América do Norte: PE da Shell ganha o mercado em 2023
Em meio a anúncios de reduções nos preços e oferta internacional de polietileno (PE), a exemplo do comunicado da Dow em 24 de agosto alegando logística emperrada e a recessão brava na Europa para o corte temporário de 15% da sua produção global da resina, Ben Van Buerden, CEO e diretor da Shell, na contramão dessa corrente, confirma a conclusão e ingresso nos preparativos para a operação regular em 2023 do complexo de eteno/PE que marca a volta da gigante do petróleo anglo-holandesa ao escalão downstream dos termoplásticos.
Até o momento, o empreendimento da Shell cintila como a única base petroquímica no gênero erguida no coração do nordeste da América do Norte, mais precisamente em Monaca, no estado da Pensilvania e fora da órbita do núcleo de empreendimentos similares estabelecido nos últimos cinco anos na Costa do Golfo dos EUA.
Seduzida por milionário pacote de benefícios fiscais estaduais, a Shell montou numa região de lastro histórico na siderurgia e escorada no suprimento de gás de xisto das jazidas locais, um complexo de etano/eteno/PE com capacidade estimada de 1.5 milhão de t/a de PEAD, resultante da tecnologia licenciada Unipol, e PEBDL, a cargo da tecnologia Innovene S.
O empreendimento da Shell será o segundo a despontar este ano como integrante da parcela de expansões na capacidade norte-americana de PE que tende a completar-se nos dois próximos anos. A primeira dessa nova leva de excedente norte-americano da poliolefina partiu em janeiro último no Texas, nas vestes do complexo de 1.3 milhão de t/a de eteno/ PE da ExxonMobil em joint venture com Sabic.
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