Innova introduz blend de PS virgem com reciclado

Innoca ECO PS 1

Entre os termoplásticos para aplicações de uso único, poliestireno (PS) é a resina mais esconjurada pelos pregadores da economia circular devido à reciclagem mecânica considerada onerosa e trabalhosa. Em reação a esta visão crítica, petroquímicas formadoras globais de preços e opinião em PS têm procurado saídas para a sobrevida do material sob o culto da sustentabilidade, a exemplo de projetos de reciclagem química da resina pós-consumo, obtendo-se assim grades com características técnicas do nível da resina virgem.

No Brasil, a Innova, uma das duas produtoras locais do polímero estirênico, expressa seu engajamento nessa corrente com o anúncio da chegada à praça em 2020 de Eco-PS, linha de blends do material virgem com até 30% de reciclado – a definição do teor depende da aplicação em vista. Conforme o release da empresa, ECO-PS será fornecido, com capacidade inicial de 12.000 t/a, pela unidade de 120.000 t/a do polímero virgem há 17 anos na ativa em Manaus. A Innova não divulgou referência de preço da nova resina de aura verde.

A coleta seletiva será realizada em parceria com a Fundação Amazônia Sustentável, mas a Innova também não abre no release qual a indústria incumbida da recuperação do termoplástico contido em embalagens descartadas e no refugo das linhas de produção de transformadoras de PS virgem no Polo Industrial de Manaus.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Reinaldo Kröger, vice-presidente da Innova, deixa claro que o lançamento está em linha com a preocupação global dos produtores de PS em buscar soluções para a destinação correta e reúso de artefatos de uso único do material. Sob este prisma, aliás, descartáveis e embalagens de alimentos ficam fora do alcance de Eco-PS, pois a normalização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária proíbe a utilização de plásticos reciclados nestes artefatos, exceção aberta apenas para PET reciclado com grau alimentício pela tecnologia bottle to bottle.

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