Se mantida a lentidão atual em regularizar o fluxo de suprimentos, daqui a sete anos a demanda norte-americana deve superar a oferta de rPET em 300%, alerta recente estudo da consultoria McKinsey divulgado pelo jornal Plastics News. “Nos últimos anos, a coleta ou separação de PET pós-consumo não aumentou nos EUA”, atesta a pesquisa. “Em decorrência, o fornecimento de rPET cresceu apenas cerca de 1% ao ano entre 2021 e 2022 contra expansão anual de 4% do consumo interno no mesmo período”.
Apesar do ingresso na cadeia de valor de novos entrantes na reciclagem, reconhece a consultoria, “não há registro da correspondente redução significativa de perdas do material coletado no processo”. Pelas estimativas da McKinsey, é de 27% a média de reciclagem de PET pós-consumo nos EUA, mas 1/3 do resíduo coletado acaba desperdiçado durante o processo. Isso reduz a 18% a referida média de reciclagem dos resíduos do poliéster.
A pesquisa elege a conjuntura de 2020 como emblemática do descompasso entre a procura e oferta de rPET nos EUA. Naquele ano pandêmico, o volume disponível de garrafas descartadas atingiu cerca de 2.8 milhões de toneladas, das quais em torno de 2 milhões não coletadas. As embalagens recolhidas limitaram-se a 747.000 toneladas e, desse total, 242.000 foram computadas como perdas do processo de reciclagem.
