Milliken produz masters no Brasil com aditivos importados
À parte os faniquitos do câmbio, a barafunda de normas, procedimentos burocráticos, cipoal tributário e tempo de desembaraço aduaneiro costumam tirar do sério quem lida com importações para o Brasil. Na pole das especialidades químicas, a norte-americana Milliken consegue atenuar essa enxaqueca pela via da produção no país de concentrados de poliolefinas contendo os aditivos trazidos dos EUA. De 2017 até o momento, a empresa já conta com quatro desses materiais semi-nacionalizados por um parceiro componedor não revelado. “A produção e venda dos masters de aditivos possibilita maior agilidade de entrega do material no Brasil, pois operamos com estoque local, elimina custos e complexidades no processo de importação”, esclarece o gerente técnico Edmar Nogueira, esquivo a abrir números. “Por exemplo, na etapa inicial da validação do nosso aditivo Ultrabalance Natural 1002, para aumentar a barreira ao vapor d’água em flexíveis de polietileno (PE), o transformador pode adquirir uma quantidade menor e aumentar de forma gradativa seu suprimento do produto para atender os pedidos, trabalhando com previsão de compras e reduzindo o custo de estoque”.
Além do aditivo mencionado, a Milliken oferta na roupagem de concentrados produzidos aqui o agente UltraBalance Natural 2001, para aprimorar o controle dimensional, propriedades mecânicas e produtividade em autopeças, embalagens e componentes de eletrodomésticos. O mix com pegada brasileira fecha por ora com os masters para os clarificantes GP 120B e GP 120G da série NX Ultra Clear, talhados para prover alta transparência a embalagens e utilidades domésticas. “As resinas de PP e PE dos concentrados são adquiridas no Brasil”, completa Nogueira.
Por enquanto, confirma o executivo, a Milliken prefere trazer dos EUA, sem recorrer à roupagem do concentrado local, o seu campeão de vendas no Brasil: o agente clarificante Millad NX8000. “Além da elevada transparência conferida a artefatos de PP, ele proporciona economia de energia na moldagem do polímero”, enaltece Nogueira, destacando também a receptividade dada pelo mercado no Brasil a seus agentes nucleantes Hyperform. “Aprimoram a produtividade, características físicas e controle dimensional de transformados de PP e PE”.
O tipo HPN-175 da série de nucleantes Hyperform alinha entre os avanços recentes que a Milliken aporta no Brasil. “Proporciona a mais elevada rigidez e resistência térmica a peças de PP para os setores automotivo e de eletrodomésticos”, sublinha o executivo. No rol das novidades também há lugar para o aditivo DeltaMax. “Foi desenvolvido para superar desafios relacionados ao balanço entre o índice de fluidez e a resistência ao impacto na injeção de copolímero heterofásico de PP”, explica Nogueira. “Em regra, a resistência ao impacto de resinas de PP cai com o aumento do índice de fluidez, um descompasso corrigido por DeltaMax que, desse modo, contribui para melhorar o processamento e propriedades mecânicas do polímero”. Na raia das propriedades ópticas, o gerente técnico acena com novas soluções de corantes e pigmentos da linha Keyplast, dirigida a termoplásticos como PET, poliestireno, poliamida e acrílico.
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