafiador e a exportação é boa alternativa para a desova do excedente”, constatam Marcelo Ne-ves e João Carlos Lães, respectivamente líder de engenharia de aplicação de polietilenos (PE) em fle-xíveis e executivo da área comercial de polímeros da Braskem. Devido a essa disputa e à visão de um segmento de altas escalas, eles chamam a atenção para os investi-mentos dos grandes transformadores do filme para paletização em máquinas que afiem sua competitividade. “Percebe-se também a tendência de migração de fábricas para locais de incentivos fiscais relevantes, como Manaus (ver à pág. 10)”, apontam os especialistas da única produtora de PE no país. Neves e Lães atribuem 60% do consumo de stretch ao filme automá-tico, efeito da caça à produtividade em curso entre os transformadores maiores. Os 40% restantes, eles completam, cabem ao filme manual. Como está no sangue do setor de stretch ir atrás de tecnologias para afiar a performance, argumenta a dupla, a Braskem trata de corresponder a este anseio de um mercado equivalente a cerca de 10% das vendas internas de suas soluções para flexíveis. Nessa linha de raciocínio, Neves e Lães servem à mesa, tanto para a coextrusão blown ou cast, a fornada mais recente de desenvolvimen-tos na esfera das resinas lineares (PEBDL) da série Flexus, diferenciada no geral por sua resistência ao rasgo, punctura e ao estiramento. É o caso de Flexus Cling, grade metalocênico para compor a ca-mada externa do filme e responsável por excelente desempenho de pega, afiançam os dois técnicos, mesmo em baixas tem-peraturas. “Também assegura baixa força de desbobinamento ao produto final”, acrescenta Neves. Os mesmos atributos integram as vantagens embutidas nos tipos de PEBDL LF320 e LL318. No compartimento dos filmes auto-máticos, a série Flexus comparece com os tipos 7200XP(base hexeno) e 3600 (base metaloceno). “São destinados a stretch dependente de resistência à perfuração e alongamento elevados”, informa Lães. Ainda no âmbito das especialidades em PEBDL para stretch, o mostruário da Braskem assedia filmes automáticos com os predicados da resina LL4800N, cujo chamariz é a excelência no balanço entre propriedades ópticas e mecânicas. Por seu turno, filmes automáticos e manuais que cobram bom alongamento são a praia do grade LH 2018, enquanto para filme manual e camada de contração “pega”, a pedida é a resina metalocênica Proxess 1809, delimitam os especialistas. PREDOMÍNIO DO FILME MANUALA percepção da Braskem sobre a segmentação do mercado brasileiro de stretch por tipos de filme não é consen-sual. Dave Dunaway, gerente de marketing para a América Latina da norte-americana Excelência esticadaNova fornada de materiais alonga a performance de stretchSTRETCH / PE & AUXILIARESNeves: stretch detém 10% das vendas internas de soluções para flexíveis da Braskem.Next >