EUA: líder na reciclagem de PET grau alimentício pede recuperação judicial

CarbonLite não resistiu ao impacto da pandemia e cotação do concorrente poliéster virgem

Volta e meia brandido por uma corrente de recicladores inconformados, o argumento de que o preço do plástico recuperado não pode ser comparado ao do similar virgem, por razões como a diferença de processos produtivos, leva uma bordoada com o pedido de recuperação judicial (chapter 11) formalizado em 8 de março nos EUA pela CarbonLite Industries.

Antes de jogar a toalha no ringue, a empresa se intitulava nº1 mundial na reciclagem (bottle to bottle/BTB) de PET grau alimentício destinado a clientes platinum como Coca-Cola e PepsiCo. Dispõe de unidades na Califórnia, Texas e Pensilvânia e tem  braço estendido em termoformados, via subsidiária PinnPACK Packaging.

“O pedido de recuperação judicial é resultado do baixo preço de PET virgem versus o do reciclado e da nossa produção pontualmente reduzida por funcionários contaminados pela pandemia, causa também do atraso de nove meses na partida da filial da Pensilvânia, decorrência das restrições de transporte dos equipamentos europeus encomendados”, sumarizou a companhia em release.

Segundo o CEO Leo Farahnik, a empresa segue operando normalmente, planeja ressurgir mais forte após a reorganização financeira e negociação das dívidas, orçadas na faixa de US$ 50 a US$ 100 milhões (mesma projeção calculada para seus ativos), com um efetivo estimado entre 100 e 199 credores, sendo os principais a Nestlé Waters água mineral, com débito de US$27.2 milhões; a engarrafadora Niagara Bottling, com  US$ 20.4 milhões e a fabricante de equipamentos para reciclagem BTB Starlinger, que espera receber US$3.9 milhões da CarbonLite.

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