Cargill substitui caixa de papelão por plástico

Barela: shrink vence papelão na análise do ciclo de vida.
Barela: shrink vence papelão na análise do ciclo de vida.

Alheia à plasticofobia paranóide tão ao gosto da corrente ecoxiita, a Cargill, estrela guia global em alimentos, desponta no Brasil com duas decisões reconhecedoras das virtudes circulares dos termoplásticos. No plano das sobreembalagens das garrafas PET do óleo Liza, a empresa azeita a logística da entrega no canal do autosserviço adotando o shrink transparente e sem impressão com seis unidades em lugar da caixa de papelão com 20 frascos. “Na Cargill desenvolvimento sustentável e inovação andam de mãos dadas e a troca das caixas de papelão por shrink é um exemplo real disso”, ilustra Márcio Barela, coordenador de sustentabilidade da empresa. Conforme explica, os lotes de óleo Liza em shrink são remetidos aos centros de distribuição dos varejistas e são ali retirados e despachados para as cooperativas que encaminham os resíduos do filme à reciclagem. “Para as lojas do varejo as garrafas vão para a exposição individual nas gôndolas despidas do shrink, enquanto em estabelecimentos atacadistas elas são ofertadas no lote de seis unidades com a sobreembalagem, pois clientes pessoas jurídicas em regra compram volumes maiores de Liza”, esclarece Barela.

Elefante: PET garante praticidade e menor desembolso para mostarda e ketchup.

Para abolir a caixa de papelão pelo filme de polietileno (PE), o executivo conta ter sido realizado um comparativo do ciclo de vida das duas sobreembalagens, estendendo-se desde índices de reciclagem à destinação final no estágio pós-consumo . “Shrink ganhou com resultados como 70% de diminuição no uso da água e, no caso dos gases de efeito estufa, redução de 68% estimada para um ano de transporte de Liza ”, assinala Barela. Para a extrusão do filme, foram avaliados quatro variantes de polietileno (PE): a resina virgem base fóssil, a de base renovável (PE Verde, da Braskem, derivado de etanol da cana de açúcar), a reciclada e a acrescida de aditivo biodegradável. “O melhor desempenho quanto à redução do impacto ambiental coube ao PE Verde e ao material reciclado”, conta o coordenador. Por isso resolvermos começar pelo shrink da resina de fonte renovável, vindo mais tarde o filme de PE reciclado”.

A marcação dos hábitos de consumo pós-pandemia levou a Cargill a estender o alcance de sua marca Elefante, consagrada em extrato de tomate, ao reduto dos condimentos. Tanto o frasco de 390 gramas para ketchup como o de 180 gramas para mostarda são de PET, o termoplástico mais reciclado no país. “A escolha do material também foi orientada por estudos de análise do ciclo de vida e o formato dos frascos também foi baseado na estratégia da marca, do lançamento e de necessidades dos consumidores, como desembolso e praticidade”.

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