A reciclagem química saiu bem na foto de destinação correta para flexíveis complexos no bem concatenado teste piloto empreendido pelo laticínio dinamarquês Arla Foods e a transformadora de filmes alemã Südpack, divulgado nomibnício de outubro pelo site Packaging World. O ensaio submeteu sacos para maturação de queijo à reciclqagem avançada pelo processo Carboliq patenteado pela licenciadora Recenso. O experimento transcorreu na unidade experimental na Alemanha, operada pela Südpack, Clean Cycle Investments e uma subsidiária da Recenso também denominada Carboliq.
A maturação, no caso, consta de um processo para desenvolver sabor e textura do queijo. Em sua unidade na Dinamarca o Arla submeteu queijo mozarella por duas semanas ao processo de maturação sem sacos específicos multimaterial dotados de barreira a oxigênio, evitando a formação de bolor e a emergência de 3 patógenos. Por serem multicamada, esses sacos são considerados impróprios para reciclagem mecânica, razão pela qual até o momento a Arla remete ao ano por volta de 220 toneladas desses flexíveis para incineração. A praxe foi rompida por um apelo da sustentabilidade: descobrir novo uso para os sacos pós-consumo de vida útil antes finalizada por sua queima. A reciclagem química surgiu então no horizonte do Arla ao acenar com a possibilidade de gerar matéria-prima para o processamento de polímeros virgens, inclusive de grau alimentício.
No teste piloto, o laticínio remeteu da Dinamarca 80 toneladas dos resíduos dos sacos de maturação para a planta na Alemanha munida da tecnologia de reciclagem Carboliq. Conforme foi divulgado, este processo proprietário envolve a conversão em um estágio que liquefaz hidrocarbonetos sólidos, submetidos a craqueamento por forças catalíticas, térmicas e físicas, resultando enfim em duas opções de insumos: o material denominado Circular Liquid Resource (CLC) ou um óleo de alto valor agregado para uso na produção de polímeros. Análise da Südpack atesta que, considerado o processo completo do ensaio, a reciclagem avançada provou emitir até 50% menos gases de efeito estufa do que a remessa dos sacos para a incineração.
