Em mais uma prova de que plástico é impróprio para menores e paraquedistas, a recicladora Archwey, aberta em Cingapura em julho de 2022, teve seu encerramento anunciado em 23 de agosto último pelo site Eco-Business. O fim de linha foi justificado por entrevero de acionistas, aditivado com preços de reciclados com viés de baixa e economia mundial indigesta, conforme explicou ao quadro de 70 funcionários o CEO e sócio majoritário Sjoerd Fauser. O portfólio da Archwey diferenciava-se em pontos como linhas de resinas recuperadas a partir de sucata plástica marinha e fluvial. Reza o release que a empresa reciclou 32.000 toneladas de refugo oceânico nos últimos 18 meses.
Os argumentos de Fauser devem ser peneirados com base em sua reputação, arranhada por malfeitos em negociações com o governo holandês. No auge da primeira onda da pandemia, repassa o portal Eco-Businerss, o governo holandês, dependente com urgência de produtos médico-hospitalares, afrouxou os critérios de triagem de fornecedores e aceitou inserir Fauser neste rol. Liberou para ele a verba de € 27.5 milhões para importar respiradores e € 17.7 milhões para trazer máscaras de proteção individual da China. Ocorre que a saúde pública da Holanda descobriu que Fauser não tinha supridor dos respiradouros nem arranjado transporte para as máscaras. O frete foi providenciado pelo governo. Mas o bicho pegou quando constatou-se que as máscaras chinesas eram impróprias para uso. Foi o estopim para um salseiro levado à Justiça e, informa o jornal Volkskrant, Fauser devolveu até agora apenas € 8.7 milhões do adiantamento recebido.