“Sonhar com o número 10, significa que a boa sorte é o norte que vai guiar seus os caminhos vitais”, atesta o portal Significado dos Sonhos. Baixando à terra, o fato é que a dezena deu de perseguir, nos últimos tempos, o percurso da transformadora Velaplast, fera no sopro de embalagens para um misto quentíssimo de produtos químicos. Se não, vejamos: a empresa está completando 10 anos e, nesse período, decuplicou seu tamanho e deve mobilizar em torno de 10% da demanda nacional de recipientes para agroquímicos e fertilizantes, atesta seu sócio fundador e diretor executivo Thiago Guarisi Rodrigues. “Temos desfrutado um crescimento muito rápido desde 2012, um pique a ser mantido este ano com uma expansão das vendas da ordem de 8% sobre 2021”.
A Velaplast nasceu de plano de negócios burilado por Rodrigues, inspirado na falta notada de um player para atender a contento clientes de um setor, produtos químicos, em vias de grandes transformações nos anos seguintes. “O projeto foi capitalizado por um grupo de investidores, concretizando assim a compra do lote de estreia de três sopradoras por extrusão contínua de polietileno de alta densidade (PEAD)”, repassa o dirigente. Corte para hoje: a planta em Lorena, no interior paulista, roda com capacidade para transformar 8.000 t/a, por conta de 14 sopradoras, entre linhas Bekum, Pavan Zanetti e Multipack para frascos monocamada e coex com barreira, um mostruário com versões de 250 ml a 25 l. Já a produção de tampas de polipropileno (PP) é atividade complementar, a cargo de três injetoras com três moldes e somando capacidade da ordem de 200 t/a. “Neste ano muito aquecido para o mercado de químicos, estamos produzindo a plena carga, com destaque para a procura por embalagens de fertilizantes foliares e para o forte viés de alta nas vendas para produtos veterinários”, comemora Rodrigues.
Sobram desenvolvimentos a pedido de embalagens ao longo dos 10 anos da Velaplast, mas Rodrigues prefere enfatizar os seguidos investimentos na excelência do parque industrial. “Servem de exemplos a aquisição de moldes e redes de ar e água, em prol da eficiência na refrigeração e produtividade, de sistemas de controle diuturno on line das embalagens e equipamentos otimizadores do uso de aparas, de modo que a fábrica hoje atua em circuito fechado, sem desperdício de matéria-prima”. Racionalização no uso de resinas também integra o evangelho da sustentabilidade e, nessa seara, Rodrigues enaltece a imagem da empresa com o lançamento em 2023 de embalagens para o agronegócio com menor pegada de carbono, mérito de teores de PEAD pós-consumo.
O mapa de vendas da Velaplast compreende, além de São Paulo. o maior mercado nacional de produtos químicos, a região sul, Minas, Rio, Mato Grosso do Sul e Goiás. “O custo logístico é ponto ultra delicado no negócio de embalagens sopradas”, sublinha Rodrigues. “A curto prazo, Lorena continua balizando nossa estratégia de expansão, mas a médio e longo prazos pretendemos expandir a produção para outras localidades”. No plano mais imediato, o dirigente adianta que a Velaplast entra em 2023 com poder de fogo incrementado. “Compramos mais duas sopradoras, uma delas para produzir mais de 4.000 bombonas/dia de 20 l e outra para frascos de 1l com tecnologia inédita no mercado”, tranca-se o transformador. “O catálogo também será enriquecido com embalagens de 10 e 20 l coextrusadas com barreira a gases e dispersantes assegurada por poliamida 6, bastante procuradas para o envase de químicos à base de solvente ou produtos que deterioram com oxigênio”. •