Cidade do México usa policoncreto para acabar com furtos de tampas de bueiro

Decisão abala reciclagem marginal de ferro fundido
Cidade do México: tampas e gradis de policoncreto zeram gastos com reposição das versões metálicas furtadas.
Cidade do México: tampas e gradis de policoncreto zeram gastos com reposição das versões metálicas furtadas.

Farta dos furtos dia e noite de tampas de bueiros e gradis de ferro fundido para drenagem pluvial, a prefeitura da Cidade do México começou a substituir este patrimônio público nas principais vias urbanas por contratipos de concreto convencional misturado com concreto polimérico contendo resinas recicladas na sua diversificada composição. Cortou assim pela raiz, noticia a mídia mexicana, a imemorial praxe de furto e venda ilegal, em especial das tampas metálicas. Afinal, policoncreto tem baixo valor de revenda e não se sabe de mercado de reciclagem para qualquer concreto.

No primeiro trimestre, o poder executivo da metrópole investiu 1,6 milhão de pesos (cerca de US$ 86.000) para renovar a estrutura de drenagem, empreitada que demandou a colocação de 630 tampas de concreto/policoncreto. Analistas calculam que, apenas no ano passado, a prefeitura perdeu 1,3 milhão de pesos (cerca de US$ 700.000) com o furto de 2.290 tampas de ferro e 2 milhões de pesos (cerca de US107.000) com o afano de partes metálicas de luminárias de postes. A decisão do governo municipal evoca a da prefeitura carioca anos em 2018. Atormentada com o surto de furtos e gastos de reposição, trocou por polipropileno o alumínio, tão valorizado pelos meliantes, do guard rail de ciclovia da orla. Acabou com a farra.

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