Cambridge recusa doações do setor de energia fóssil

Contribuições filantrópicas e para pesquisas não são mais aceitas
Universidade de Cambridge: apoio ambiental incompatível com recebimento de recursos de quem polui.
Universidade de Cambridge: apoio ambiental incompatível com recebimento de recursos de quem polui.

Exposta ao lança chamas da ira de alunos e acadêmicos, a venerada universidade britânica de Cambridge capitulou sob as pressões ambientalistas ao determinar, em 18 de março último, a sustação do recebimento de doações de empresas produtoras de energia fóssil, relata matéria nos sites dos diários Le Monde e Financial Times. A suspensão fora por relatório liberado em 2023 por Nigel Topping, executivo da ONU para questões climáticas. A envergadura do posicionamento da universidade pode ser dimensionada pelo recebimento, de 2016 a 2023, do total de 19.7 milhões de libras dado pela petroleira inglesa British Petroleum e pela anglo-holandesa Shell. Em frente: nos últimos seis anos Cambridge embolsou, em média anual, 3.3 milhões de libras (US$ 4.2 milhões) para estudos e filantropia de companhias vinculadas à energia não renovável. Mas de seis anos para cá o balanço empalidece, pois os recursos provenientes das cadeias do petróleo, gás e carvão entregues ao cofre forte de Cambridge equivalem a 0,1% do montante total doado à universidade. Fica claro, portanto, que a rejeição a essa verba tem mais peso midiático que monetário.

A cúpula de Cambridge acalenta zerar emissões de gases de efeito estufa da instituição até 2038 e promete varrer de seu patrimônio, até 2030, as aplicações de recursos, diretas ou não, em pautas relacionadas à energia fóssil, como pesquisas científicas. Também na Inglaterra, a propósito, o diário The Guardian, engajado na sustentabilidade, rejeita publicidade de companhias ligadas a  petróleo, gás e carvão.

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