Dá para sintetizar a trajetória do setor plástico em 2022 em dois títulos tirados do cinema e da MPB: “O ano em que viemos em perigo” e “Nada será como antes”.
Desde o século 20, quando ganhou o mundo, a indústria do plástico nunca esteve tão exposta ao mesmo tempo a tantos choques e influências criados pelo momento, pela crise de imagem do material e pelo seu futuro na economia circular. Falam por si os repiques e sequelas da pandemia, a Europa arrebentada pela guerra, a inflação, empobrecimento, a insegurança política e econômica, a pregação da sustentabilidade e a fama de matador da natureza que o plástico leva por falta de um bom advogado de defesa.
Com tanta pedrada na vidraça, as empresas e profissionais do setor plástico do Brasil tiveram de se virar nos 30 neste ano de dar nos nervos. Daí o sabor único que ganhou a solenidade de entrega aos melhores do ano na 20ª edição do Prêmio Plásticos em Revista (PPR) em 7 dezembro, no espaço paulistano Casa da Don’Anna. Não é para qualquer um ter suas qualidades reconhecidas pelo mercado num ambiente tão carregado. Quando a maré sobe todos os barcos sobem juntos, mas é quando ela desce que se vê quem mantém a mão no leme e navega sem atolar.
Brasil: avanço morno do setor transformador em 2023
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